EXPOSIÇÕES DE POMBOS CORREIO

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Caros colegas,

Numa altura em que as exposições se aproximam, penso que não seria demais falarmos um pouco sobre elas.
Apesar de jovem e apenas 15 anos de Columbofilia, já ouvi e vi muita coisa, nomeadamente nas exposições, essa modalidade que vai perdendo adeptos e participantes de forma assustadora. Lanço este debate para tentarmos encontrar as causas.
Vou começar por falar na categoria SPORT, a qual não tem muitos adeptos, a meu ver por três motivos, o primeiro é a maioria dos proprietários dos pombos que obtêm grandes resultados, desconhecem os regulamentos e não estão para se dar ao trabalho para realizar os respectivos cálculos, o segundo é que apenas uma minoria de columbófilos possui pombos que cumpram os requisitos mínimos e finalmente nem todos gostam que os seus cracks tenham que se submeter ao stress que é uma exposição.

Relativamente ao Standard a história é outra e muito menos linear, assim vou elaborar um pequeno texto para transmitir a minha opinião.
Quando me iniciei na columbofilia, por estas terras, existiam três grandes raças de pombos para o dito Standard, os Lulus, que eram pombos azuis clarinhos, plumagem muito brilhante e grande porte físico; os Shotman, pombos Bronzeados clarinhos com grande porte atlético e por último os Dordin, pombos Azuis-claros com boa plumagem e boa constituição física. Destas três linhas, as duas primeiras enfrentavam as provas, mas raramente se classificavam e quando o conseguiam era em provas lentas, o que levava a que parassem imediatamente pois os objectivos estavam conseguidos. Relativamente aos Dordin, sem serem pombos de cabeça, classificavam com mais frequência.
A dada altura começaram a surgir na categoria de borrachos uns pombos diferentes, de outras cores, apresentados nestas paragens pelo Doutor José Francisco Coxo (Grande Admirador desta modalidade), pombos esses que rapidamente se impuseram pela melhor qualidade de plumagem e melhor composição física, aspecto, etc..., com predominância para os lilases e os vermelhos. Como não eram voadores, pediam-se sempre nos treinos, nunca apareceram por estas paragens noutra classe que não fosse os borrachos, classe que apenas necessita de uma anilha de ano...
Neste distrito, nos últimos anos apenas apareceram dois pombos “lilases” nas categorias de Livres e Olímpicos, ambos machos, resultantes de cruzamentos entre os “lilases” com outros pombos, no entanto a característica que lhes permitia marcar prejudicava-os a nível nacional onde nunca foram além de um 17º lugar...

No entanto a realidade nacional é bem diferente, com dois distritos a dominarem as classes de Livres e Olímpicos/Ibéricos, com os tais pombos que parecem tudo menos voadores. Se relativamente aos livres ainda poderíamos acreditar que miraculosamente um pombo daqueles se classificasse, já relativamente aos Olímpicos/Ibéricos, muitos quilómetros têm que ser percorridos e classificados e sinceramente eu não acredito que os pombos que têm vencido a nível nacional o façam, pois só acredito no que quero.
No entanto como estamos sempre a aprender, eu gostaria que alguém, especialmente os amadores dos distritos em que estes pombos até são Olímpicos, explicassem como é que estes pombos brilham junto dos seus em provas normais. Pois quem vê numa exposição Nacional dois machos Olímpicos em 1º e 2º com anilhas consecutivas, fica a pensar que o concorrente tem pombos de grande qualidade. É assim? Estes columbófilos marcam? Como funcionam os tais clubes de Standard?

Parece-me estranho como é que meia dúzia de Columbófilos consegue aquilo que a generalidade considera impossível?

Estes factos estão a trazer a desacreditação a esta modalidade e muitos afastam-se, ou vão-se afastando, de tal forma que muita gente vai à exposição Nacional e nem para estes pombos olha, pois sentem-se revoltados.
Esses pombos são os mesmos que nos estão a dar títulos a Portugal, lá por fora, onde o que nós notamos à vista desarmada, já muitos notaram, daí que surja a pergunta: Os nossos pombos são mesmo bons e têm valor para ali estar, ou não passam de “galinhas” ou “vaquinhas”, muito bonitinhos com um cérebro vazio?

Muito resta por escrever, mas como já me alonguei bastante vou deixar a minha 1ª intervenção por aqui, para dar lugar às vossas?