Imagine a seguinte situação: Você está completamente apaixonado. Quer enviar uma mensagem para a garota dos seus sonhos mas houve uma tempestade em sua cidade. Está tudo inundado, a energia foi cortada, o poste de telefone caiu, e o correio está em greve há mais de uma semana! Não se desespere! Há uma solução simples e eficiente. Se vocês tiverem cada um seu pombo-correio, tudo estará resolvido e em pouquíssimo tempo vocês saberão um do outro!!! Bacana, não é?
A columbofilia como é chamado esse hobby dá muito prazer ao criador, além de ser barato. Sem contar o afeto que despertam essas aves mansas, limpinhas e muito bonitas, que você pode ter em sua casa.
Hoje em dia são usados apenas como atividade esportiva, mas durante anos foram de grande utilidade nos serviços de comunicação, tanto em guerras, como em casos de catástrofes ambientais, como as enchentes e os ciclones. O serviço de pombos-correio da polícia do Estado de Orissa, na Índia, está sendo desativado oficialmente. Há 50 anos esses animais têm garantido a comunicação durante as freqüentes inundações na região. Fundado em 1946, um ano antes da independência deste país, hoje sua manutenção é muito cara para o governo. O p-mail, como ficou conhecido na Índia foi muito usado durante as enchentes de 1982 e após um ciclone em 1999, que interrompeu todas as comunicações por rádio. Por ser uma arte milenar, desde os tempos das antigas dinastias, em que até o imperador Shah Jahan criava pombos-correio, alguns ornitólogos, acham que a tradição de criar estas aves deveria ser preservada, mas os policiais que cuidam deles vêem a tarefa como punição. Os pombos aposentados serão entregues ao departamento de vida silvestre do estado de Orissa.
Dentre os 50 animais no mundo que receberam alta distinção por feitos heróicos, 32 foram pombos.
O caso mais famoso é o da pomba com o elegante nome francês Cher Amie (Querida Amiga) que levando na perninha uma mensagem, salvou do massacre pelas tropas nazistas, 200 homens de um batalhão aliado, na II Grande Guerra Mundial. Seu corpo, embalsamado, encontra-se no Museu do Smithsonian, um dos maiores do mundo.
Na verdade, os pombos nunca vão a um destino, apenas voltam ao seu local de origem. Por isso para haver a troca de mensagens, é preciso que os dois locais que desejam estabelecer a comunicação, tenham consigo pombos um do outro.
Os pombos-correio, hoje pombos de corrida, diferem dos outros por sua vivacidade, “porte de atleta”, grande resistência, plumagem sedosa, visão de longo alcance, sentido de orientação impressionante e velocidade para voar, atingindo até 100 km/h. Os pombos bem treinados conseguem vencer distâncias superiores a 1000 km de seu pombal.
Alimentam-se de uma ração composta por 10 sementes diferentes, tudo balanceado por computadores. Mas comem pouquinho; apenas 1 quilo de alimento por mês é suficiente para cada ave.
Treinam diariamente cerca de 1 hora e competem até os 4 anos. Depois são usados apenas para reprodução até os 12 e ao completarem a maioridade, aos 18, aposentam-se e vão para o “asilo”, onde recebem todos os carinhos e cuidados após uma vida de trabalho.
Quem nos atendeu com extrema gentileza e contou tudo isso foi Márcio Mattos Borges de Oliveira, professor de operações e logística do Departamento de Administração da USP. Ele é Presidente da Federação Columbófila Brasileira e possui 230 pombos-correio. Márcio fala com grande paixão de seu hobby e deixou um convite para todos os leitores que desejarem se filiar à Associação Brasileira de Columbofilia de Ribeirão Preto. Os novos associados ganharão um casal de pombos para iniciar sua criação. Quanto aos pombos da nossa Praça da Catedral que tanta polêmica têm gerado, o professor ensina que são de outra espécie e que seu predador natural é a coruja, que é afastada pelo tipo de iluminação da praça. Se essa fosse alterada, as corujas voltariam e o equilíbrio se restabeleceria. Porém a nova iluminação é muito dispendiosa para os cofres públicos.
“A prática desse esporte desenvolve a sensibilidade, a valorização e a proteção da fauna e da flora, além de promover um círculo de amizade sincera e desportiva. Fora a grande emoção que se desfruta ao ver a chegada dos pombos após um enorme percurso realizado.”
Furto de Pombos Correio
Na GNR de S. Martinho do Porto foi apresentada, no dia 17, uma queixa por abuso de confiança e furto de vários pombos-correio, avaliados em 30 mil euros.
O pombo volta sempre ao pombal
Há quem diga que o Homem já foi à Lua. Quase todos os dias a tecnologia dá novidades ao mundo. A ciência até já sabe clonar animais e plantas. Mas ainda ninguém sabe explicar o sentido de orientação dos pombos. Uma capacidade que, aproveitada pelo Homem, fez deles a «ferramenta» precursora da globalização. Há achados arqueológicos que indicam a utilização de pombos correio em 6500 A.C. E ainda na década de 50 do século passado, mais de 60 mil pombos-correio eram usados como tal na Argentina. Em 1948, o Estado português concedeu ao pombo-correio o Estatuto de Utilidade Pública. Hoje estas aves já não fazem falta como mensageiros. Mas são responsáveis pelo desporto com mais praticantes em Portugal depois do futebol. A columbofilia nacional conta com cerca de 20 mil associados em 766 clubes. E estão registados na Federação cerca de quatro milhões e 500 mil pombos. No Algarve contam-se 24 clubes, 997 columbófilos, que soltam semanalmente cerca de 20 mil pombos. O Região Sul faz aqui uma pequena viagem ao mundo da columbofilia algarvia e desta ave exótica, cientificamente conhecida por “Columba livia”, que pode valer 100 mil euros; em competição pode voar 1000 kms num só dia, e atingir velocidades na ordem dos 130 km/h.
O começo da columbofilia em clubes e associações remonta a 1900 em Portugal. Na região algarvia em 1932 com o aparecimento da então Sociedade Columbófila do Algarve. Hoje a estrutura columbófila está organizada como qualquer outro desporto. Tem uma Federação nacional (Federação Portuguesa de Columbofilia) que rege as associações distritais, e cada associação distrital tem os seus clubes. No Algarve são organizadas por época, entre Janeiro e Junho, 21 provas e quatro treinos, o que não difere muito dos outros distritos. As provas acontecem semanalmente. A última foi a de Sória, em Espanha, no passado fim-de-semana, com 700 kms, organizada pela Associação Columbófila do Distrito de Faro com uma congénere espanhola. Concorreram 13 mil pombos, com um prémio de 650 euros para o 1º, 450 para o 2º e 250 para o 3º. Não são os prémios monetários das provas que levam os columbófilos a competir, mas o valor que atinge um pombo campeão pode ser sinónimo de enriquecimento, se ganhar numa prova rainha, como a de Barcelona, com 1000 kms. É uma das duas clássicas (também Mérida) organizadas pela federação nacional. “É a prova das provas”, assegura Rui Emídio, presidente da Associação Columbófila do Distrito de Faro. “O dono de um pombo que ganha Barcelona está multimilionário. Não precisa trabalhar mais”, diz o responsável. Foi exactamente por 100 mil euros que, por exemplo, foi vendido para o Japão um vencedor de Barcelona já há nove anos. O pombo chamava-se “Espírito Invencível”. Era belga (país donde são nativas as principais raças de pombos-correio). “Essas pessoas enriquecem porque, como nesse caso do “Espírito Invencível”, antes de vender, o dono pô-lo a procriar e tirou 50 filhos, a valer entre os 5 mil e os 20 mil euros cada”, reforça. Mas pombos vencedores e vendidos a preços elevados é algo que remonta há muitos anos e não só em clássicas. José Carlos Rosa, da Sociedade Steven Catia e José Carlos, lembra-se de já em 1985, nas Olimpíadas Columbófilas do Porto, o pombo vencedor ter sido “vendido para o Japão por 1300 contos” (6500 euros). Porém um pombo de topo custa hoje, em média, “10 mil euros, e um filho pode custar 5 mil euros”, embora também possa ser comprado um pombo-correio por 150 euros, pois a maioria dos columbófilos praticam exclusivamente por paixão. Existem entre 15 e 20 raças de qualidade, mas a raça do pombo está ligada ao criador. Um dos pombos mais famosos que existem é o Janssen. Janssen é o apelido de três irmãos belgas que nos anos 20 e 30 do século passado, ganharam uma série de provas e começaram a vender pombos. Hoje já só está vivo um deles, com 90 anos. “Lá na Bélgica, o reino é dele”, diz Rui Emídio, que o conheceu pessoalmente. Foi ao seu pombal na Bélgica e quis comprar “um borrachinho que ele lá tinha, mas que já estava vendido” mais uma vez, “para o Japão” e “por 25 mil euros” (o Japão e a Coreia são países com milhares de columbófilos que compram pombos europeus por quantias exorbitantes, tal como exorbitantes são as apostas que fazem). Mas para além dos Janssen, os Verreck e os Fabrys são outras raças muito populares e caras, todas belgas. “E não há pombal no mundo que não tenha um Janssen”, salienta Rui Emídio.
