pelo que entendo o columbófilo em causa anilhou apenas 15 borrachos, pequeno nº sem dúvida, mas fico sem saber se esse pequeno nº é devido a restrições no regulamento ou se é devido ao preço das anilhas. Como neste caso duvido que seja pelo preço das anilhas então deverá ser devido ao regulamento. Também é engraçado que o proprietário tenha que definir as suas apostas antes de se iniciar qualquer treino ou prova. O tempo de inscrições parece estar definido para que não exista tempo de treinar antes. Apenas adução ao pombal.
À primeira vista parece provável que assim seja pois numa competição onde entra tanto dinheiro em jogo certamente todos os apostadores devem ter assegurado ter igual probabilidade de ganhar à partida.
Se assim é, então é tudo bastante diferente da nossa realidade/mentalidade:
a) aqui não existe igualdade de oportunidades à partida: permitimos diferente nº de inscritos e diferente nº de recenseados para competir.
b) quando se fala em recenseamentos limitados, há quem os admita apenas depois de uns quantos treinos para escolher entre as centenas que possui os que mais garantias estão a dar nos treinos, o que à partida é uma vantagem em relação aos que não têm por onde escolher.
Temos muitos campeões com pés de barro, e uma columbofilia de bairro... Não há mal nenhum se isto fosse um hobby para todos mas a verdade é que não é, e alguns aproveitam-se do bairrismo para parecer mais do que aquilo que são, pois todas as semanas apenas competem contra uma grande maioria de amadores.
Esta mistura de diferentes formas de ver a columbofilia (comercial/hobby) e a falta de um RDN onde se defenda a igualdade de oportunidades numa competição tem tido grande uma contribuição para a parcela de abandonos. Era necessária outra atitude por parte da FPC em relação à parte desportiva.
Como funciona o método das anilhas: estas custam no mínimo 100 dólares cada, mas há vários escalões que poderão ir até aos 5.000 dólares por cada anilha.
Quem tem muito, aposta muito, quem tem pouco aposta menos.
Na campanha seguinte os pombos portadores dessas anilhas participam numa única prova.
O bolo é distribuído pelos vencedores. Em certos casos chega a ultrapassar um milhão de dólares só para o 1º prémio.
Os amadores compram vários grupos de 10 a 20 anilhas e participam em varias provas por época, mas cada grupo de anilhas só pode participar numa prova. Esses pombos no Taiwan só fazem uma prova na vida deles. Método idêntico aos derbys no nosso país, mas aqui quem cria, e treina os pombos é o proprietário.
Um 1º prémio significa, a reforma garantida para o resto da vida.
Tivemos este sistema em prática aqui em Portugal na liga profissional, com anilhas vendidas a 10 euros cada, foi um sucesso, ainda hoje choram por esses tempos.
Um abraço,
Inácio
Sempre defendi que o preço dos pombos em qualquer clube deveria ter vários escalões desde pombos sem lucro para o clube até a um valor máximo definido pelos sócios. É um direito que deveria ser dado a cada sócio. Depois cada um decidia em que escalão queria "apostar" e recebia os prémios de acordo com o gasto inicial. Nunca gostaram da ideia, em especial aqueles que mais ganham com o sistema existente. Em geral gostam de explorar qualquer miúdo que se inicie ou reformado que apenas tem pombos para ver chegar (preços iguais para todos). A maioria com a ilusão de que irá ganhar alguma coisa para além do que já pagou a mais pelo envio dos pombos, mas nem isso ganham se fizessem as contas (não podem pois a maioria nem sabe o custo "real" do pombo que vem estipulado pela Associação). No final lá estão para aplaudir. Isto de ir ao bolso das pessoas sem perguntar "ou queres assim ou desiste" é realmente bonito. A FPC alguma vez tentou corrigir este estado de coisas?. Já que os clubes e as Associações não se corrigem, alguém deveria proteger a columbofilia para todos...
Regressando a Taiwan, os clubes parecem bastante autónomos e as regras devem alterar-se de clube para clube. Depois resta escolher o que mais prémios oferece em função do que oferece maior igualdade de oportunidades para ganhar. Também devem existir os que permitem tudo pois a natureza humana não é diferente por ali e eles fazem tudo para ganhar...
Neste video, além das apostas e dos prémios que se podem ganhar o que realmente me impressionou foi o controlo que existe, encestamentos, constatação de chegada e uma coisa que gostava de ver por aqui; o controlo da solta. Ali deverá ser quase impossivel fazer batota. Por cá é o que vemos...
mas repare que para se chegar aquele ponto é porque muito gente tentou tudo e mais alguma coisa :).
Neste campo o que deveria despertar atenção é a falta de confiança nas entradas electrónicas, pois a classificação apenas conta se usarem igualmente as velhas anilhas de borracha: aqui retirámos os Soumar, segundo se disse, por serem de fácil "manipulação" (afastámos columbófilos e abrimos caminho à venda de mais chips etc.), e introduzimos as electrónicas sem cuidado algum. Gostaria de saber que cuidados têm eles com os chips e como combatem as fraudes com as electrónicas: sejam elas nos chips ou nos próprios aparelhos. Um chip pode ser replicado/copiado. Com o dinheiro que está na mesa, aquele jogo entre gato e rato pode ser uma verdadeira loucura, especialmente num país onde segundo me disseram fazer batota não é pecado, mas apenas mais uma parte do jogo, coisa que pode ser verdade tendo em conta a facilidade com que aceitam pagar resgates. Se sabem onde os pombos passam seria simples travar aquilo, dado o dinheiro que está envolvido, mas todos devem comer a sua parte...
