(que para alguns aparenta ser de pouco interesse) mas que é realmente a pedra principal para manter qualquer colonia com aspirações ganhadoras.
Porem, essa introdução anual indispensável, também poderá ser uma autêntica armadilha para os menos atentos e especialmente para os iniciantes neste desporto.
Se vamos introduzir um casal proveniente de outra colonia, criamos 8 – 10 filhos deste par que vamos testar e comparar com o que temos, nas duas próximas épocas tudo bem.
Caso os resultados sejam positivos acertamos no jackpot e vamos continuar a reproduzir com esse casal, e com os outros casais de valor acrescentado que possuímos. Porem a triste realidade é que os bons casais não duram sempre e mais cedo ou mais tarde somos forçados a optar pelos cruzamentos dentro das diversas linhas que possuímos. E aqui que está a armadilha, no meu entender o principal motivo porque certas colonias sobem a escada do sucesso, conseguem manter - se aí durante 4 – 5 anos, caindo após este período ganhador, sem explicação para o columbicultor.
No meu entender, após meio século a lidar com este fenómeno, penso e estou convencido que o sucesso, ou insucesso do cruzamento está relacionado com a forma como este é feito, ou seja qual a linha que pretendemos continuar a manter. Quando efectuamos um cruzamento devemos ter em conta o seguinte. A linha que pretendemos manter, e a outra que vamos ser obrigados a eliminar na totalidade após duas ou três gerações.
as fêmeas suas descendentes. Enquanto que a femea transmite 75% aos machos seus descendentes. Se colocamos na reprodução um macho filho do casal – A - vamos dar seguimento a linhagem da sua mãe, mas se colocamos na reprodução uma femea filha do mesmo casal então vamos forçosamente dar seguimento a linhagem do seu pai.
Está mais que provado que não é possível seguir os dois caminhos. É importante descobrir onde está o factor ganhador e dar seguimento a este.
Por vezes sou confrontado com queixas de certos amadores, relacionadas com o seu pombo craque que não reproduz pombos da classe esperada.
Porem 90% dos pombos campeões por mim adquiridos são a origem de outros campeões do mesmo, ou até de, nível superior. Nem sempre um pombo campeão voador dá filhos voadores da mesma qualidade mas se seguimos o caminho certo os seus netos poderão vir a ser campeões voadores de qualidade igual ou mesmo superior.
É importante decidir qual o caminho pretendido, de contrário o amador corre o risco de, sem o desejar, eliminar tudo de bom que existe na sua colonia.
Deixo aqui a minha ideia fruto de muita experiencia e troca de impressões com os melhores criadores a nível mundial ao longo de muitos anos. O tema em questão será demasiado longo para analisar ao pormenor em tão pouco tempo e espaço, porem pode servir como base de discussão, para que os mais esclarecidos possam vir a trocar ideias e assim ajudar os menos informados que fazem parte da família deste fórum.
Desculpem a publicidade (não intencional) mas o motivo por que prefiro ceder casais reprodutores em vez de unidades individuais aos nossos clientes está relacionado com o que acabo de escrever. As probabilidades de sucesso dos que aceitam o meu conselho rondam os 85% enquanto que a margem de sucesso dos que optam por adquirir machos ou fêmeas para introdução nas suas colonias é muito inferior.
Espero ter contribuído para elucidar os menos esclarecidos, e dar seguimento a este tópico que julgo ser muito útil para todos nós.
Um abraço
Inácio.
·Anonymous (não verificado)
Ora ai está uma lição de columbófilia.
Para mim foi muito útil.
Agradecido Sr. Inácio
Era bom que todos os columbófilos assim fossem.
·Anonymous (não verificado)
A língua portuguesa ao contrário da outra que melhor conheço, é por vezes traiçoeira especialmente para os menos bem formados em português como é o meu caso.
Quando escrevi que o macho ou femea transmitem 75% das suas qualidades genéticas (não disse propriedades genéticas) referia – me a factores relacionados com motivação, inteligência, força de vontade, qualidade, vitalidade, saúde etc.
Aceito e apresento as minhas desculpas pela utilização da palavra genética que agora compreendo não se enquadrar na ideia que estou a tentar fazer passar, que nada tem a ver com cromossomas, ou genes.
Falei de experiencias muitas delas comprovadas ao longo de muitos anos não só por mim mas por grandes homens do nosso desporto que não sendo cientistas, como foram L.Whitney, S. Bishop J.Galez e muitos outros que dedicaram as suas vidas a investigação e ao estudo da Columbofilia.
Não só estes, mas muitos outros são da opinião de que a percentagem em termos de qualidades ou defeitos transmitidos de pai para filho não são iguais para ambos os sexos.
Vou apresentar mais um exemplo que pode ser considerado, de opinião versos ciência mas que está 100% comprovado, com Pombos claro. Aqui (não importa se a ciência concorda ou não, os factos falam por si)
Casais formados à base de pombos dentro da mesma família neste caso primos directos.
Vou exemplificar usando o ser humano para o demonstrar, embora a teoria que passo a apresentar nada tem ver com humanos. Porem estou ao corrente e todos nós se olharmos para o lado, deparamos com casos entre os seres humanos, que encaixam perfeitamente na teoria que vou apresentar mas prefiro deixar esta questão nas mãos quem sabe.
Duas famílias que vou referenciar como CASAL A E CASAL B. O Joaquim, esposo do casal A, é irmão da Joaquina esposa do casal B.
Os dois casais formam família e tem dois filhos um de cada sexo.
Aos filhos do casal A (Joaquim com outra Senhora) vou dar o nome de António e Antónia.
Aos filhos do casal B (Joaquina com outro Senhor) vou dar o nome de Manuel e Manuela.
Aqui temos quatro indivíduos primos direitos.
Assumindo que o António filho do Joaquim se apaixona pela prima a Manuela, filha da Joaquina, formam família e tem filhos. Aqui as probabilidades dos filhos deste casal nascerem com anomalias quase sempre presentes na consanguinidade são mínimas ou quase inexistentes. O macho, o António, filho do pai Joaquim só tem (em teoria 25% do sangue deste) o mesmo acontecendo com a Manuela, filha da mãe Joaquina, irmã do Joaquim que também (em teoria só tem 25% do sangue da mãe.
Vamos agora inverter toda esta situação e assumir que o Manuel filho da Joaquina (em teoria tem 75% do sangue da mãe Joaquina) casa com a Antónia, filha do Joaquim que (em teoria tem 75% do sangue do pai Joaquim) aqui as probabilidades dos filhos destes sofrerem de anomalias são superiores a 50% e muitas delas de grande gravidade.
Porem em ambos os casos é possível reproduzir pombos campeões utilizando este método de consanguinidade. O primeiro é sem margem para dúvidas o mais seguro para o principiante que certamente não pode eliminar metade dos pombos reproduzidos.
Esta é a teoria dos grandes mestres da columbofilia mundial com que tive e tenho o privilégio de conviver e aprender o pouco que sei.
Este método há décadas que está a ser posto em prática não só no CIC mas em todas as colonias referenciadas no mundo inteiro.
Outras formas seguras de praticar a consanguinidade serão futuramente divulgadas.
Não vou entrar em polémicas com os senhores cientistas mas também não posso deixar de lamentar a ausência do interesse destes, pela columbofilia e especialmente pelo Pombo-Correio. Os únicos factos científicos existentes são fruto das experiencias levadas a cabo pelos columbófilos honestos que connosco comungam as suas descobertas.
A estes faço mais um apelo, ajudem os menos informados, e especialmente escutem o grito da nossa juventude que ignorada pela podridão do nosso dirigismo está cada vez mais desiludida com todos nós. Sem eles não há futuro.
Um Abraço
Inácio Oliveira
·Anonymous (não verificado)
Caro Sr. Morgado. Em primeiro lugar seja bem - vindo ao nosso forum. Perdoe a minha ousadia mas quero pedir um favor.
Tente dentro do possivel apresentar as suas mensagens da mesma forma que todos nós o fazemos.
Agradeço que rectifique essa situaçao.
CIENTE QUE COMPREENDERÁ.
Inacio Oliveira
Este assunto da consanguinidade e genética é entusiasmante, mas complexo para mim e talvez para uma grande parte dos columbófilos.
A procura de "cracks" é o objectivo final de qualquer columbófilo e não só.
Em meu modesto entender acho que deve ser impossível "fabricar" cracks!