“Os pombos correio são atletas de alta competição”
Com ou sem pombos de topo, todos os columbófilos têm semelhantes tarefas, que passam por dois treinos diários – normalmente ao início da manhã e final da tarde; alimentação das aves, tratamento e limpeza de pombais, estratégias de competição. Fazem provas de velocidade (até 300 kms) podendo um columbófilo participar no máximo com 15 pombos; meio fundo (até 500 kms) com 25 pombos, e fundo (até 1000 kms) com 30. “Os pombos correio são atletas de alta competição. Caso contrario não faziam 700 kms em sete horas. Tal como outro atleta de alta competição o pombo tem de treinar todos os dias. Apesar de praticamente não haver columbófilos profissionais - pelo menos no Algarve não há - um columbófilo acorda cedo para soltar os pombos das 7:00 às 8:00 horas, vai trabalhar e volta a soltá-los por volta das sete da tarde para o segundo treino”, explica o presidente da associação, que tem cerca de 200 pombos.
Estratégias de competição
Há duas estratégias de competição: os chamados: método natural e viuvez. O natural é o método mais antigo, onde machos e fêmeas partilham o mesmo pombal, sendo que quando um vai para a prova, o pombo deseja voltar depressa para ver o cônjuge, os ovos em encubação, ou os filhos. A viuvez, de uma maneira geral aproveita mais os machos e consiste em fazer vida isolada das fêmeas, sendo que dois dias antes das provas são juntos, para que os machos comecem a ficar excitados. Depois vão para a prova e tudo o que querem é voltar. A viuvez é o método mais usado por quem quer mesmo ganhar. Quem pratica a columbofilia mais pelo desporto, é que ainda utiliza o método natural, porque este desgasta mais os pássaros, na medida em que criam os filhos com as actividades e responsabilidades inerentes ao facto em qualquer animal. “Quando os pombos estão separados das fêmeas estão mais soltos, com mais saúde. Hoje em dia 95% dos columbófilos já joga com a viuvez”, diz Rui Emídio. No entanto, em qualquer dos casos, chegar a casa é tudo o que querem. Como o fazem e porque o fazem, são questões sem respostas seguras.
A tenacidade
Se os pombos sabem que estão em competição ou não, é algo que divide opiniões. Rui Emídio diz que às vezes acha “que sim”. Jorge Martins, da Sociedade Columbófila de Faro, columbófilo há mais de 50 anos, acha que “não”, que o que “querem mesmo é chegar ao pombal”. O certo é que o pombo volta sempre ao pombal, se não for alvo de um forte ataque ou acidente. “Já tenho recebido pombos quase 15 dias depois da prova”, confirma o sócio número 6 da sociedade columbófila farense.Isto acontece porque “desde as aves de rapina aos gatos e até pessoas, os pombos correm muitos riscos”. Mas a tenacidade – característica destas aves que apaixonam tanta gente – leva-as a serem capazes de coisas tão extraordinárias como voar sem rabo. Assim recebeu Jorge Martins um dos seus pombos vindos de Vilar Formoso. “Nem um pena do rabo trazia, mas chegou”. Quando um pombo nunca chega, quase sempre a razão está num ataque mortífero. Se assim não for, param, descansam, mas acabam por chegar. “Há pombos que só voam de dia: à noite pousam, descansam e continuam no dia seguinte. Outros pombos voam de dia e de noite”, comenta Jorge Martins, o que é prova de mais uma característica ainda sem explicação.
O sentido de orientação
O sentido de orientação destas aves é algo que também continua no segredo dos deuses. Um jornal online brasileiro noticiava em 11 de Maio de 2005 que cientistas norte-americanos acreditavam ter descoberto que os pombos se orientam “pela visão e pelo olfacto”. Mas segundo a maior parte dos columbófilos, já foram testados voos com os olhos vendados e os pombos regressam. José Carlos Rosa afirma que “já foi feita a experiência de cortar o nervo olfactivo ao pombo e o pombo volta na mesma”. “Há várias teorias: grandes estudos, feitos por americanos, ingleses, etc. Mas o que consta, desde há muitos anos, é que se deve às ondas magnéticas da terra”, esclarece Rui Emídio, admitindo o seu cepticismo quanto à teoria do olfacto. Outras teorias apontam a conjugação de vários factores: campo magnético, olfacto, posição do sol, e memória espacial. Teorias à parte, a verdade é que a verdade ainda está por desvendar.
Mediatizar a columbofilia
Não deixa de ser curioso que sendo a columbofilia o desporto com mais praticantes em Portugal depois do futebol, não tenha a mediatização reflectida nesses números. O presidente da associação diz não perceber bem o porquê, porque considera ser “um espectáculo qualquer solta ou chegada de pombos”, mas acredita que “ainda não foi feito o possível nesse sentido”. “Era bom as escolas levarem os miúdos a ver uma chegada de pombos, nas Aldeias Columbófilas, por exemplo. Serão caminhos a preparar”, reflecte. E no Algarve existem 10 Aldeias Columbófilas (mais quatro em projecto) espalhadas por toda a região. Porém alguns passos começam a ser dados: na próxima Fatacil a associação vai ter pela primeira vez um stand expositor. E ainda no intuito de tornar mais visível a columbofilia, a associação apostou este ano, de forma pioneira a nível nacional, num gabinete de imprensa, que tem em José Carlos Rosa o responsável.
Os custos
Por outro lado, a columbofilia, nem por isso é cara como outras actividades o são, o que também pode fazer crescer o número de praticantes. “Gasto menos dinheiro do que se fumasse dois maços de tabaco por dia”, ironiza Rui Emídio. Em números concretos, contando com rações, vitaminas, análises, medicamentos e outras despesas adicionais, resulta “em pouco mais de 100 euros por mês”. As recompensas financeiras com prémios não cobrem os gastos. “É difícil. Uma pessoa que tenha bons pombos, que ganhe provas, talvez não gaste dinheiro. No entanto, esses, representam uns 5% dos columbófilos”, sublinha, não esquecendo, como foi atrás referido, que uma vitória numa clássica pode ditar um outro destino, sendo certo que para isso é preciso não só investir nos pombos certos, como treinar tão afincadamente quanto possível, e como em tudo na vida, ter alguma sorte à mistura.
Imprensa
Amigo Nelson.
Optimo texto e correspondente trabalho. Porem o Rui Emidio que conheço não pode ser o autor da mentira que consta nesta frase.
Alguem algures se enganou o Rui que conheço jamais fará parte desse grupo aldrabão e coimbrão.
Um abraço.
Inacio.
Os pombos, considerados um símbolo da capital chinesa, foram declarados "ameaça à aviação" pelo aeroporto de Pequim, que teme acidentes durante os Jogos Olímpicos de 2008.
As autoridades do Aeroporto Internacional de Pequim declararam guerra às aves. "Os pombos são agora uma das maiores ameaças aos aviões", disse Huang Jianjun, diretor do departamento de vôos, ao jornal oficial China Daily.