Re: Profissionais da Columbofilia...
pelo que entendo o columbófilo em causa anilhou apenas 15 borrachos, pequeno nº sem dúvida, mas fico sem saber se esse pequeno nº é devido a restrições no regulamento ou se é devido ao preço das anilhas. Como neste caso duvido que seja pelo preço das anilhas então deverá ser devido ao regulamento. Também é engraçado que o proprietário tenha que definir as suas apostas antes de se iniciar qualquer treino ou prova. O tempo de inscrições parece estar definido para que não exista tempo de treinar antes. Apenas adução ao pombal.
À primeira vista parece provável que assim seja pois numa competição onde entra tanto dinheiro em jogo certamente todos os apostadores devem ter assegurado ter igual probabilidade de ganhar à partida.
Se assim é, então é tudo bastante diferente da nossa realidade/mentalidade:
a) aqui não existe igualdade de oportunidades à partida: permitimos diferente nº de inscritos e diferente nº de recenseados para competir.
b) quando se fala em recenseamentos limitados, há quem os admita apenas depois de uns quantos treinos para escolher entre as centenas que possui os que mais garantias estão a dar nos treinos, o que à partida é uma vantagem em relação aos que não têm por onde escolher.
Temos muitos campeões com pés de barro, e uma columbofilia de bairro... Não há mal nenhum se isto fosse um hobby para todos mas a verdade é que não é, e alguns aproveitam-se do bairrismo para parecer mais do que aquilo que são, pois todas as semanas apenas competem contra uma grande maioria de amadores.
Esta mistura de diferentes formas de ver a columbofilia (comercial/hobby) e a falta de um RDN onde se defenda a igualdade de oportunidades numa competição tem tido grande uma contribuição para a parcela de abandonos. Era necessária outra atitude por parte da FPC em relação à parte desportiva.
Belmiro
Re: Profissionais da Columbofilia...
Como funciona o método das anilhas: estas custam no mínimo 100 dólares cada, mas há vários escalões que poderão ir até aos 5.000 dólares por cada anilha.
Quem tem muito, aposta muito, quem tem pouco aposta menos.
Na campanha seguinte os pombos portadores dessas anilhas participam numa única prova.
O bolo é distribuído pelos vencedores. Em certos casos chega a ultrapassar um milhão de dólares só para o 1º prémio.
Os amadores compram vários grupos de 10 a 20 anilhas e participam em varias provas por época, mas cada grupo de anilhas só pode participar numa prova. Esses pombos no Taiwan só fazem uma prova na vida deles. Método idêntico aos derbys no nosso país, mas aqui quem cria, e treina os pombos é o proprietário.
Um 1º prémio significa, a reforma garantida para o resto da vida.
Tivemos este sistema em prática aqui em Portugal na liga profissional, com anilhas vendidas a 10 euros cada, foi um sucesso, ainda hoje choram por esses tempos.
Um abraço,
Inácio
Re: Profissionais da Columbofilia...
Sempre defendi que o preço dos pombos em qualquer clube deveria ter vários escalões desde pombos sem lucro para o clube até a um valor máximo definido pelos sócios. É um direito que deveria ser dado a cada sócio. Depois cada um decidia em que escalão queria "apostar" e recebia os prémios de acordo com o gasto inicial. Nunca gostaram da ideia, em especial aqueles que mais ganham com o sistema existente. Em geral gostam de explorar qualquer miúdo que se inicie ou reformado que apenas tem pombos para ver chegar (preços iguais para todos). A maioria com a ilusão de que irá ganhar alguma coisa para além do que já pagou a mais pelo envio dos pombos, mas nem isso ganham se fizessem as contas (não podem pois a maioria nem sabe o custo "real" do pombo que vem estipulado pela Associação). No final lá estão para aplaudir. Isto de ir ao bolso das pessoas sem perguntar "ou queres assim ou desiste" é realmente bonito. A FPC alguma vez tentou corrigir este estado de coisas?. Já que os clubes e as Associações não se corrigem, alguém deveria proteger a columbofilia para todos...
Regressando a Taiwan, os clubes parecem bastante autónomos e as regras devem alterar-se de clube para clube. Depois resta escolher o que mais prémios oferece em função do que oferece maior igualdade de oportunidades para ganhar. Também devem existir os que permitem tudo pois a natureza humana não é diferente por ali e eles fazem tudo para ganhar...
Belmiro
Re: Profissionais da Columbofilia...
Neste video, além das apostas e dos prémios que se podem ganhar o que realmente me impressionou foi o controlo que existe, encestamentos, constatação de chegada e uma coisa que gostava de ver por aqui; o controlo da solta. Ali deverá ser quase impossivel fazer batota. Por cá é o que vemos...
Re: Profissionais da Columbofilia...
mas repare que para se chegar aquele ponto é porque muito gente tentou tudo e mais alguma coisa :).
Neste campo o que deveria despertar atenção é a falta de confiança nas entradas electrónicas, pois a classificação apenas conta se usarem igualmente as velhas anilhas de borracha: aqui retirámos os Soumar, segundo se disse, por serem de fácil "manipulação" (afastámos columbófilos e abrimos caminho à venda de mais chips etc.), e introduzimos as electrónicas sem cuidado algum. Gostaria de saber que cuidados têm eles com os chips e como combatem as fraudes com as electrónicas: sejam elas nos chips ou nos próprios aparelhos. Um chip pode ser replicado/copiado. Com o dinheiro que está na mesa, aquele jogo entre gato e rato pode ser uma verdadeira loucura, especialmente num país onde segundo me disseram fazer batota não é pecado, mas apenas mais uma parte do jogo, coisa que pode ser verdade tendo em conta a facilidade com que aceitam pagar resgates. Se sabem onde os pombos passam seria simples travar aquilo, dado o dinheiro que está envolvido, mas todos devem comer a sua parte...
Belmiro