Tal como as impressões digitais e o carácter no ser humano, são únicos e não têm duplicação. Um "crack" ou um "génio", também são únicos e não reproduzem outros iguais.
Se assim não fosse, seria fácil pela reprodução destes, termos mais Einstein(s), Mozart(s), Amstrong(s), Eusébios ou Figos, etc,etc,....
Acho que podemos ter alguma influência na reprodução de pombos, principalmente ao tentarmos os "puros sangue" e corrigir e melhorar, o aspecto ao nosso gosto, cruzando pombos bons e saúdaveis, com boa plumagem, cor, asa, olhos, esqueleto, "feitio", etc.
Assim o homem já procedia na Grécia Antiga, relactivamente aos Espartanos, homens e mulheres com boa estatura, esqueleto, largura entre ombros e músculos. (ex: queriam guerreiros e até os Jogos iam nesse sentido, lançamento de dardo, disco, peso, etc.
Há uns anos atrás, nos animais os lavradores e agricultores, procediam da mesma maneira com os animais,pois queriam um bom boi para "cobrir" as suas vacas, um bom carneiro, um bom galo, um bom coelho, para a reprodução ser forte e boa. Dependia disso a sua subsistência.
Hoje em dia, com as novas técnologias e prespectivas de lucro, já se "fabricam" animais, que só ganham carne, crescem depressa, mas perderam as suas caracteristcas naturais.
Ora o pombo não é assim, e não se pode criar a vontade de vencer, se ele já não nasceu com ela.
Temos que continuar a cruzar, experimentar e aprender.
Um bom pombal, espaçoso e em que sintamos que os pombos gostam dele e nós também,ajuda muito.
Enquanto não houver "clonagem" experimentada, continuemos a praticar o nosso desporto favorito, com paciência e desportivsmo!
Saudações columbófilas do
GIL
·Anonymous (não verificado)
Caro amigo Rui,
O caso que apresenta é no meu entender complexo pois aí falta a pedra principal que seria a fêmea campeã voadora, ou dois filhos machos, desta com o mesmo pai. Porem nem tudo está perdido. Se os conseguir reaver junte esses dois machos às suas duas melhores fêmeas reprodutoras que tem no seu pombal e crie duas fêmeas para a reprodução. Segundo a teoria que defendo as filhas desses dois machos serão portadoras de 75% do pai que também tem 75% da mãe que é a fêmea campeã. Agora junte as duas fêmeas filhas da campeã que possui aos seus dois melhores machos no pombal e tire dois filhos (machos) para a reprodução. Junte dois filhos destas, às duas filhas dos filhos da fêmea campeã que irá tentar reaver.
Dentro de dois anos voltaremos a falar sobre este assunto e quase de certeza que teremos boas noticias.
Permitam que esclareça que, na minha primeira intervenção sobre este tema deixei bem claro que a minha única intenção é de ajudar o principiante e o menos informado a criar uma base sólida para formar uma colónia com futuro o mais economicamente possível. Não é minha intenção entrar em conflito com a ciência ou desrespeitar as opiniões dos outros.
A ciência também pode ser, se é que não é mesmo o principal motivo da confusão sempre presente entre humanos. Os argumentos científicos duram apenas até que alguém aparece e prova o contrário. O último exemplo está relacionado com o café. Durante décadas os nossos médicos fartaram - se de gastar saliva a aconselhar o ser humano a não consumir mais que duas bicas por dia. Porem na última semana a imprensa portuguesa apoiada por estudos científicos, veio afirmar que afinal o café é o produto ideal na prevenção das principais doenças que afectam a humanidade, que são o Cancro, a Diabetes e as Cardiovasculares, aconselhando mesmo que no mínimo devemos tomar seis (venenos) por dia.
De duas uma, ou os senhores de Campo Maior resolveram seguir o exemplo da FPC, e adoçaram fortemente a boca da imprensa, ou então estamos perante mais um caso de ciência médica que afinal estava redondamente errado.
O mesmo (errado) pode ser o caso, que se refere a teoria que defendo e vou continuar a apresentar. Caso amanhã eu venha a ser confrontado com prova que estou errado eu serei o primeiro a seguir novo rumo. Até lá vou continuar a comungar com os meus amigos e inimigos – até estes tem poucas alternativas em termos de literatura columbófila - os ensinamentos que me foram dados pelo Sammy, pelo Louis, pelo Leon, e especialmente pela universidade da vida que foi, é e será sempre o melhor professor de ciência para o homem.
Esta mesma frase foi proferida em 1964 por um senhor de nacionalidade inglesa chamado Sammy Bishop com quem tive o prazer e o privilégio (que saudade) de manter uma relação de amizade/colaboração que durou décadas, e que apenas a sua morte, conseguiu pôr fim. Uma vida com mais de 90 anos, oitenta dos quais totalmente ligados a investigação na prática, de todos os fenómenos que fazem parte do nosso desporto.
Autor de dezenas de livros e milhares de publicações relacionados com o nosso maior amigo o Pombo. Destaco uma das suas obras que considero ser o maior, mais completo e fundamentado trabalho de todos os tempos na história da Columbofilia – The Collected Works of Old Hand (Volume 1 e 2) com mais de mil páginas de leitura considerada pelos poucos que conseguiram então, em 1964 obter uma cópia desta colecção (edição especial muito limitada) como a Bíblia da Columbofilia.
Porem à semelhança da esmagadora maioria dos Célebres Autores o Sammy enquanto esteve entre nós foi atacado, apedrejado, e quase que arriscava a afirmar violado pela classe cientista. A mesma que após a sua morte passou a usar, a copiar e aplaudir o seu trabalho, que nunca mais voltou a ser posto em causa até ao dia de hoje. Sabe o leitor que a célebre fórmula utilizada na composição do SOJA MINERAL MAIS e mais meia dúzia de produtos da nossa marca aceites e respeitados pela maioria dos columbófilos em Portugal e outros países são da sua autoria, e me foram por ele oferecidas no final da década de 60?
Pergunto mais uma vez onde esteve a ciência, que durante quase 40 anos certamente descobriu fórmulas idênticas, mas não conseguiu implantar nada de qualidade e eficácia superior a estas invenções com quase quatro décadas?
Até que alguém prove o contrario irei continuar a dar seguimento ao trabalho que em Portugal durante 17 anos teve os resultados que estão a vista de todos, fruto de muitos ensinamentos que A VELHA MÃO me deu.
Ao longo destes anos foram muitos os que apareceram com tácticas de selecção apuramento de raças mas que raramente investiram um centavo em pombos de qualidade. Quem não compra nada tem para vender. Outros continuam a preferir os que os amigos lhe fazem chegar a casa gratuitamente através da MRW numa caixinha cheia de promessas mas que raramente, ou mesmo só quando o ofertante se engana contém algo que se pode considerar Pombo-correio.
Pergunto onde é que eles estão? Por motivos que desconheço os senhores donos da verdade, técnicos fabricantes de pombos, que tentaram fazer cair a minha tese no ridículo, todos desapareceram.
Os que optam pelas dádivas dos mestres que os utilizam com o intuito de ver se, a vítima descobre mais um casal reprodutor que ele próprio não está disposto a correr o risco de alimentar os filhotes durante dois anos, passam a vida a ver os pombos do vizinho chegar, e a pagar os prémios dos colegas na sua colectividade.
A verdade é que só não investe em pombos de qualidade os amadores que por motivos económicos não podem, nem devem, ou então os forretas que preferem viver á custa da bondade do conhecido que, salvo raras excepções se engana e lhe oferece uma
Ave de qualidade. Porem esses forretas bem visíveis nos fóruns e na imprensa da especialidade apenas tentam disfarçar e esconder a vergonha que sentem utilizando frases do tipo nunca compro um pombo.
Enganou – se o leitor que pensa, diabos este é um texto que deveria ter sido publicado no tópico escárnio e maldizer. Não é essa a mensagem que estou a tentar fazer passar.