"A situação será mais arriscada quando o número de vôos aumentar, à medida que nos aproximamos dos Jogos Olímpicos. Será um desastre se um pombo entrar numa turbina e causar um acidente", explicou Huang.
Esta semana nove pombos se chocaram num avião que estava aterrissando no aeroporto. "Foi uma autêntica sorte que ele estivesse aterrissando, e portanto voando a baixa velocidade", informou o funcionário.
Os nove pombos-correios eram de um camponês que vive a cerca de três quilômetros do aeroporto.
Pelo menos oito acidentes semelhantes foram registrados desde 1998 no aeroporto. Até agora, nenhum deles provocou danos.
"Estamos preocupados com todos os aviões que chegam e partem, porque há cerca de 100 pombos voando ao redor do aeroporto todos os dias. As autoridades precisam proibir a criação perto do aeroporto", pediu Huang.
Nos arredores há centenas de camponeses que criam aves, e o aeroporto tenta controlar a ameaça de todas as formas. Já até instalou um sistema de alto-falantes que custou milhões de iuanes e que simula o som de águias e outros predadores para afugentar os pombos, até agora sem sucesso.
Segundo dados municipais, mais de 23 mil moradores de Pequim são membros da Associação de Amigos dos Pombos-Correio, o que dá uma idéia da proliferação das aves na capital.
Um avião de combate do Comando Militar de Lanzhou caiu em novembro de 2006 após bater em vários pombos. O piloto morreu ao tentar uma manobra de aterrissagem de emergência, temendo que ele caísse numa área habitada.
China - the biggest race in the world! 2800 KM !
China - A prova mais longa no mundo! 2800 km! (pode abrir o link com fotos do encestamento e texto em Ingles embaixo)
Isto também só pode acontecer na China. Uma prova de 2800 quilómetros está a decorrer com solta efectuada no dia 8 de Junho 2007 onde participam 4434 pombos. Aguarda – se a chegada do primeiro Pombo.
No dia 22 de Maio 2007 realizou – se outra solta com a distância de 2000 quilómetros. Participaram 1533 pombos tendo sido o primeiro prémio ganho 13 dias mais tarde, e já regressaram 96 pombos. (quase idêntico ás nossas soltas da semana passada cortesia da FPC) o que para eles é um sucesso.
Mas isto não é tudo – em 2002 realizou – se outra prova esta com uma distância de 3035 quilómetros tendo sido o primeiro Pombo comprovado 16 dias mais tarde e foram classificados 16 pombos. A isto eu apelido de mentes doentes. Mas para a F.C.I. são actos normais considerados como Columbófilia.
Quem sabe se com tantas visitas do nosso dirigismo a este país (China) e o enorme empenho na venda de anilhas - um dia destes não iremos ter soltas de Paris, Roma ou mesmo até de Bagdad.
Boa noite
(publicado com a devida autorização do autor)
http://www.pipa.be/forum/viewtopic.php?t=4668
Inácio.
Gripe das Aves: Provas de pombos-correio proibidas em França
09-07-2007 22:42:00
As provas de pombos-correio entre França e Irlanda foram hoje proibidas, depois da descoberta de cisnes mortos com a gripe aviária em Moselle, região Este da França, anunciou hoje a ministra irlandesa da Agricultura.
Mary Coughlan ressalvou que as provas de pombos-correio entre o Reino Unido e a Irlanda e no interior da Irlanda continuam a ser permitidas.
A governante assegurou que os casos recentes de gripe das aves detectados na República Checa, Alemanha e França "não aumentaram, de maneira significativa, os riscos na Irlanda".
Peço desculpa a todos, não sei porque aparecem 3 mensagens iguais.
O que vem publicado no Diário da Beira
Columbofilia.
Inês Oliveira venceu em Mira
Os columbófilos portugueses voltaram a ter uma excelente prestação nos Campeonatos Internacionais de Mira, realizados este
fim-de-semana.
A mais jovem columbófila portuguesa, Inês Oliveira, foi a grande vencedora da edição 2007 dos Campeonatos Internacionais de Mira. O seu pombo foi o mais rápido a percorrer a distância de 450 quilómetros, entre Córdoba e Mira, tendo efectuado uma média de 78 quilómetros/hora. Um recorde, em termos de velocidade, na prova portuguesa, e que superou as expectativas da organização, já que chegou hora e meia mais cedo do previsto. Na classificação do Grande Prémio Internacional Gaspar Vila Nova, é de assinalar a presença de mais dois portugueses nos restantes lugares do pódio: as duplas Luís e José Serrano e Pedro Nozolinos e Mendonças. Na mesma competição, mas na classificação a contar para o Pombo Às, a vitória coube ao belga Moons Romain.
Para o Campeonato da Europa, Portugal venceu a prova individualmente. A dupla Martinho e Mauzinho bateu a concorrência, deixando para o suíço Rudolf Hunger e o representante da federação húngara os dois lugares seguintes do pódio. Rudolf Hunger foi o vencedor do Pombo Às. Por países, a Bélgica acabou por ficar com o troféu.
Nos jovens, Bélgica e Alemanha dominaram individualmente. Jasper Sans, da Bélgica, foi o vencedor. A suíça Jessica Wirz arrecadou o prémio do Pombo Às, enquanto a vitória por países acabou por sorrir à Alemanha.
Silva Gaio venceu
Inter-Escolar
Em termos do Campeonato Inter-Escolar, a Escola C+S Silva Gaio, de Coimbra, foi a brilhante vencedora de uma prova onde a Escola Gonçalo Sampaio, de Póvoa de Lanhoso, ficou no lugar seguinte.
Na nova competição dos Campeonatos Internacionais de Mira – Troféu Joaquim R. Branco –, e que foi determinada pelos resultados dos pombos em sete dos nove treinos oficiais da prova, os columbófilos portugueses dominaram.
Homenagem
Distinções e prémios
O Director-Geral de Veterinária, Carlos Agrela Pinheiro, foi um dos convidados da Federação Portuguesa de Columbofilia (FPC) para estar presente na prova “A pessoa certa no lugar certo”, afirmou José Tereso, na sessão de boas-vindas realizada na Câmara Municipal de Mira. Para o presidente da FPC, o director foi sempre “um exemplo na defesa dos interesses da seriedade e verdade” em relação à columbofilia. “Defendeu com verdade que o pombo é um animal com características especiais e muito resistente ao vírus da gripe aviária”, disse. Para homenagear Carlos Agrela Pinheiro, o presidente José Tereso ofereceu-lhe a medalha dourada com colar da federação.
Em declarações aos jornalistas, o director agradeceu as palavras do dirigente federativo e lembrou que a columbofilia é um desporto “com uma particularidade que é preciso conhecer”, não se esquecendo de lembrar que a possibilidade dos pombos-correio virem a contrair o vírus H5N1 serem “quase nulas”. “A higiene e a limpeza” são factores muito importantes para evitar o risco de aparecimento do vírus nos praticantes desta modalidade.
O segundo convidado do dia foi o eurodeputado Fausto Correia. “Um dos amigos da modalidade”, afirmou José Tereso. Coube a João Reigota fazer as honras da sessão na autarquia, recordando as “enormes repercussões positivas” que a prova tem para a vila. “Uma história digna e de muito trabalho”, recordou, e que pode ser comprovado com a presença de milhares de columbófilos nas imediações do Columbódromo Gaspar Vila Nova.
O dia terminou com a realização, no Complexo Hoteleiro Quinta da Lagoa, de um jantar de entrega de prémios aos vencedores das várias provas. Uma cerimónia que serviu para homenagear o director José Albino (a título póstumo), Pedro Geada e Sebastião Freitas Martins.
Com a entrega de prémios e um animado convívio
Sociedade de Riba-Ul em festa
O anseio da Sociedade Columbófila de Riba-Ul de melhorar as condições de enjaulamento dos pombos poderá concretizar-se a breve prazo. Durante a festa de encerramento da época, o presidente da Junta de Freguesia prometeu colaborar com a colectividade.