Existe ainda uma outra classe de Columbicultor e Columbófilo que considero o mais completo entre todos nós. Refiro - me aquele Senhor que não compra, raramente vende nem aceita ofertas, mas o seu nome está sempre no topo da tabela. Este é o mestre que sabe e conhece a arte de criar com Pombos. Conheço alguns por esse mundo fora, e no nosso país, alguns dos quais estão não só em áreas de forte competição mas também no Alentejo e outras áreas remotas de Portugal onde os amadores estão mais dispersados•
Há dias tive o prazer de passar uma tarde no Alentejo com um desses Senhores onde me foram apresentados documentos (livros de registo) que datam de 1951 ano em que essa colónia teve inicio com um único casal cujo sangue ainda hoje corre nas veias da totalidade da colónia. Ao longo dos anos mais cinco introduções foram feitas. Quando lhe perguntei se essas introduções tinham contribuído para repor algo que estava a desaparecer a sua resposta foi pronta. Sim mas nenhuma dessas introduções deixou cá mais que dois filhos, e tive sempre o cuidado de eliminar (mandar para Espanha ou dar aos vizinhos para comer), os que não se pareciam com a base da colónia. O motivo da minha deslocação a casa deste senhor teve a ver com a aquisição de um Pombo de valor elevado por essa pessoa no CIC há três anos atrás. Estranhei o seu telefonema onde me informava que tinha todo o prazer em me oferecer o pombo que comprou porque este já não tinha utilidade no seu pombal reprodutor, onde estavam duas filhas deste a reproduzir com muito sucesso. Estranho, pensei eu, após o telefonema… Mas que Grande Columbófilo disse eu, após a minha visita.
O método de selecção e planeamento dos casais utilizado por este colega, não sendo 100% igual ao que defendo encaixa completamente na minha teoria.
Factos: Sem querer ofender outros colegas que criam e comercializam os seus pombos, o facto é que o CIC continua a ser o único centro de criação no país, o único que se conseguiu implantar e penetrar outros mercados em diversos países do mundo, o único que só consegue satisfazer 50% das encomendas que recebe, o único que tem clientes em lista de espera alguns há mais de três anos, o único que pode categoricamente afirmar que em praticamente todas as colónias campeãs deste país, corre nas suas veias, (umas mais outras menos, com aquisição directa ou através de terceiros) sangue de pombos campeões por mim reproduzidos. Por que será? Terá isto a ver só com o elevado investimento? Claro que não, e são muitas as noites passadas a planear e a projectar acasalamentos, linhas a seguir e caminhos a percorrer.
Se estou errado então o Deus que conheço protege os que erram. Em columbofilia as aldrabices relacionadas com pombos ou produtos duram apenas dois, no máximo três anos.
Vou recuar um pouco atrás e relembrar pesadelos que tive que enfrentar no passado pelo facto de ter divulgado algo que outros consideravam de proibido para publicação.
Quase fui degolado pelos cientistas e por alguns colegas do ramo quando abri o livro sobre os assuntos que passo a descrever e que são do conhecimento de todos. Não vou aqui afirmar que os produtos que aconselhei, e aconselho são melhores ou piores que os outros. Não estou a insinuar que o esquema A ou B é inferior aos que publiquei. Mas posso categoricamente afirmar que fui o primeiro no ramo da columbofilia a cumprir com a obrigação que todos os comerciantes têm para com os seus clientes que é Informar e dar acesso a informação honesta. Aqui deixo a promessa que quando possível o mesmo irei fazer em relação a reprodução com pombos.
Sabia perfeitamente o que então estava a fazer. Sabia que esse meu descuido iria causar uma queda superior a 60% na venda de medicamentos e suplementos para o Pombo. Daí o motivo da revolta dos meus colegas, que posteriormente foram forçados a cumprir melhor com as suas obrigações e seguir o meu exemplo.
É verdade que com essa iniciativa eu e os colegas pagamos a factura mas também é certo que praticamente todos continuamos com as nossas empresas, não falo pelos outros, mas o CIC continua o seu percurso e ninguém morreu.
Lembram - se quem publicou em Portugal os primeiros esquemas de voo, muda, tratamentos e outras informações que até então eram propriedade exclusiva da elite monopolista que ganhava tudo à custa dos menos informados, considerados e tratados como coitadinhos, muitos dos quais sujeitando – se ao abuso dessa classe corrupta, só para que lhes fosse divulgado o nome do Tricorex e Coccidex produtos que eles próprios, (os manda chuva há muito tinham esquecido) mas era sempre melhor que nada. Enquanto eles próprios - utilizavam Bifuromycin, Race - Fit, Sete Sais etc, etc, e muitos outros mais completos e adaptados ás condições de então.
Hoje olhamos a nossa volta e verificamos que poucos são os campeões crónicos, a juventude começou a ganhar e a bater o pé aos mais velhos, os casos de doença grave nas colónias caiu 50% ou mais, porque os amadores passaram a estar mais bem informados e até mesmo os serviços prestados pelos Médicos Veterinários passaram a ser mais apoiados por aqueles que me escutaram.
Nas próximas semanas tenciono dar descanso aos casos relacionados com o caminho errado que o nosso dirigismo tem vindo a seguir, para que estes tenham tempo de efectuar e anunciar as novas medidas que dizem estar a por em prática. Escrevo estas linhas no Sábado a noite e segundo informações de alguém de dentro, amanhã Domingo 27/08 vai haver uma reunião de dirigentes a nível nacional no Porto onde serão colocadas na mesa propostas de mudanças que caso venham a ser implantadas ajudarão a resolver alguns problemas graves da nossa columbofilia. Vamos aguardar para ver.
Se assim for terei mais tempo para me debruçar sobre o assunto relacionado com a Reprodução do Pombo que penso virá a ter o mesmo impacto e a mesma utilidade para os columbófilos que tiveram algumas das minhas outras publicações no passado.
Uma boa noite para todos e viva o Benfica que tudo indica não vai ser prejudicado pelos árbitros este fim – de – semana.
Um abraço
Inácio.
Olá Rui, os amigos nunca são inoportunos, e ao contrário da sua interpretação a persistência é algo que faz parte de tudo que faço na vida.
Bom dia a todo o auditório, que como sempre está diariamente presente para ler e acompanhar, mas mantendo a distancia em termos de participação. Este tipo de atitude leva a que o visitante menos informado pense que caso venha a participar estará a falar para as paredes. Para mim que tenho acesso aos dados das visitas, poso afirmar que a realidade é outra muito diferente. Se queremos evoluir, trocar ideias, um futuro melhor para todos e especialmente para os que hoje tem a idade do filho do Rui, então temos que mudar de atitude, e despir a burca. Continuar assim significa que dentro de cinco anos os que restarem serão todos campeões porque estarão a concursar sozinhos.
Sobre o tema que o Rui relançou, tentei no passado de uma forma honesta e sem interesses comungar o pouco que sei com aqueles que possam saber menos, mas logo apareceu a “classe sabe tudo” ou parasitária no nosso desporto denominada como dirigismo - pombeiro - cientista. Presumo que seja a mesma estripe de bactéria que reduziu de 22.000 para 9.000 o número de columbófilos no país, que obviamente ainda tem algum trabalho pela frente embora já pouco falte. Estamos quase lá.
Tentei alertar os menos informados para o perigo da falta de investigação e estudos sobre tudo que está relacionado com o Pombo, o que tem contribuído para que os “confusos” gastem o que tem e mesmo o que não tem, mas pelos vistos enganei – me.
Lamentavelmente a única universidade de ciência ao serviço do nosso desporto, é aquela que os columbófilos conhecem e bem como universidade da vida. Se assim não fosse os senhores cientistas seriam os únicos a ganhar, porem por mais que procure não se vê um único que tenha subido ao pódio. A esmagadora maioria dos que ganham continuam a ser os pedreiros, trolhas e carpinteiros a maioria dos quais teve como instrução a quarta classe.
No entanto tenho a certeza absoluta que no dia em que a ciência decida olhar para o nosso desporto com o respeito que merece, essa tendência será invertida. Até que isso aconteça a triste realidade é que os ditos columbo - cientistas não passam de meros aventureiros.
Qualquer trabalho científico, tem que ser confirmado através da investigação, testado em local próprio com comparação de resultados, e certificação dos mesmos.
Pelo que atrás descrevi o exemplo que apresentei no pedigree referente a dois tipos de primos possível dentro da mesma família não está cientificamente provado. Porem tenho a certeza absoluta ser esse o resultado porque o comprovei centenas de vezes nos últimos quarenta anos.
A consanguinidade nos pombos raramente dá resultados quando praticada em primeiro grau, ou seja quando pegamos no nosso pombo craque e o acasalamos com a irmã, mãe etc. Reparem que disse raramente pois existem algumas excepções mesmo na minha própria casa.
O método que melhores resultados, com uma margem de sucesso a rondar os 70% nos tem proporcionado, passa por introduzir o pombo campeão sempre acompanhado de um irmão, irmã ou no mínimo um sobrinho, juntar este a uma parceira de valor confirmado e reproduzir duas gerações ate obtermos os tais primos. Será com estes, e não com os campeões originais que damos inicio a formação de uma linhagem pura.
Assumimos que com a fêmea 0300/70 pretendemos criar uma linha pura. Aqui o caminho certo seria pegar no 0600/08 macho, acasalar com a avó materna e criar o número pretendido de fêmeas, acasalando estas com o avô paterno, o macho 0301/70. Nesta fase temos a linha pura da fêmea 0300. Se cruzarmos estes com parceiros de família diferente onde o mesmo método tenha sido praticado, três em cada quatro descendentes destes são de valor igual ao pombo campeão original neste caso a Joaquina 0300/70.
Foi assim que criamos todas as linhas que ganham em 80% dos pombais portugueses actualmente.
Vou continuar a aprender pondo em prática mais experiencias, e acima de tudo ouvindo os outros. Aos senhores pombeiros – cientistas agentes do dirigismo criminoso que teima em prevalecer deixo uma interrogação, por acaso manchete hoje 16 de Outubro de 2008 na primeira página do jornal A Bola com o seguinte título... Burro Sou Eu?
Talvez seja mas entendo que estou a cumprir o meu dever.
Aqui temos dois pontos quanto a mim fundamentais nesta publicação.
1º - É possível que um esperma contenha 10 cromossomas do pai e 30 da mãe do pombo responsável pela produção do esperma. Nestes casos os seus descendentes serão portadores de uma quantidade superior cromossomas provenientes da avó. Consequentemente os descendentes serão mais parecidos (em todos os aspectos) com a avó do que com o avô.
2º - Neste sistema é muito importante que apenas o The Klaren 46 seja o único pombo a regressar ao pedigree. Pelo facto de estarmos a trabalhar com netos, já estamos um pouco distantes. Sempre que outro pombo seja introduzido, a consanguinidade deixa de ser pura. Como consequência os resultados não são os mesmos. Não é importante a posição onde o De Klaren 46 aparece no pedigree, desde que seja sempre o único pombo a reaparecer.
Espero ter contribuído para esclarecer alguns pontos quanto a mim importantes, e que poderão contribuir para evitar que alguns colegas venham a reduzir o valor das suas colónias, pondo em prática métodos de consanguinidade menos correctos.
O Steven fez um óptimo trabalho mas á semelhança de todas as publicações é sempre indispensável criar um número suficiente de páginas. Será importante anotar os pontos principais e descartar o que não interessa
volto a relembrar que a consanguinidade necessita de maior nº de efectivos, pois os becos sem saída são em maior número que o normal. O caminho mais curto é cruzar e ter amigos com quem trocar pombos que cruzem bem com os nossos.
Sobre os artigos do autor em questão: não percam tempo. No reino da fantasia, e com quantidades enormes de pombos qualquer método resulta. Se a decisão fosse publicitar outra coisa qualquer teria igualmente resultado. Perguntem antes quantos pombos cria por ano, e verifiquem se podem fazer o mesmo...
Acho este tema da consanguinidade muito interessante, tenho bons pombos filhos de pombos de raças distintas mas curiosamente á alguns anos que tenho uma raça que se vem realçando de todas as outras.
Trata-se de um pombo Holandez que compramos numa venda de pombos sem nada saber sobre ele (quase dado).
Os primeiros pombos que me marcaram bem filhos dele foi um macho de 2000 filho dele com uma femea de 99 e uma femea filha dele com uma Femea Belga. No mesmo ano ela fez 7 Primeiros (sem Doblagens) dos quais alguns foram 1ºs Distritais. Nesse ano ele ganhou anilha de bronze de Velocidade e ela Ouro de Velocidade, Prata de Meio Fundo e Ouro Geral, 16 prémios em 16 encestamentos. Nesse mesmo ano juntei os dois irmãos (mães diferentes) meti uma a voar e a outra fui obrigado a passa-la para a reprodução (aduziu-se noutro pombal).
A que ficou a voar mais tarde vei-o a ser anilha de ouro geral tal como a mãe a que ficou na reprodução já deu:
- 2 Anilhas de ouro de Borrachos
- 1 Anilha de prata de Borrachos
- 2 Anilha de Prata de Velocidade
- 1 Anilha de Ouro Geral
Essa femea foi metida com o duplo avô o tal holandez k foi adquirido na venda de pombos, fiquei com 2 consanguinios na reprodução que "desdobrados" com outros pombos meus dao filhos expectaculares para voar.
Cada vez são mais apertados, e os resultados são cada vez melhores, quer "desdobrados" quer cruzados entre eles. Será coincidencia?
A meu ver a conseguir manter assim esta linha vou ter uma linha de pombos muito boa durante anos que posso "desdobrar" com outros pombos de qualidade que vá introduzindom sem ter que andar á procura do "par ideal".
o exemplo do pombo do Roberto é um excelente exemplo. Imaginemos por um instante que o Roberto era mais um criador de mitos da vida columbofila (estamos cheios deles), e que aproveitando o facto de ter um pombo excelente, que até com uma galinha criava pombos correios para ganhar, e ser um bom columbofilo, vinha para aqui escrever que tinha descoberto a pólvora pois através de cruzamentos bem estudados etc. tinha conseguido manter a linha deste pombo etc., filhos cracks etc., o normal que estamos habituados a ler.
Com pombos assim qualquer coisa resulta, e com os outros nada resulta pois não nasceram com a carga genética necessária para tal, e estes são 99% dos casos. Podia acontecer que os consanguíneos fossem quase todos de pior qualidade caso o pombo base em questões fosse portador de uma doença genética recessiva, mas parece que nem esse problema ele tem. É por isto que a consanguínidade se pode revelar traiçoeira.
Outra forma de dizer que um dado cruzamento resulta, mesmo com um pombo reles mas de excelente pedigree, é criar dele uns 20 filhos por ano. Teria que ser mesmo muito mau para nem 1 deles classificar razoavelmente.
Não é dos esquemas de reprodução. É do pombo! Não há esquema que resista com um pombo que não nasceu para ser um bom reprodutor.
Amigo Belmiro concordo plenamente, um pombo que não tenha nascido para ser um bom reprodutor na minha opinião nem que lhe façam 100 esquemas diferentes ele dá bons filhos (ou a percentegem de bons filhos que der não vale a sua alimentação)
Mas o que eu pergunto é:
Temos um reprodutor com todas as boas caracteristias
- Os filhos são bons Voadores
- Os netos são bons Voadores o k prova que os filhos do nosso reprodutor tambem são bons a reproduzir.
- Tem uma boa constituição, são aquilo que se chama (POMBOS BEM FEITOS)
- Aparentemente não transmite nenhuma doença aos seus descendentes
Como fazer para manter a linha desse pombo ao longo dos tempos?
Cruzar com diferentes linhas e ir tirando bons pombos descendentes dele para a reprodução ou tentar "apertar" através de consanguinidade?
Eu sei que é perfeitamente normal cruzar com uma linha diferente e sair um reprodutor igualmente bom, mas em qual dos métodos podemos ter maior percentagem de casos de sucesso?
não sei me estás a fazer a pergunta, mas irei responder de qualquer forma :) .
Quando se tem um pombo destes, só existe um caminho: passar para a reprodução muitos filhos que tenham, ou não, voado bem, mas que reproduzem acima da média. Depois com estes filhos faz o que entenderes, desde que não optes pela consanguínidade apertada. Quantos mais caminhos abrires mais possibilidades tens de continuares no bom caminho. O ideal é encontrar um amigo que tenha outro pombo de igual valor, e cujos filhos que cruzem bem com os teus.
Nos pombos o primeiro sinal que aparece quando se "aperta" demasiado é a falta de fertilidade das fêmeas. Não existe um método que garanta o futuro, mas é garantido que temos que continuar a procurar bons para cruzar com os nossos, ou então tudo termina.
Este ano introduziram novos Pombos na Reprodução?
(que para alguns aparenta ser de pouco interesse) mas que é realmente a pedra principal para manter qualquer colonia com aspirações ganhadoras.
Porem, essa introdução anual indispensável, também poderá ser uma autêntica armadilha para os menos atentos e especialmente para os iniciantes neste desporto.
Se vamos introduzir um casal proveniente de outra colonia, criamos 8 – 10 filhos deste par que vamos testar e comparar com o que temos, nas duas próximas épocas tudo bem.