O esforço que a colectividade tem feito para se manter de pé foi relevado pelo presidente da Junta de Freguesia. António Godinho testemunhou o entusiasmo dos columbófilos e deu conta das dificuldades que a Sociedade tem vivido, prometendo colaborar para que possa ocupar um espaço próximo da sede para fazer o enjaulamento. “Dentro das nossas possibilidades podem contar com a nossa colaboração e sei que o vereador responsável, Dr. Ricardo Tavares, também está receptivo à melhor forma de se resolver o problema”, asseverou o autarca santiaguense.
Espírito familiar bem vincado
Por seu turno, o Dr. Ricardo Tavares realçou o clima de festa que se vive nestes convívios. Dirigindo-se à direcção da colectividade em festa, o edil enalteceu e agradeceu “o esforço dos dirigentes associativos, bem patente neste espírito familiar que aqui se sente”.
Por outro lado, Ricardo Tavares vincou que a columbofilia é uma das actividades rainhas do nosso concelho. “Não é por acaso que temos entre nós a sede da Associação Columbófila do Distrito de Aveiro”, lembrou.
Na festa de encerramento da época columbófila, que consagrou o campeão Augusto Costa e todos os concorrentes, a Sociedade de Riba-Ul homenageou dois dedicados companheiros, o ex-presidente Armando Gaspar, recentemente falecido, e o benemérito Serafim Reis. Com as fotos destas duas figuras caras da Sociedade de Riba-Ul presentes na sala, a anteceder o convívio, os presentes guardaram um minuto de silêncio, enquanto na intervenção que proferiu, o representante da Câmara Municipal também se referiu elogiosamente à figura de Armando Gaspar.
Columbófilos de outras paragens presentes
No convívio estiveram presentes columbófilos de outras sociedades do concelho, nomeadamente, de Cucujães, Travanca e Macieira de Sarnes, bem como de fora, Felgueiras, Matosinhos, Aveiro, S. João da Madeira e Arouca, o que atesta não só a importância da Sociedade de Riba-Ul no contexto da columbofilia nacional, mas também o elo de amizade que o pombo-correio proporciona a quantos lidam com ele.
A direcção agradece às empresas que patrocinaram os prémios: Silva, Brandão & Filhos, Abílio Lourenço & Herdeiros, Caraze – Carnes de Azeméis, Simoldes Plásticos, Tasca O Brandão, Construções Delfim Novo, Norfer, Café S. Tiago, Beirográfica, Azevedotex, Transporfixos, Simoldes Aços, Churrasqueira dos Prazeres, Paulifer, Sola de Ouro, Hermínio Soares, Cabeleireiros Cipriano, Azemoldes Moldes de Azeméis, Vazmolde, Ourivesaria Suiça e Câmara Municipal
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Muitos borrachos a leilão
Antes da distribuição de prémios, a colectividade realizou um concorrido leilão de pombos e borrachos, superiormente dirigido pelo inigualável Diamantino Neto, que cativou todos os presentes. Diamantino Neto tornou-se um parceiro imprescindível nas festas dos columbófilos, sendo requisitado de Norte a Sul para estes leilões columbófilos.
O produto permite à colectividade mais algum desafogo para enfrentar as muitas despesas que tem a seu cargo.
Associação Columbófila de Aveiro a olhar o futuro
Uma paixão chamada columbofilia
A columbofilia é uma paixão que movimenta milhares de pessoas e milhões de pombos, gerando ao mesmo tempo uma aguerrida competição. Sempre procurando distinguir o animal mais inteligente e mais forte.
Ângela Pacheco
A Associação Columbófila do Distrito de Aveiro tem crescido muito nos últimos 10 anos e conta, actualmente, com 87 colectividades filiadas, 78 delas no activo, com três mil associados e milhares, senão milhões, de pombos. Destas colectividades, 70% têm sede própria. “Isto demonstra a força dos columbófilos”, assegurou o presidente, garantindo que esta actividade “nunca vai acabar”.
“Somos os pioneiros, na parte desportiva, tanto a nível nacional, como ibérico e até europeu. Devemos ser uma das maiores associações”, afirmou António Ramalho.
Provas dadas na modalidade
“Não queremos dizer que somos os maiores”, mas um facto é que a Associação tem provas dadas. “Temos muitas medalhas. Temos grandes columbófilos. Não ganhamos tudo, mas quase”, disse o presidente da direcção, acrescentado que “somos grandes, na parte desportiva, porque somos muitos. Temos concelhos com um grande número de columbófilos, como é o caso de Santa Maria da Feira. Tudo isso dá grandeza”.
Todavia, António Ramalho diz que, para alcançar o nível de qualidade que têm, “é preciso ter condições”.
Neste momento tem uma sede, em S. Roque, com todas as condições para responder às necessidades da colectividade, assim como da comunidade.
A columbofilia é um desporto de massas, mas ao mesmo de família, que movimenta muita gente e muitos meios, e que tem particular expressão no distrito de Aveiro e Porto. Estas duas regiões representam 50 por cento dos columbófilos a nível nacional.
Um desporto apaixonante
“A columbofilia é um desporto. O pombo correio é um atleta autêntico. É preparado como se fosse um atleta de alta competição, capaz de ir para longe e regressar a casa”, advogou António Ramalho.
“O animal é vitaminado, vacinado e tem uma boa alimentação. Se é uma ave que está a correr tem que ser bem tratada”, afirmou, rejeitando por completo a ideia que os pombos são transmissores de doenças, pelo menos os que entram em competições.
“O pombo correio é uma ave que é sujeita a muitos tratamentos. Por isso mesmo não aconselhamos ninguém a comê-la”, afirmou.
Segundo explicou, uma ave tem que ter no mínimo meia hora de voo diário, precisando de constante treino para poder aguentar a competição.
Existem muitos truques para fazer com que o pombo chegue em primeiro, mas “só a inteligência do animal e a sua força de asa é que ganham”.
“Um pombo correio não é vagabundo. Sai do pombal, voa e quando o chamamos ele tem que entrar logo”, assegurou António Pereira, tesoureiro.
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Um especial agradecimento
O presidente da Associação Columbófila de Aveiro destacou o trabalho de
in Correio de Azeméis, - dê sua o todos os associados na construção das instalações. “S. Roque tem uma grande obra que deve ser o seu orgulho”, disse.
António Ramalho realçou a colaboração da Junta de Freguesia são-roquense, da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, assim como de todas as outras autarquias dos concelhos filiados.
“As autarquias locais têm dado muito apoio e sempre se demonstram disponíveis para nos ajudar”, asseverou.
Grande inovação tecnológica
A columbofilia é um dos desportos mais avançados tecnologicamente do mundo, uma vez que as corridas dos pombos são controladas com um avançado sistema informático que consegue determinar quando o pombo entrou no pombal e qual a sua velocidade média ao longo da corrida. Para além de agora ser tudo informatizado, ou seja, desde as inscrições, até toda a actividade normal e quotidiana da associação.
“A informática é, actualmente, um ponto chave na columbofilia, através das anilhas e entradas electrónicas. O pombo tem um chipe que marca a hora, o minuto e segundo que chega a casa”, explicou António Ramalho.
Cemitério celebra Dia de los Muertos com mariachis
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DANIEL BERGAMASCO
da Folha de S.Paulo
A equipe de marketing de um cemitério de Guarulhos decidiu inovar na celebração do Dia de Finados e realizou na noite de ontem, sob chuva, o 1º Dia de los Muertos.
"No México, o Dia de los Muertos é uma festa, com tudo mais alegre. As pessoas distribuem pães em forma de caveira ou de ossos. Aqui resolvemos fazer algo mais discreto, para não chocar", diz Priscila Sérvulo, assessora de imprensa do cemitério Primaveras.
Tradução de "discreto, para não chocar": depois que o padre realizou a missa, um quarteto de mariachis saiu de uma sala de velório tocando o "Tema de Lara". "O repertório tem que ser suave, romântico, não é para fazer festa", explicava Priscila ao mariachi-chefe Alberto Apache, minutos antes da apresentação. Ele orientava a reportagem: "Coloca só meu nome na matéria, porque os outros músicos só me acompanham".
O público-alvo da celebração foram familiares de pessoas que estão enterradas por lá, um cemitério-jardim famoso por abrigar os corpos dos integrantes do grupo Mamonas Assassinas, mortos em 1996.