Caso os resultados sejam positivos acertamos no jackpot e vamos continuar a reproduzir com esse casal, e com os outros casais de valor acrescentado que possuímos. Porem a triste realidade é que os bons casais não duram sempre e mais cedo ou mais tarde somos forçados a optar pelos cruzamentos dentro das diversas linhas que possuímos. E aqui que está a armadilha, no meu entender o principal motivo porque certas colonias sobem a escada do sucesso, conseguem manter - se aí durante 4 – 5 anos, caindo após este período ganhador, sem explicação para o columbicultor.
No meu entender, após meio século a lidar com este fenómeno, penso e estou convencido que o sucesso, ou insucesso do cruzamento está relacionado com a forma como este é feito, ou seja qual a linha que pretendemos continuar a manter. Quando efectuamos um cruzamento devemos ter em conta o seguinte. A linha que pretendemos manter, e a outra que vamos ser obrigados a eliminar na totalidade após duas ou três gerações.
as fêmeas suas descendentes. Enquanto que a femea transmite 75% aos machos seus descendentes. Se colocamos na reprodução um macho filho do casal – A - vamos dar seguimento a linhagem da sua mãe, mas se colocamos na reprodução uma femea filha do mesmo casal então vamos forçosamente dar seguimento a linhagem do seu pai.
Está mais que provado que não é possível seguir os dois caminhos. É importante descobrir onde está o factor ganhador e dar seguimento a este.
Por vezes sou confrontado com queixas de certos amadores, relacionadas com o seu pombo craque que não reproduz pombos da classe esperada.
Porem 90% dos pombos campeões por mim adquiridos são a origem de outros campeões do mesmo, ou até de, nível superior. Nem sempre um pombo campeão voador dá filhos voadores da mesma qualidade mas se seguimos o caminho certo os seus netos poderão vir a ser campeões voadores de qualidade igual ou mesmo superior.
É importante decidir qual o caminho pretendido, de contrário o amador corre o risco de, sem o desejar, eliminar tudo de bom que existe na sua colonia.
Deixo aqui a minha ideia fruto de muita experiencia e troca de impressões com os melhores criadores a nível mundial ao longo de muitos anos. O tema em questão será demasiado longo para analisar ao pormenor em tão pouco tempo e espaço, porem pode servir como base de discussão, para que os mais esclarecidos possam vir a trocar ideias e assim ajudar os menos informados que fazem parte da família deste fórum.
Desculpem a publicidade (não intencional) mas o motivo por que prefiro ceder casais reprodutores em vez de unidades individuais aos nossos clientes está relacionado com o que acabo de escrever. As probabilidades de sucesso dos que aceitam o meu conselho rondam os 85% enquanto que a margem de sucesso dos que optam por adquirir machos ou fêmeas para introdução nas suas colonias é muito inferior.
Espero ter contribuído para elucidar os menos esclarecidos, e dar seguimento a este tópico que julgo ser muito útil para todos nós.
Um abraço
Inácio.
Ora ai está uma lição de columbófilia.
Para mim foi muito útil.
Agradecido Sr. Inácio
Era bom que todos os columbófilos assim fossem.
A língua portuguesa ao contrário da outra que melhor conheço, é por vezes traiçoeira especialmente para os menos bem formados em português como é o meu caso.
Quando escrevi que o macho ou femea transmitem 75% das suas qualidades genéticas (não disse propriedades genéticas) referia – me a factores relacionados com motivação, inteligência, força de vontade, qualidade, vitalidade, saúde etc.
Aceito e apresento as minhas desculpas pela utilização da palavra genética que agora compreendo não se enquadrar na ideia que estou a tentar fazer passar, que nada tem a ver com cromossomas, ou genes.
Falei de experiencias muitas delas comprovadas ao longo de muitos anos não só por mim mas por grandes homens do nosso desporto que não sendo cientistas, como foram L.Whitney, S. Bishop J.Galez e muitos outros que dedicaram as suas vidas a investigação e ao estudo da Columbofilia.
Não só estes, mas muitos outros são da opinião de que a percentagem em termos de qualidades ou defeitos transmitidos de pai para filho não são iguais para ambos os sexos.
Vou apresentar mais um exemplo que pode ser considerado, de opinião versos ciência mas que está 100% comprovado, com Pombos claro. Aqui (não importa se a ciência concorda ou não, os factos falam por si)
Casais formados à base de pombos dentro da mesma família neste caso primos directos.
Vou exemplificar usando o ser humano para o demonstrar, embora a teoria que passo a apresentar nada tem ver com humanos. Porem estou ao corrente e todos nós se olharmos para o lado, deparamos com casos entre os seres humanos, que encaixam perfeitamente na teoria que vou apresentar mas prefiro deixar esta questão nas mãos quem sabe.
Duas famílias que vou referenciar como CASAL A E CASAL B. O Joaquim, esposo do casal A, é irmão da Joaquina esposa do casal B.
Os dois casais formam família e tem dois filhos um de cada sexo.
Aos filhos do casal A (Joaquim com outra Senhora) vou dar o nome de António e Antónia.
Aos filhos do casal B (Joaquina com outro Senhor) vou dar o nome de Manuel e Manuela.
Aqui temos quatro indivíduos primos direitos.
Assumindo que o António filho do Joaquim se apaixona pela prima a Manuela, filha da Joaquina, formam família e tem filhos. Aqui as probabilidades dos filhos deste casal nascerem com anomalias quase sempre presentes na consanguinidade são mínimas ou quase inexistentes. O macho, o António, filho do pai Joaquim só tem (em teoria 25% do sangue deste) o mesmo acontecendo com a Manuela, filha da mãe Joaquina, irmã do Joaquim que também (em teoria só tem 25% do sangue da mãe.
Vamos agora inverter toda esta situação e assumir que o Manuel filho da Joaquina (em teoria tem 75% do sangue da mãe Joaquina) casa com a Antónia, filha do Joaquim que (em teoria tem 75% do sangue do pai Joaquim) aqui as probabilidades dos filhos destes sofrerem de anomalias são superiores a 50% e muitas delas de grande gravidade.
Porem em ambos os casos é possível reproduzir pombos campeões utilizando este método de consanguinidade. O primeiro é sem margem para dúvidas o mais seguro para o principiante que certamente não pode eliminar metade dos pombos reproduzidos.
Esta é a teoria dos grandes mestres da columbofilia mundial com que tive e tenho o privilégio de conviver e aprender o pouco que sei.
Este método há décadas que está a ser posto em prática não só no CIC mas em todas as colonias referenciadas no mundo inteiro.
Outras formas seguras de praticar a consanguinidade serão futuramente divulgadas.
Não vou entrar em polémicas com os senhores cientistas mas também não posso deixar de lamentar a ausência do interesse destes, pela columbofilia e especialmente pelo Pombo-Correio. Os únicos factos científicos existentes são fruto das experiencias levadas a cabo pelos columbófilos honestos que connosco comungam as suas descobertas.
A estes faço mais um apelo, ajudem os menos informados, e especialmente escutem o grito da nossa juventude que ignorada pela podridão do nosso dirigismo está cada vez mais desiludida com todos nós. Sem eles não há futuro.
Um Abraço
Inácio Oliveira
Caro Sr. Morgado. Em primeiro lugar seja bem - vindo ao nosso forum. Perdoe a minha ousadia mas quero pedir um favor.
Tente dentro do possivel apresentar as suas mensagens da mesma forma que todos nós o fazemos.
Agradeço que rectifique essa situaçao.
CIENTE QUE COMPREENDERÁ.
Inacio Oliveira
Reprodutores
Este assunto da consanguinidade e genética é entusiasmante, mas complexo para mim e talvez para uma grande parte dos columbófilos.
A procura de "cracks" é o objectivo final de qualquer columbófilo e não só.
Em meu modesto entender acho que deve ser impossível "fabricar" cracks!
Tal como as impressões digitais e o carácter no ser humano, são únicos e não têm duplicação. Um "crack" ou um "génio", também são únicos e não reproduzem outros iguais.
Se assim não fosse, seria fácil pela reprodução destes, termos mais Einstein(s), Mozart(s), Amstrong(s), Eusébios ou Figos, etc,etc,....
Acho que podemos ter alguma influência na reprodução de pombos, principalmente ao tentarmos os "puros sangue" e corrigir e melhorar, o aspecto ao nosso gosto, cruzando pombos bons e saúdaveis, com boa plumagem, cor, asa, olhos, esqueleto, "feitio", etc.