Esses parentes receberam convites em casa com duas balinhas e dois "Biscoitos da Saudade", em formato de flores, que também foram distribuídos após a missa.
A programação continua hoje: haverá revoada de pombos brancos. "Serão 200, tudo pombo-correio. Custou uns R$ 1.600", conta Gisela Adissi, 32, diretora do cemitério. "Vale a pena, porque é um momento muito importante para todo mundo."
A única baixa na programação foram as velas que enfeitariam as alamedas do cemitério, para que os convidados pudessem transitar entre os jardins --idéia suspensa pela chuva.
"Adorei. A missa atrasou, mas a idéia é boa. Nos próximos anos vai melhorar", dizia Eliette da Rocha, 69, que tem os pais enterrados ali.
Sua irmã, Elza, avalia que "o cemitério está de parabéns pela iniciativa. Achei a cerimônia muito bonita. Sinto muita falta de meu marido enterrado ali, que morreu porque fumava muito. Tem mulher que não sente falta, mas eu sinto muito, ele era muito bom."
Para sempre
O pacote mais básico para quem não tem plano funerário no cemitério em questão custa R$ 10 mil (mais cerca de R$ 100 por semestre de taxa de manutenção). Se o dono do jazigo morre ou pára de pagar a tarifa semestral, outra pessoa deve assumir o custo. Para sempre?
"Sim, porque o jazigo não é um imóvel, é uma concessão", explica Gisela. Em caso de três anos de inadimplência, o corpo é exumado e vai para um depósito conhecido como ossário.
Secção: O Mirante dos Leitores
Mudança de local da aldeia columbófila
A propósito da proposta de mudança de local da aldeia columbófila de Vila Franca de Xira, actualmente junto à Escola Secundária Alves Redol, a Federação Portuguesa de Columbofilia solicita que seja publicado o seguinte esclarecimento.
Mudar uma colónia de pombos-correio para um outro pombal é um acto que não se coaduna com a boa prática da columbofilia: de facto, os pombos-correio têm um instinto muito forte para regressar ao pombal onde nasceram ou onde foram criados, de tal modo que é quase impossível mudar pombos adultos sem perdas significativas.
O facto de existirem pombais perto de casas de habitação é perfeitamente aceite em outros países da Europa, alguns com uma densidade populacional muito superior à de Portugal nomeadamente na Holanda e na Bélgica.
Vale a pena sublinhar que o pombo-correio, ao contrário do pombo da cidade, vive em condições muito particulares que o tornam uma ave absolutamente segura em termos de saúde pública. De facto, permanece no seu pombal separado de outras espécies avícolas. Além disso, como atleta de alta competição, é submetido a um conjunto de cuidados permanentes, tais como uma alimentação adequada, um acompanhamento médico-sanitário regular, um plano de vacinação obrigatória e medidas de higiene e salubridade irrepreensíveis.
É neste âmbito de grande auto-disciplina e rigor higio-sanitário que, no plano desportivo, Portugal tem conquistado inúmeros títulos a nível internacional, nomeadamente, sagrando-se campeão olímpico por diversas vezes. Pelos seus diversos contributos para a humanidade foi conferido pelo Estado português, ao pombo - correio, o estatuto de Utilidade Pública.
No que diz respeito às zoonoses eventualmente transmissíveis do pombo-correio para o Homem, o Gabinete Veterinário da FPC dispõe duma Pesquisa Técnica que se relaciona especificamente com aquele assunto. A pesquisa referida, baseada na literatura científica e regularmente actualizada, analisa uma a uma as doenças do pombo-correio e as suas eventuais consequências sanitárias para as pessoas. Podemos concluir que o pombo-correio é um dos animais domésticos menos perigosos para o Homem.
Finalmente, em relação com a recente crise da Gripe Aviaria e na luz das declarações provenientes da Direcção Geral de Veterinária e da Ordem dos Médicos Veterinários e das investigações de Van den Berg (Bruxelas - Belgica) e Klopfleisch (Riemst - Alemanha), o estatuto sanitário do pombo-correio ficou inalterado, isto é, a prática e experiências recentes (2006) permitem considerar o pombo-correio como sendo bastante resistente ou no mínimo muito pouco susceptível à influenza aviar e desta forma não constituir um perigo para a saúde humana. Não lhe é atribuído qualquer papel de relevo na proliferação e ou transmissão da referida doença.
Dr. Marc Ryon
Gabinete Veterinário da FPC
Imprensa
Olá a todos, e obrigado ao Nelson pela informação divulgada.
Na minha opinião é bom ver que a FPC no mínimo tentou fazer algo sobre este infeliz incidente. No entanto, os argumentos apresentados, reflectem a falta de capacidade que há muitos anos temos vindo a assistir da parte do Gabinete Veterinário desta instituição.
O terrorismo só pode ser combatido com terrorismo. Os argumentos apresentados, pouco ou nada servem para iniciar o que há muito deveria ter sido feito. Os columbófilos portugueses são vistos pelas autoridades e pela população em geral como “malucos e em certos casos marginais” pelo facto de o nosso dirigismo pouco ou nada ter feito no sentido de incorporar na lei a legalidade desta actividade desportiva e exigir os nossos direitos, no que está relacionado com a legalização de pombais etc.
Por um lado assistimos a cenas com argumentos onde consta que o Pombo – correio é um animal idêntico aos que são utilizados para consumo humano, isto está provado em argumentos apresentados para proteger as “empresas da casa” a contas com as autoridades relacionadas com assuntos fiscais do passado etc.
O contrário acontece quando toca a subsídios do Estado, justificar gastos exagerados onde se apregoa aos quatro ventos que o Pombo é considerado de utilidade pública, que deve ser protegido a todo o custo.
Ao mesmo tempo aprovam – se calendários desastrosos onde ano após ano, centenas de milhares de pombos são enviados para uma morte certa.
Não dá para entender.
Uma boa noite
Inacio.
Imprensa
Festa Anual da A.C.D.Faro/2007/Quinta do Sobral/Castro Marim
Festa Anual da Columbófilia Algarvia.
A Associação Columbófila do Distrito de Faro, no prosseguimento de anteriores edições, escolheu o bonito e aprazível concelho de Castro Marim, para realizar a sua Grande Festa Anual da Columbófilia Algarvia !!!
De facto, Castro Marim, vai receber pelo terceiro ano consecutivo, a cerimónia da entrega de prémios da A.C.D.FARO, referentes à Campanha Desportiva 2007 !!!
Trata-se de um grande evento, que será de grande importância para a divulgação e promoção da Columbófilia, projectando-a a nível local, concelhio, distrital e nacional !!!
Como novidade, destaca-se na cerimónia da entrega de prémios da A.C.D.Faro, a presença de muitos columbófilos da Andaluzia, representando as províncias de : Huelva, Cádiz, Sevilha, Málaga, Granada e Almeria, que participaram na prova conjunta de SÓRIA (05/05/2007), organizada pela Associação Columbófila do Distrito de Faro e Federação Columbófila da Andaluzia !!!
As inscrições para a festa da A.C.D.FARO, que será realizada no dia 25/11/2007 - ( Quinta do Sobral/Castro Marim ), estarão abertas até ao dia 20/11/06. Para aquisição dos ingressos, todos os interessados deverão contactar a sua colectividade. O preço de inscrição é de 25 £ por pessoa.
FESTA ANUAL DA COLUMBÓFILIA ALGARVIA
ASSOCIAÇÃO COLUMBÓFILA DISTRITO FARO
DIA 25 DE NOVEMBRO DE 2007 (DOMINGO)
PROGRAMA
CERIMÓNIA DE ENTREGA DE PRÉMIOS / CAMPANHA DESPORTIVA 2007
LOCAL - QUINTA DO SOBRAL - CASTRO MARIM
12H3O - RECECPÇÂO DOS CONVIDADOS
13H00 - ALMOÇO
15H00 - ESPECTÁCULO MUSICAL COM RUTH MARLENE
16H00 - CERIMÓNIA DA ENTREGA DE PRÉMIOS
18H00 - MÚSICA PARA DANÇAR E ENCERRAMENTO
FESTA ANUAL DA A.C.D.FARO/2007/QUINTA DO SOBRAL/CASTRO MARIM
FESTA ANUAL DA COLUMBÓFILIA ALGARVIA
A Associação Columbófila do Distrito de Faro, no prosseguimento de anteriores edições, escolheu o bonito e aprazível concelho de Castro Marim, para realizar a sua Grande Festa Anual da Columbófilia Algarvia !!!