Assim o homem já procedia na Grécia Antiga, relactivamente aos Espartanos, homens e mulheres com boa estatura, esqueleto, largura entre ombros e músculos. (ex: queriam guerreiros e até os Jogos iam nesse sentido, lançamento de dardo, disco, peso, etc.
Há uns anos atrás, nos animais os lavradores e agricultores, procediam da mesma maneira com os animais,pois queriam um bom boi para "cobrir" as suas vacas, um bom carneiro, um bom galo, um bom coelho, para a reprodução ser forte e boa. Dependia disso a sua subsistência.
Hoje em dia, com as novas técnologias e prespectivas de lucro, já se "fabricam" animais, que só ganham carne, crescem depressa, mas perderam as suas caracteristcas naturais.
Ora o pombo não é assim, e não se pode criar a vontade de vencer, se ele já não nasceu com ela.
Temos que continuar a cruzar, experimentar e aprender.
Um bom pombal, espaçoso e em que sintamos que os pombos gostam dele e nós também,ajuda muito.
Enquanto não houver "clonagem" experimentada, continuemos a praticar o nosso desporto favorito, com paciência e desportivsmo!
Saudações columbófilas do
GIL
Caro amigo Rui,
O caso que apresenta é no meu entender complexo pois aí falta a pedra principal que seria a fêmea campeã voadora, ou dois filhos machos, desta com o mesmo pai. Porem nem tudo está perdido. Se os conseguir reaver junte esses dois machos às suas duas melhores fêmeas reprodutoras que tem no seu pombal e crie duas fêmeas para a reprodução. Segundo a teoria que defendo as filhas desses dois machos serão portadoras de 75% do pai que também tem 75% da mãe que é a fêmea campeã. Agora junte as duas fêmeas filhas da campeã que possui aos seus dois melhores machos no pombal e tire dois filhos (machos) para a reprodução. Junte dois filhos destas, às duas filhas dos filhos da fêmea campeã que irá tentar reaver.
Dentro de dois anos voltaremos a falar sobre este assunto e quase de certeza que teremos boas noticias.
Permitam que esclareça que, na minha primeira intervenção sobre este tema deixei bem claro que a minha única intenção é de ajudar o principiante e o menos informado a criar uma base sólida para formar uma colónia com futuro o mais economicamente possível. Não é minha intenção entrar em conflito com a ciência ou desrespeitar as opiniões dos outros.
A ciência também pode ser, se é que não é mesmo o principal motivo da confusão sempre presente entre humanos. Os argumentos científicos duram apenas até que alguém aparece e prova o contrário. O último exemplo está relacionado com o café. Durante décadas os nossos médicos fartaram - se de gastar saliva a aconselhar o ser humano a não consumir mais que duas bicas por dia. Porem na última semana a imprensa portuguesa apoiada por estudos científicos, veio afirmar que afinal o café é o produto ideal na prevenção das principais doenças que afectam a humanidade, que são o Cancro, a Diabetes e as Cardiovasculares, aconselhando mesmo que no mínimo devemos tomar seis (venenos) por dia.
De duas uma, ou os senhores de Campo Maior resolveram seguir o exemplo da FPC, e adoçaram fortemente a boca da imprensa, ou então estamos perante mais um caso de ciência médica que afinal estava redondamente errado.
O mesmo (errado) pode ser o caso, que se refere a teoria que defendo e vou continuar a apresentar. Caso amanhã eu venha a ser confrontado com prova que estou errado eu serei o primeiro a seguir novo rumo. Até lá vou continuar a comungar com os meus amigos e inimigos – até estes tem poucas alternativas em termos de literatura columbófila - os ensinamentos que me foram dados pelo Sammy, pelo Louis, pelo Leon, e especialmente pela universidade da vida que foi, é e será sempre o melhor professor de ciência para o homem.
Esta mesma frase foi proferida em 1964 por um senhor de nacionalidade inglesa chamado Sammy Bishop com quem tive o prazer e o privilégio (que saudade) de manter uma relação de amizade/colaboração que durou décadas, e que apenas a sua morte, conseguiu pôr fim. Uma vida com mais de 90 anos, oitenta dos quais totalmente ligados a investigação na prática, de todos os fenómenos que fazem parte do nosso desporto.
Autor de dezenas de livros e milhares de publicações relacionados com o nosso maior amigo o Pombo. Destaco uma das suas obras que considero ser o maior, mais completo e fundamentado trabalho de todos os tempos na história da Columbofilia – The Collected Works of Old Hand (Volume 1 e 2) com mais de mil páginas de leitura considerada pelos poucos que conseguiram então, em 1964 obter uma cópia desta colecção (edição especial muito limitada) como a Bíblia da Columbofilia.
Porem à semelhança da esmagadora maioria dos Célebres Autores o Sammy enquanto esteve entre nós foi atacado, apedrejado, e quase que arriscava a afirmar violado pela classe cientista. A mesma que após a sua morte passou a usar, a copiar e aplaudir o seu trabalho, que nunca mais voltou a ser posto em causa até ao dia de hoje. Sabe o leitor que a célebre fórmula utilizada na composição do SOJA MINERAL MAIS e mais meia dúzia de produtos da nossa marca aceites e respeitados pela maioria dos columbófilos em Portugal e outros países são da sua autoria, e me foram por ele oferecidas no final da década de 60?
Pergunto mais uma vez onde esteve a ciência, que durante quase 40 anos certamente descobriu fórmulas idênticas, mas não conseguiu implantar nada de qualidade e eficácia superior a estas invenções com quase quatro décadas?
Até que alguém prove o contrario irei continuar a dar seguimento ao trabalho que em Portugal durante 17 anos teve os resultados que estão a vista de todos, fruto de muitos ensinamentos que A VELHA MÃO me deu.
Ao longo destes anos foram muitos os que apareceram com tácticas de selecção apuramento de raças mas que raramente investiram um centavo em pombos de qualidade. Quem não compra nada tem para vender. Outros continuam a preferir os que os amigos lhe fazem chegar a casa gratuitamente através da MRW numa caixinha cheia de promessas mas que raramente, ou mesmo só quando o ofertante se engana contém algo que se pode considerar Pombo-correio.
Pergunto onde é que eles estão? Por motivos que desconheço os senhores donos da verdade, técnicos fabricantes de pombos, que tentaram fazer cair a minha tese no ridículo, todos desapareceram.
Os que optam pelas dádivas dos mestres que os utilizam com o intuito de ver se, a vítima descobre mais um casal reprodutor que ele próprio não está disposto a correr o risco de alimentar os filhotes durante dois anos, passam a vida a ver os pombos do vizinho chegar, e a pagar os prémios dos colegas na sua colectividade.
A verdade é que só não investe em pombos de qualidade os amadores que por motivos económicos não podem, nem devem, ou então os forretas que preferem viver á custa da bondade do conhecido que, salvo raras excepções se engana e lhe oferece uma
Ave de qualidade. Porem esses forretas bem visíveis nos fóruns e na imprensa da especialidade apenas tentam disfarçar e esconder a vergonha que sentem utilizando frases do tipo nunca compro um pombo.
Enganou – se o leitor que pensa, diabos este é um texto que deveria ter sido publicado no tópico escárnio e maldizer. Não é essa a mensagem que estou a tentar fazer passar.
Existe ainda uma outra classe de Columbicultor e Columbófilo que considero o mais completo entre todos nós. Refiro - me aquele Senhor que não compra, raramente vende nem aceita ofertas, mas o seu nome está sempre no topo da tabela. Este é o mestre que sabe e conhece a arte de criar com Pombos. Conheço alguns por esse mundo fora, e no nosso país, alguns dos quais estão não só em áreas de forte competição mas também no Alentejo e outras áreas remotas de Portugal onde os amadores estão mais dispersados•
Há dias tive o prazer de passar uma tarde no Alentejo com um desses Senhores onde me foram apresentados documentos (livros de registo) que datam de 1951 ano em que essa colónia teve inicio com um único casal cujo sangue ainda hoje corre nas veias da totalidade da colónia. Ao longo dos anos mais cinco introduções foram feitas. Quando lhe perguntei se essas introduções tinham contribuído para repor algo que estava a desaparecer a sua resposta foi pronta. Sim mas nenhuma dessas introduções deixou cá mais que dois filhos, e tive sempre o cuidado de eliminar (mandar para Espanha ou dar aos vizinhos para comer), os que não se pareciam com a base da colónia. O motivo da minha deslocação a casa deste senhor teve a ver com a aquisição de um Pombo de valor elevado por essa pessoa no CIC há três anos atrás. Estranhei o seu telefonema onde me informava que tinha todo o prazer em me oferecer o pombo que comprou porque este já não tinha utilidade no seu pombal reprodutor, onde estavam duas filhas deste a reproduzir com muito sucesso. Estranho, pensei eu, após o telefonema… Mas que Grande Columbófilo disse eu, após a minha visita.
O método de selecção e planeamento dos casais utilizado por este colega, não sendo 100% igual ao que defendo encaixa completamente na minha teoria.
Factos: Sem querer ofender outros colegas que criam e comercializam os seus pombos, o facto é que o CIC continua a ser o único centro de criação no país, o único que se conseguiu implantar e penetrar outros mercados em diversos países do mundo, o único que só consegue satisfazer 50% das encomendas que recebe, o único que tem clientes em lista de espera alguns há mais de três anos, o único que pode categoricamente afirmar que em praticamente todas as colónias campeãs deste país, corre nas suas veias, (umas mais outras menos, com aquisição directa ou através de terceiros) sangue de pombos campeões por mim reproduzidos. Por que será? Terá isto a ver só com o elevado investimento? Claro que não, e são muitas as noites passadas a planear e a projectar acasalamentos, linhas a seguir e caminhos a percorrer.
Se estou errado então o Deus que conheço protege os que erram. Em columbofilia as aldrabices relacionadas com pombos ou produtos duram apenas dois, no máximo três anos.
Vou recuar um pouco atrás e relembrar pesadelos que tive que enfrentar no passado pelo facto de ter divulgado algo que outros consideravam de proibido para publicação.
Quase fui degolado pelos cientistas e por alguns colegas do ramo quando abri o livro sobre os assuntos que passo a descrever e que são do conhecimento de todos. Não vou aqui afirmar que os produtos que aconselhei, e aconselho são melhores ou piores que os outros. Não estou a insinuar que o esquema A ou B é inferior aos que publiquei. Mas posso categoricamente afirmar que fui o primeiro no ramo da columbofilia a cumprir com a obrigação que todos os comerciantes têm para com os seus clientes que é Informar e dar acesso a informação honesta. Aqui deixo a promessa que quando possível o mesmo irei fazer em relação a reprodução com pombos.
Sabia perfeitamente o que então estava a fazer. Sabia que esse meu descuido iria causar uma queda superior a 60% na venda de medicamentos e suplementos para o Pombo. Daí o motivo da revolta dos meus colegas, que posteriormente foram forçados a cumprir melhor com as suas obrigações e seguir o meu exemplo.
É verdade que com essa iniciativa eu e os colegas pagamos a factura mas também é certo que praticamente todos continuamos com as nossas empresas, não falo pelos outros, mas o CIC continua o seu percurso e ninguém morreu.
Lembram - se quem publicou em Portugal os primeiros esquemas de voo, muda, tratamentos e outras informações que até então eram propriedade exclusiva da elite monopolista que ganhava tudo à custa dos menos informados, considerados e tratados como coitadinhos, muitos dos quais sujeitando – se ao abuso dessa classe corrupta, só para que lhes fosse divulgado o nome do Tricorex e Coccidex produtos que eles próprios, (os manda chuva há muito tinham esquecido) mas era sempre melhor que nada. Enquanto eles próprios - utilizavam Bifuromycin, Race - Fit, Sete Sais etc, etc, e muitos outros mais completos e adaptados ás condições de então.
Hoje olhamos a nossa volta e verificamos que poucos são os campeões crónicos, a juventude começou a ganhar e a bater o pé aos mais velhos, os casos de doença grave nas colónias caiu 50% ou mais, porque os amadores passaram a estar mais bem informados e até mesmo os serviços prestados pelos Médicos Veterinários passaram a ser mais apoiados por aqueles que me escutaram.
Nas próximas semanas tenciono dar descanso aos casos relacionados com o caminho errado que o nosso dirigismo tem vindo a seguir, para que estes tenham tempo de efectuar e anunciar as novas medidas que dizem estar a por em prática. Escrevo estas linhas no Sábado a noite e segundo informações de alguém de dentro, amanhã Domingo 27/08 vai haver uma reunião de dirigentes a nível nacional no Porto onde serão colocadas na mesa propostas de mudanças que caso venham a ser implantadas ajudarão a resolver alguns problemas graves da nossa columbofilia. Vamos aguardar para ver.
Se assim for terei mais tempo para me debruçar sobre o assunto relacionado com a Reprodução do Pombo que penso virá a ter o mesmo impacto e a mesma utilidade para os columbófilos que tiveram algumas das minhas outras publicações no passado.
Uma boa noite para todos e viva o Benfica que tudo indica não vai ser prejudicado pelos árbitros este fim – de – semana.
Um abraço
Inácio.
•
Re: Este ano introduziram novos Pombos na Reprodução?
Olá Rui e Caros Colegas,
Você não desiste, mas provavelmente não vou satisfazer todas as suas vontades, pois não tenho tempo.
Pode consultar este exemplo, que provavelmente esclarecerá ás suas duvidas. Puxe pela cabeça que depois esclareço melhor
Ver...
">http://old.cicpigeons.com/noticia/1224076261anexo1.pdf
">http://old.cicpigeons.com/noticia/1224076284anexo2.pdf
Um abraço
Inacio.
Re: Este ano introduziram novos Pombos na Reprodução?
Olá Rui, os amigos nunca são inoportunos, e ao contrário da sua interpretação a persistência é algo que faz parte de tudo que faço na vida.
Bom dia a todo o auditório, que como sempre está diariamente presente para ler e acompanhar, mas mantendo a distancia em termos de participação. Este tipo de atitude leva a que o visitante menos informado pense que caso venha a participar estará a falar para as paredes. Para mim que tenho acesso aos dados das visitas, poso afirmar que a realidade é outra muito diferente. Se queremos evoluir, trocar ideias, um futuro melhor para todos e especialmente para os que hoje tem a idade do filho do Rui, então temos que mudar de atitude, e despir a burca. Continuar assim significa que dentro de cinco anos os que restarem serão todos campeões porque estarão a concursar sozinhos.
Sobre o tema que o Rui relançou, tentei no passado de uma forma honesta e sem interesses comungar o pouco que sei com aqueles que possam saber menos, mas logo apareceu a “classe sabe tudo” ou parasitária no nosso desporto denominada como dirigismo - pombeiro - cientista. Presumo que seja a mesma estripe de bactéria que reduziu de 22.000 para 9.000 o número de columbófilos no país, que obviamente ainda tem algum trabalho pela frente embora já pouco falte. Estamos quase lá.
Tentei alertar os menos informados para o perigo da falta de investigação e estudos sobre tudo que está relacionado com o Pombo, o que tem contribuído para que os “confusos” gastem o que tem e mesmo o que não tem, mas pelos vistos enganei – me.
Lamentavelmente a única universidade de ciência ao serviço do nosso desporto, é aquela que os columbófilos conhecem e bem como universidade da vida. Se assim não fosse os senhores cientistas seriam os únicos a ganhar, porem por mais que procure não se vê um único que tenha subido ao pódio. A esmagadora maioria dos que ganham continuam a ser os pedreiros, trolhas e carpinteiros a maioria dos quais teve como instrução a quarta classe.
No entanto tenho a certeza absoluta que no dia em que a ciência decida olhar para o nosso desporto com o respeito que merece, essa tendência será invertida. Até que isso aconteça a triste realidade é que os ditos columbo - cientistas não passam de meros aventureiros.
Qualquer trabalho científico, tem que ser confirmado através da investigação, testado em local próprio com comparação de resultados, e certificação dos mesmos.
Pelo que atrás descrevi o exemplo que apresentei no pedigree referente a dois tipos de primos possível dentro da mesma família não está cientificamente provado. Porem tenho a certeza absoluta ser esse o resultado porque o comprovei centenas de vezes nos últimos quarenta anos.
A consanguinidade nos pombos raramente dá resultados quando praticada em primeiro grau, ou seja quando pegamos no nosso pombo craque e o acasalamos com a irmã, mãe etc. Reparem que disse raramente pois existem algumas excepções mesmo na minha própria casa.