De facto, Castro Marim, vai receber pelo terceiro ano consecutivo, a cerimónia da entrega de prémios da A.C.D.FARO, referentes à Campanha Desportiva 2007 !!!
Trata-se de um grande evento, que será de grande importância para a divulgação e promoção da Columbófilia, projectando-a a nível local, concelhio, distrital e nacional !!!
Como novidade, destaca-se na cerimónia da entrega de prémios da A.C.D.Faro, a presença de muitos columbófilos da Andaluzia, representando as províncias de : Huelva, Cádiz, Sevilha, Málaga, Granada e Almeria, que participaram na prova conjunta de SÓRIA (05/05/2007), organizada pela Associação Columbófila do Distrito de Faro e Federação Columbófila da Andaluzia !!!
As inscrições para a festa da A.C.D.FARO, que será realizada no dia 25/11/2007 - ( Quinta do Sobral/Castro Marim ), estarão abertas até ao dia 20/11/06. Para aquisição dos ingressos, todos os interessados deverão contactar a sua colectividade. O preço de inscrição é de 25 £ por pessoa.
FESTA ANUAL DA COLUMBÓFILIA ALGARVIA
ASSOCIAÇÃO COLUMBÓFILA DISTRITO FARO
DIA 25 DE NOVEMBRO DE 2007 (DOMINGO)
PROGRAMA
CERIMÓNIA DE ENTREGA DE PRÉMIOS / CAMPANHA DESPORTIVA 2007
LOCAL - QUINTA DO SOBRAL - CASTRO MARIM
12H3O - RECECPÇÂO DOS CONVIDADOS
13H00 - ALMOÇO
15H00 - ESPECTÁCULO MUSICAL COM RUTH MARLENE
16H00 - CERIMÓNIA DA ENTREGA DE PRÉMIOS
18H00 - MÚSICA PARA DANÇAR E ENCERRAMENTO
PROGRAMA DO EVENTO EM PDF:
GABINETE DE IMPRENSA A.C.D.FARO.
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GABINETE DE IMPRENSA A.C.D.FARO.
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Pombos e poesia para lembrar Torga
Trezentos pombos subirão esta manhã aos céus de Coimbra, atravessando o Mondego em homenagem a Torga, com poemas que serão lidos por alguns jovens alunos.
A largada de pombos-correio irá decorrer no largo da Portagem, às 09H30 desta manhã, junto ao memorial em homenagem a Miguel Torga, próximo do local onde funcionou o consultório do médico Adolfo Rocha, nascido há 100 anos e que cedo adoptou aquele pseudónimo.
A iniciativa é promovida pela Federação Portuguesa de Columbofilia, pela Escola EB 2-3 Manuel da Silva Gaio e pelo historiador Paulino Mota Tavares, com a colaboração do declamador Machado Lopes, Grupo Columbófilo de Coimbra e Secção Columbófila do Santa Clara Futebol Clube, que dispobilizam a maior parte dos pombos-correio.
“Torga é um símbolo para os jovens e para a sociedade portuguesa”, declarou o médico José Tereso, sublinhando que o autor de “Os Bichos”, além de criador literário, era “um defensor da natureza, dos animais, da paz e da amizade”.
Os pombos são “um símbolo da paz e da amizade”, acrescentou o presidente da Federação Portuguesa de Columbofilia. “O pombo é o animal mais fiel à família, é a ave mais veloz, mais resistente e com maior sentido de orientação”, disse.
Luís Marques, professor de Educação Visual e Tecnológica e responsável pelo pombal da Escola Silva Gaio, na margem esquerda do Mondego, revelou que dos 15 pombos-correio do estabelecimento apenas 12 irão participar na homenagem, já que dois são muito jovens (borrachos), transportando poemas de Miguel Torga entre o largo da Portagem e o estabelecimento de ensino.
As mensagens poéticas serão depois lidas por alunos do Grupo de Teatro da escola, orientados pelos professores de Português do 9º ano.
“Pombas vadias bandeavam--se voluptuosamente nos fios da rede eléctrica ou catavam–se pousadas nos candeeiros da iluminação. (…) Coimbra mais uma vez, com a sua luz mediúmnica, a sua graça lírica e a sua provinciana prosápia doutoral, que a Torre da Universidade simbolizava, a pairar altiva no céu lavado”, refere Torga, em “A Criação do Mundo (Sexto Dia)”, ao observar a cidade a partir da janela do seu consultório.
Hoje, a homenagem ao escritor, falecido em 1995, irá começar com uma concentração junto ao memorial em sua homanagem, às 09H30, na margem direita do Rio Mondego.
Imprensa
Mais vale tarde que nunca. Parabens aos responsáveis. Segundo consta a Homenagem ao Grande Escritor terá transmissão na SIC e RTP1.
Um bom dia.
Inacio
Subscrevo as palavras do Amigo Sr. Inácio. É este caminho que temos de trilhar para levar a Columbófilia aqueles que dela nunca ouviram falar.
Bem hajam
PS - Vejam os videos na webpage da F.P.C.
Um abraço Amigo
José Carlos
No ano em que se comemora o centenário do seu nascimento, Miguel Torga foi mais uma vez homenageado. 260 pombos-correio atravessaram o Rio Mondego, transportando poesia até à Escola EB 2,3 Poeta Manuel da Silva Gaio
O memorial em homenagem a Miguel Torga, inaugurado em Agosto último, serviu de ponto de largada. Ali, mesmo em frente ao consultório onde exerceu medicina com o nome com que foi registado: Adolfo Rocha. Ontem, o Rio Mondego foi atravessado por 260 pombos-correio – 10 foram “mensageiros de Torga” – que transportaram poemas do escritor, mais tarde lidos, após a chegada ao pombal da Escola EB 2,3 Poeta Manuel da Silva Gaio, pelos alunos do Grupo de Teatro.
Logo pela manhã, a agitação junto à Ponte de Santa Clara foi grande. Os jovens alunos das escolas do Agrupamento Poeta Manuel da Silva Gaio, onde também se incluíram os da Escola EB1 da Almedina, reuniram-se para assistir a um «momento único» no âmbito das comemorações do centenário do nascimento de Miguel Torga. Uma homenagem «singela e bonita» – mais uma – promovida pela Federação Portuguesa de Columbofilia (FPC).
Com a colaboração do declamador Machado Lopes, do Grupo Columbófilo de Coimbra e da Secção Columbófila do Clube de Futebol Santa Clara, que disponibilizaram a maior parte dos pombos-correio, a homenagem teve, ainda, a Escola EB 2,3 Poeta Manuel da Silva Gaio e o historiador Paulino Mota Tavares como promotores da iniciativa, que contou, ainda, com o descerramento na escola de um painel alusivo ao evento que recordou Miguel Torga.
A curiosidade das crianças era grande. As dúvidas sobre se os pombos-correio chegariam à outra margem eram maiores. «Acho que vão perder-se!», comentava um menino, que logo ganhou outra dúvida: «Quem é que lhes ensinou o caminho?». Sabemos que não é fácil perceber, mas a verdade é que também é difícil explicar. Certo é que as aves orientaram-se e deram entrada no local programado para a chegada.
O médico José Tereso e presidente da FPC sublinhou que «evocar a figura de Miguel Torga e ler a sua obra equivale a sentir Portugal como um país essencialmente ligado à terra», anunciando que o escritor «olhava, com alguma desconfiança, para a sociedade e para o exercício asfixiante do poder».
«É com sol e pombas no ar, com o entusiasmo da juventude e das escolas e com alguns versos caídos sobre a terra, voando sobre o rio, com mensagens transportadas pelas aves da paz, que pretendemos homenagear a figura de Miguel Torga, que sempre haverá de ilustrar a literatura portuguesa e universal, Coimbra e o Mundo», concluiu José Tereso.