O método que melhores resultados, com uma margem de sucesso a rondar os 70% nos tem proporcionado, passa por introduzir o pombo campeão sempre acompanhado de um irmão, irmã ou no mínimo um sobrinho, juntar este a uma parceira de valor confirmado e reproduzir duas gerações ate obtermos os tais primos. Será com estes, e não com os campeões originais que damos inicio a formação de uma linhagem pura.
Assumimos que com a fêmea 0300/70 pretendemos criar uma linha pura. Aqui o caminho certo seria pegar no 0600/08 macho, acasalar com a avó materna e criar o número pretendido de fêmeas, acasalando estas com o avô paterno, o macho 0301/70. Nesta fase temos a linha pura da fêmea 0300. Se cruzarmos estes com parceiros de família diferente onde o mesmo método tenha sido praticado, três em cada quatro descendentes destes são de valor igual ao pombo campeão original neste caso a Joaquina 0300/70.
Foi assim que criamos todas as linhas que ganham em 80% dos pombais portugueses actualmente.
Vou continuar a aprender pondo em prática mais experiencias, e acima de tudo ouvindo os outros. Aos senhores pombeiros – cientistas agentes do dirigismo criminoso que teima em prevalecer deixo uma interrogação, por acaso manchete hoje 16 de Outubro de 2008 na primeira página do jornal A Bola com o seguinte título... Burro Sou Eu?
Talvez seja mas entendo que estou a cumprir o meu dever.
Um abraço e continuação de “boas mudas”.
Inácio.
Re: Novas Introduções.
Aqui temos dois pontos quanto a mim fundamentais nesta publicação.
1º - É possível que um esperma contenha 10 cromossomas do pai e 30 da mãe do pombo responsável pela produção do esperma. Nestes casos os seus descendentes serão portadores de uma quantidade superior cromossomas provenientes da avó. Consequentemente os descendentes serão mais parecidos (em todos os aspectos) com a avó do que com o avô.
2º - Neste sistema é muito importante que apenas o The Klaren 46 seja o único pombo a regressar ao pedigree. Pelo facto de estarmos a trabalhar com netos, já estamos um pouco distantes. Sempre que outro pombo seja introduzido, a consanguinidade deixa de ser pura. Como consequência os resultados não são os mesmos. Não é importante a posição onde o De Klaren 46 aparece no pedigree, desde que seja sempre o único pombo a reaparecer.
Espero ter contribuído para esclarecer alguns pontos quanto a mim importantes, e que poderão contribuir para evitar que alguns colegas venham a reduzir o valor das suas colónias, pondo em prática métodos de consanguinidade menos correctos.
O Steven fez um óptimo trabalho mas á semelhança de todas as publicações é sempre indispensável criar um número suficiente de páginas. Será importante anotar os pontos principais e descartar o que não interessa
Continuação de um bom dia.
Inácio.
Re: Novas Introduções.
volto a relembrar que a consanguinidade necessita de maior nº de efectivos, pois os becos sem saída são em maior número que o normal. O caminho mais curto é cruzar e ter amigos com quem trocar pombos que cruzem bem com os nossos.
Sobre os artigos do autor em questão: não percam tempo. No reino da fantasia, e com quantidades enormes de pombos qualquer método resulta. Se a decisão fosse publicitar outra coisa qualquer teria igualmente resultado. Perguntem antes quantos pombos cria por ano, e verifiquem se podem fazer o mesmo...
Belmiro
Re: Novas Introduções.
Boa Tarde a todos!
Acho este tema da consanguinidade muito interessante, tenho bons pombos filhos de pombos de raças distintas mas curiosamente á alguns anos que tenho uma raça que se vem realçando de todas as outras.
Trata-se de um pombo Holandez que compramos numa venda de pombos sem nada saber sobre ele (quase dado).
Os primeiros pombos que me marcaram bem filhos dele foi um macho de 2000 filho dele com uma femea de 99 e uma femea filha dele com uma Femea Belga. No mesmo ano ela fez 7 Primeiros (sem Doblagens) dos quais alguns foram 1ºs Distritais. Nesse ano ele ganhou anilha de bronze de Velocidade e ela Ouro de Velocidade, Prata de Meio Fundo e Ouro Geral, 16 prémios em 16 encestamentos. Nesse mesmo ano juntei os dois irmãos (mães diferentes) meti uma a voar e a outra fui obrigado a passa-la para a reprodução (aduziu-se noutro pombal).
A que ficou a voar mais tarde vei-o a ser anilha de ouro geral tal como a mãe a que ficou na reprodução já deu:
- 2 Anilhas de ouro de Borrachos
- 1 Anilha de prata de Borrachos
- 2 Anilha de Prata de Velocidade
- 1 Anilha de Ouro Geral
Essa femea foi metida com o duplo avô o tal holandez k foi adquirido na venda de pombos, fiquei com 2 consanguinios na reprodução que "desdobrados" com outros pombos meus dao filhos expectaculares para voar.
Cada vez são mais apertados, e os resultados são cada vez melhores, quer "desdobrados" quer cruzados entre eles. Será coincidencia?
A meu ver a conseguir manter assim esta linha vou ter uma linha de pombos muito boa durante anos que posso "desdobrar" com outros pombos de qualidade que vá introduzindom sem ter que andar á procura do "par ideal".
Um abraço,
Roberto
Re: Novas Introduções.
Boa tarde
o exemplo do pombo do Roberto é um excelente exemplo. Imaginemos por um instante que o Roberto era mais um criador de mitos da vida columbofila (estamos cheios deles), e que aproveitando o facto de ter um pombo excelente, que até com uma galinha criava pombos correios para ganhar, e ser um bom columbofilo, vinha para aqui escrever que tinha descoberto a pólvora pois através de cruzamentos bem estudados etc. tinha conseguido manter a linha deste pombo etc., filhos cracks etc., o normal que estamos habituados a ler.
Com pombos assim qualquer coisa resulta, e com os outros nada resulta pois não nasceram com a carga genética necessária para tal, e estes são 99% dos casos. Podia acontecer que os consanguíneos fossem quase todos de pior qualidade caso o pombo base em questões fosse portador de uma doença genética recessiva, mas parece que nem esse problema ele tem. É por isto que a consanguínidade se pode revelar traiçoeira.
Outra forma de dizer que um dado cruzamento resulta, mesmo com um pombo reles mas de excelente pedigree, é criar dele uns 20 filhos por ano. Teria que ser mesmo muito mau para nem 1 deles classificar razoavelmente.
Não é dos esquemas de reprodução. É do pombo! Não há esquema que resista com um pombo que não nasceu para ser um bom reprodutor.
Belmiro
Re: Novas Introduções.
Amigo Belmiro concordo plenamente, um pombo que não tenha nascido para ser um bom reprodutor na minha opinião nem que lhe façam 100 esquemas diferentes ele dá bons filhos (ou a percentegem de bons filhos que der não vale a sua alimentação)
Mas o que eu pergunto é:
Temos um reprodutor com todas as boas caracteristias
- Os filhos são bons Voadores
- Os netos são bons Voadores o k prova que os filhos do nosso reprodutor tambem são bons a reproduzir.
- Tem uma boa constituição, são aquilo que se chama (POMBOS BEM FEITOS)
- Aparentemente não transmite nenhuma doença aos seus descendentes
Como fazer para manter a linha desse pombo ao longo dos tempos?
Cruzar com diferentes linhas e ir tirando bons pombos descendentes dele para a reprodução ou tentar "apertar" através de consanguinidade?
Eu sei que é perfeitamente normal cruzar com uma linha diferente e sair um reprodutor igualmente bom, mas em qual dos métodos podemos ter maior percentagem de casos de sucesso?
Um abraço,
Roberto
Re: Novas Introduções.
Olá Roberto,
não sei me estás a fazer a pergunta, mas irei responder de qualquer forma :) .
Quando se tem um pombo destes, só existe um caminho: passar para a reprodução muitos filhos que tenham, ou não, voado bem, mas que reproduzem acima da média. Depois com estes filhos faz o que entenderes, desde que não optes pela consanguínidade apertada. Quantos mais caminhos abrires mais possibilidades tens de continuares no bom caminho. O ideal é encontrar um amigo que tenha outro pombo de igual valor, e cujos filhos que cruzem bem com os teus.
Nos pombos o primeiro sinal que aparece quando se "aperta" demasiado é a falta de fertilidade das fêmeas. Não existe um método que garanta o futuro, mas é garantido que temos que continuar a procurar bons para cruzar com os nossos, ou então tudo termina.
Belmiro