Depois de questionar os jovens alunos se sabiam que ali estava o monumento de homenagem a Miguel Torga e em frente, no Largo da Portagem, ficava o seu antigo consultório, Carlos Encarnação disse que «Torga voava na poesia, mas regressava sempre ao seu pombal, que era Coimbra».
Sublinhe-se que dos 15 pombos-correio da Escola EB 2,3 Poeta Manuel da Silva Gaio, apenas 12 participaram na homenagem, já que «dois são muito jovens (borrachos)», explicou Luís Marques, professor de Educação Visual e Tecnológica e responsável pelo pombal do estabelecimento de ensino da margem esquerda do Rio Mondego.
RIO DE COIMBRA
Nem celular, nem internet. O meio de comunicação com tecnologia de ponta que rendeu a Ribeirão o primeiro lugar entre os países latinos num campeonato em Portugal não tem cabo nem antena, mas pena, bico e voa: um filhote de pombo-correio.
Depois da vitória além-mar em 2005 e de ter arrebatado dois campeonatos nacionais consecutivos (2004 e 2005) em viagens com distância acima de 1.000 km, o criador Márcio Mattos Borges de Oliveira agora se prepara para disputar o torneio regional da Mogiana, em agosto, que irá reunir cerca de 2.000 aves de seis cidades. Serão 19 corridas - na última, os pombos irão percorrer 1.160 km até voltar para Ribeirão.
"Você solta um pombo em Belo Horizonte às 7h e às 11h30 ele chega aqui", contou. "É muito rápido. Eles vêm, em média, a 90 km/h, dependendo do vento."
Como a chegada é sempre na casa do dono, o pombo carrega um chip, que aciona o relógio marcador de tempo assim que põe os pés no pombal.
Um dos meios de comunicação mais antigos, o pombo-correio teve os primeiros registros como mensageiro pelo menos 5.000 anos atrás, segundo Mattos. Mas, com a expansão das novas tecnologias, a ave parecia fadada à extinção - o último correio de pombos fechou no ano passado, na Índia. A espécie só não desapareceu do mapa graças à paixão dos columbófilos, como são chamados os criadores de pombos-correio, que mantêm viva a tradição das corridas.
Nacional
Há cinco anos, o Brasil teve a primeira Prova Nacional de Pombos-Correio, partindo de Brumado, na Bahia. Até então, as provas eram regionais. No mundo, as corridas surgiram há quase 200 anos.
Presidente da Federação Columbófila Brasileira, Mattos compete há 28 anos, mas sua paixão pelos pombos marcados com anilha começou bem antes. "Desde os quatro anos crio aves. Os pombos são fantásticos. Eles ficam comigo porque querem. Todo dia têm opção de ir embora", disse ele, que começou com cinco casais e hoje tem 150 aves.
Sua intenção é participar de outras provas internacionais. Em quatro delas, além do troféu, o pombo vencedor leva US$ 1 milhão. Nesses casos, como o de Portugal, a ave vai ainda filhote para ser treinada no país da competição - ela não volta para o Brasil.
Além de mensagens, os pombos-correio são capazes de transportar pequenos objetos. Desde 1985, centros de saúde da Inglaterra enviam amostras de sangue ao hemocentro por meio das aves, conta Mattos. Segundo ele, no primeiro ano, 100 mil amostras foram transportadas, com nenhum extravio. No Japão, antes das máquinas digitais, os jornais tinham pombos-correio que acompanhavam o fotógrafo na cobertura e depois retornavam para a redação trazendo o filme para revelar.
Como fazer
De acordo com Mattos, um pombo ainda filhote custa, em média, R$ 50. Sem competir, ele pode durar até 20 anos, mas competindo ele tanto pode morrer mais cedo como se perder no trajeto. De acordo com o criador, em toda prova, cerca de 50% das aves não voltam. Por quatro motivos: aves de rapina, fios elétricos, tempestades e debilidade.
Segundo ele, a diferença entre o pombo-correio e o pombo comum da praça das Bandeiras é a resistência física. "Os pombos da praça voam pelo menos um raio de 80 km por dia para procurar alimento, eles têm esse sentido de ir e voltar como um correio. O que eles não têm é a capacidade física de voar 10h seguidas com o coração a 500 batimentos por minuto e temperatura corporal de 42ºC."
PING-PONG
Veja, abaixo, trechos da entrevista com Márcio Mattos Borges de Oliveira feita esta semana em, Ribeirão.*
Gazeta de Ribeirão: Se pudesse voar, qual seria o primeiro lugar onde você iria batendo suas próprias asas?
Márcio Mattos Borges de Oliveira: Em cima da minha cidade. Adoro Ribeirão Preto.
Gazeta: O que é melhor: um vôo curto ou um vôo longo?
Mattos: Gosto dos vôos médios, entre 300 km e 500 km de distância, porque são provas mais rápidas, em que os pombos voltam com muito mais freqüência. São provas mais seletivas, dá para saber quem são os melhores.
Gazeta: Onde você gostaria de passar o Carnaval?
Mattos: Na Bahia, mas não no meio da folia. Ao lado.
Gazeta: Qual cor é a mais atraente?
Mattos: O verde da natureza.
Gazeta: Na cozinha, qual sua especialidade?
Mattos: Todas. Pode falar o prato, que eu faço. Não digo que faço bem, mas faço.
Gazeta: Se pudesse escolher, que mulher chamaria para um jantar a dois?
Mattos: A minha, Sônia. Sou casado há 22 anos.
Gazeta: Botafogo ou Comercial?
Mattos: Comercial, com certeza. Desde pequeno.
Gazeta: Qual sua viagem inesquecível?
Mattos: Para a Patagônia, pelos lagos, os rios, as cores e os animais.
Gazeta: O que as pessoas falam de você?
Mattos: Tenho muitos amigos. São eles que contam a vida da gente.
Gazeta: E o que você fala das pessoas?
Mattos: Temos que aceitar que elas são como são, não vão mudar. Elas se comportam como você as enxerga. Então, se você olhar alguém como competente, certamente ele vai se esforçar para ser muito mais do que é.
Gazeta: O que você mais aprendeu com os pombos?
Mattos: A ter paciência, afeto, confiança e também a simplicidade deles.
Gazeta: Qual foi o momento mais feliz da sua vida?
Mattos: Foi o nascimento de minhas três filhas.
Gazeta: E o mais triste?
Mattos: É difícil lembrar, mas acho que a perda de amigos, familiares.
Gazeta: Diga alguma coisa que você fez e que hoje, se pudesse voltar atrás, não faria de novo.
Mattos: Acho que a gente tem que se arrepender do que não fez, mas, se fosse para me arrepender, acho que seria de alguma briga, discussão boba.
Gazeta: Você tem ligações sentimentais com seus pombos?
Mattos: Muito. Tem uma área que é só da turma aposentada. São 15 grandes voadores e reprodutores que hoje não conseguem nem voar nem se reproduzir, mas continuam sendo tratados com todo carinho.
Gazeta: Como você se sente quando uma pomba morre ou não volta?
Mattos: Fico muito triste, é como perder um cachorro, só que, como é freqüente, tenho que aprender a lidar com isso.
Gazeta: Como você escolhe o nome deles?
Mattos: Só os melhores ganham nome, entre 30 a 40. Quando chegam voando, já dá para ver quem é quem. Em geral, escolho nome de familiares, como Sônia, Patrícia, Vitória; de artistas como Globeleza; e de atletas olímpicos, como Daiane dos Santos, Cordeiro de Lima.
Gazeta: É possível treinar os pombos da praça da Catedral para não sujarem o chão ou irem a outro lugar?
Mattos: O problema ali é que há gerações e gerações de sobreviventes a condições mínimas de alimentação. Seria muito difícil treiná-los, e não teriam um bom desempenho. É o mesmo que treinar vira-latas para serem cães da Polícia Militar. Para condicionar os pombos de lá, seria preciso um trabalho contínuo, iria demorar anos, porque essas aves estão dois séculos atrasadas. De qualquer forma, é muito importante que as pessoas não alimentem os pombos da praça, porque isso faz com que eles se concentrem ali, e eles precisam viver com o que conseguem encontrar, buscar outros caminhos.
Pombos sempre voltam
O bom filho à casa torna. A frase bíblica resume bem o universo dos milenares pombos-correios. Quando são levados para longe, mesmo que vendados ou em caminhões escuros, eles dão uma demonstração de fidelidade ao retornarem para a casa de seus donos, sempre.
O curioso é que os pombos só voltam. Não conseguem levar uma mensagem para a padaria ao lado, mas trazem uma carta de uma distância superior a 1.000 km desde que seja para casa, único lugar do planeta onde se sentem seguros. Por isso, antes das competições, eles são transportados por veículos até o ponto da largada, única vez em que se reúnem, porque a chegada é a casa de cada dono, independentemente da cidade ou Estado.
Para facilitar a fiscalização da disputa, na casa de cada criador fica um relógio eletrônico lacrado. O pombo carrega um chip que aciona o relógio e, assim que ele retorna, o relógio registra o tempo com precisão. Para conhecer o vencedor, os organizadores dividem o tempo gasto na viagem pela distância entre o imóvel e o ponto de partida (medida por GPS) e obtêm a média de velocidade. A ave que tiver voado mais rápido ganha.
O treinamento consiste em condicionar o pombo-correio ao lugar onde ele encontra comida e dormitório - um chocalho, por exemplo, sinaliza a hora de comer. Em questão de dois meses, ele já está preparado para competir.
No passado, imaginava-se que o pombo se guiava pelo olfato ou visão aguçada, mas testes com aves vendadas mostraram que elas retornavam com o mesmo sucesso. Pesquisas mais recentes comprovaram que, na verdade, os pombos se guiam pelos campos magnéticos da terra.
"Para voltar para casa, eles precisam de uma bússola e de um mapa. As bússolas do pombo são duas: a solar e a magnética. O que não se descobriu ainda é como ele forma o mapa. Há teorias do cheiro, do conhecimento da região, ainda não comprovadas", disse o criador Márcio Mattos Borges de Oliveira. (Gazeta de Ribeirão)
Campeonato de Columbofilia - Pombos correio nos céus dos Açores
Publicado na Quarta-Feira, dia 26 de Março de 2008, em Actualidade
A Sociedade Columbófila da Terceira deu início no princípio de Março a mais uma edição do seu campeonato de columbofilia.
A competição, que decorre até meados de Julho, consiste de várias largadas de pombos com início em S. Jorge (Calheta e Velas), Pico (Madalena e S. Roque), Faial (Horta) e para finalizar Flores e S. Miguel. O destino dos pombos correio é a Terceira, onde os cerca de 30 sócios concorrentes da Sociedade recebem os seus animais.
“Os bombeiros largam os pombos nas ilhas e eles depois seguem até casa”, explica Francisco Evangelho, presidente da Sociedade. “Numa largada da Calheta os pombos levam cerca de 1h a chegar, se for do Faial leva perto de 1h45m”.
Nestas provas a classificação é obtida a partir dos primeiros 20% de todos os pombos largados, ou seja, se partirem 100, só os 20 primeiros contam para a classificação final. Desta forma, acontece muito os columbófilos mais experientes dominarem a classificação, dando poucas hipóteses aos mais novos.
O controle de chegadas dos pombos é feito de duas maneiras. No método mais antigo, os pombos levam uma borracha na pata que é retirada quando chegam e colocada em relógios próprios. No entanto, também na columbofilia a tecnologia marca pontos e agora já existe um método em que é colocado um chip na pata do pombo e este, ao chegar ao pombal, emite um sinal para uma placa previamente instalada sendo depois os dados facialmente transportáveis para um computador onde são feitos os registos de chegada de todas as aves.
Para participar em todas as provas do campeonato um columbófilo deve ter perto de 30 pombos “batidos”, aves que já participaram neste tipo de provas e estão habituados a lidar com situações climatéricas adversas.
“Todos os anos cada participante perde, em média, 20% dos seus pombos, especialmente os borrachos (pombos mais novos) que não estão habituados a certas condições”, afirma o presidente da Sociedade Columbófila.
Actividade que exige tempo e (algum) dinheiro
Casa do Benfica cria Secção de Columbofilia
31-Mar-2008
Proença-a-Nova
Reunida na passada sexta-feira, a Assembleia-geral de Sócios da Casa do Benfica, decidiu por unanimidade aprovar a criação da Secção de Columbofilia. Com a criação desta secção, Proença-a-Nova será, a par de Castelo Branco, Portalegre e Nisa, mais um ponto de referência nesta arte dos pombos de corrida.
Esta nova vertente daquela Associação foi proposta por vários amantes da Columbofilia residentes no concelho, “falta agora apenas a aprovação final na Associação Columbofilia de Portalegre para que tudo avance”, como disse Nelson Lourenço, natural da Moita Recome, e um dos grandes impulsionadores desta secção.
Esta Assembleia aprovou também por unanimidade o Relatório de Actividades e Contas de 2007, bem como o Plano de Actividades para 2008 que “prevê entre muitas iniciativas, a realização de um mês de Maio Glorioso, com variadas actividades culturais e desportivas, onde se destaca as tradicionais corridas de atletismo, de Carros de Rolamentos, Torneios de Matraquilhos, Snoker e Ténis de Mesa, a actuação do dois Grupos Corais de Proença-a-Nova, Orfeão do Sport Lisboa e Benfica, bem como uma Campanha de Doação de Medula Óssea em parceria com o Centro de Histocompatibilidade de Coimbra. O programa definitivo será conhecido brevemente. Estamos também muito satisfeitos com a criação desta nova secção de columbofilia, prova que independentemente de clubites, as pessoas reconhecem organização e dinâmica a esta Associação”, referiu Jorge Jacinto, presidente da Casa do Benfica, no final da Assembleia.
Vai também ser lançada a campanha “Orgulhosamente Sócio” com prémios aliciantes, como por exemplo um lugar cativo no Estádio da Luz, para isso basta ser sócio desta Casa e ter a quotas regularizadas até dia 30 de Abril de 2008, às 24h00.
Britânicos queriam usar pombos-correio contra nazistas, mostra documentos
Londres, 31 ago (EFE).- Os serviços de espionagem britânicos elaboraram um plano para usar pombos-correio para enganar os nazistas na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), segundo os documentos secretos desclassificados hoje no Reino Unido.
O MI4, departamento do Diretório Britânico de Inteligência Militar, quis despistar o inimigo com o envio de pombos portadores de informação falsa à França antes do Dia D, o desembarque em 1944 das tropas aliadas na Normandia (noroeste francês).
Segundo os documentos, divulgados pelo Arquivo Nacional de Kew (oeste de Londres), os serviços secretos britânicos pensaram nesse plano depois de os alemães interceptarem pombos que transportavam notas dos aliados.
Os documentos mostram que os aliados mandaram milhares de aves com informações para ajudar a resistência francesa durante a ocupação alemã no país.
No entanto, só 10% dessas aves retornaram à Inglaterra, "por isso é preciso assumir que grande quantidade caiu em mãos alemãs", conclui, em carta, o capitão Guy Liddell.
Em 1943, o MI4 decidiu se aproveitar da circunstância e defendeu o envio de pombas com dados falsos, que dessem a entender à inteligência nazista que a invasão aliada aconteceria em Pas de Calais, região situada mais ao norte que a Normandia.
"Por enquanto, os pombos estão sendo lançados em pára-quedas no território ocupado", escreve, em uma carta, o tenente-coronel Tommy Robertson, ao relatar que "um questionário acompanha cada pombo".
"Parece-me que é um meio possível de enganar o inimigo", diz.
No entanto, o plano não chegou a ser colocado em prática, disse o professor Christopher Andrew, historiador oficial dos serviços secretos britânicos.
"O uso de pombos para levar informação enganosa sobre o desembarque do Dia D foi uma idéia certamente considerada, embora o plano não tenha sido aplicado ao final", conclui Andrew. EFE