Entradas Electrónicas

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Entradas Electrónicas. Li com atenção as últimas intervenções, sobre este assunto.

Tudo que temos, incluindo a vida, nada nos pertence. O direito de exclusividade referente á verdade, de acordo com a minha crença, desde o dia em que o primeiro ser humano pisou o Planeta Terra tem um único Proprietário. Que eu saiba a ninguém foi (eu incluído) passada procuração, ou cedidas acções relacionadas com essa patente.

Por esse facto é minha convicção que todos temos a nossa verdade, o que não nos confere o direito de desprezar, ou repudiar a verdade do próximo, que salvo raras excepções é diferente da nossa.

Mais uma vez apresento este exemplo para que os colegas não venham a interpretar o que vou descrever, como uma qualquer imposição.

O ser humano é por natureza, um protestante. A primeira coisa que faz segundos após nascer é protestar – grita e chora – talvez porque, ao ser “expulso” do ventre materno se apercebe que, passará a ter que lutar e trabalhar para sobreviver. Afinal acabou de perder todos os privilégios incluindo o direito á “malandrice” que usufruiu durante nove meses no ventre materno.

Compreendo os pontos apresentados pelo amigo Roberto. Ser Columbófilo não é fácil, ser dirigente a nível de colectividade duplica as dificuldades e os trabalhos claro. Aqui mais uma vez se confirma a necessidade da implantação de mudanças no que se refere á liberdade de acção do sector privado, e não só no nosso desporto.

Porem ninguém está acorrentado, e qualquer colega convidado a fazer parte da lista que irá formar a futura direcção, na sua colectividade tem sempre o direito a não aceitar ou mais tarde apresentar a demissão.

Poder - se – há criar condições para os que não querem trabalhar possam recorrer às futuras instituições profissionais (que vão ser uma realidade pelo menos em certas zonas do país) onde poderá, quem assim entender, optar por pagar por esses serviços prestados por funcionários pagos para o efeito. Aproveito para recordar que aqui está mais um exemplo a seguir para a criação de riqueza, de novos postos de trabalho e aumento das receitas fiscais que, como é óbvio são utilizadas para melhorar as condições de vida de toda a comunidade, que poderá funcionar e bem, paralelamente com o sistema actual que, vive precisamente a custa do oposto, ou seja dos impostos pagos pela comunidade colocados ao dispor de Federação, e associações pelo governo, e das nossas contribuições directas através da aquisição de anilhas, quotas, cestos pagos, receitas de leilões aqui e ali, que são sempre direccionadas para os sacos das instituições que estão acima das colectividades, ficando reservado para estas as tarefa de executar 90% dos trabalhos relacionados com toda a estrutura Columbófila Nacional.

Agora talvez possa compreender melhor o motivo e significado das recentes afirmações do Sr. Presidente da Associação do Porto, que seguindo o exemplo do Mugabe, do José Eduardo dos Santos e outros ditadores tenciona ocupar o cargo para o resto da vida. Cargos em instituições acima das Colectividades são sempre cobiçados e nunca faltam pretendentes.

Estes factos passam despercebidos, mas sempre que se tenta implantar mudanças, mesmo que estas tenham sido por nós exigidas, há sempre quem não esteja de acordo, passando, com todo o direito diga – se a apresentar como alternativa ou desculpa a sua verdade.

Eu pessoalmente não concordo com a totalidade das alterações aos regulamentos relacionados com as electrónicas, mas tenho o dever de compreender que a minha verdade não é a mesma do meu semelhante daí aceitar que o que foi feito teve como objectivo melhorar as condições não só de segurança, mas também a curto prazo facilitar as tarefas de quem está a gerir as colectividades.

Jamais alguém neste país apontou dedos e criticou o regime actual como eu tenho vindo a fazer. Porem convém não esquecer que paralelamente, ajudei dentro das minhas possibilidades a melhorar um pouco a situação das vítimas dos erros (segundo a minha verdade) cometidos pelo nosso dirigismo. Prometo que o mesmo exemplo será posto em prática no que toca á minha nova responsabilidade assumida no comércio electrónico da columbofilia. Não vou nem tenho o direito de apontar o dedo á concorrência, com a qual tenciono vir a travar algumas “batalhas”, dentro dos limites exigíveis de mútuo respeito. Vou ganhar algumas e perder outras, mas posso desde já garantir, que os interesses dos consumidores estarão sempre em primeiro lugar, e no final do dia todos irão ser beneficiados.

Compete á FPC rectificar e mudar muita coisa na nossa columbofilia, mas não é obrigação desta instituição de esclarecer, formar, e se necessário ensinar os conselhos técnicos das colectividades a lidar correctamente com os constatadores. Essa obrigação é nossa, e no que toca á minha parte é para ser assumida, e executada.

Não é justo que se tenha vindo a ocultar informação, e recusar formação aos conselhos técnicos com a intenção de cobrar ao consumidor por certos serviços refiro – me entre outros ao registo do chip. Que as colectividades cobrem uma quantia justa para efectuar esses serviços, não só é aceitável, como também recomendável, pois são receitas que ficam em casa – porem o que eu não posso aceitar são as tácticas utilizadas pelos Senhores Representantes da Unikon, nomeadamente o Senhor Figueiredo (a quem, divergências á parte, aproveito para desejar uma rápida e completa recuperação do seu estado de saúde que segundo consta não é o desejável) responsável pela zona norte, que nem sempre tratou os seus clientes onde eu estou incluído com o respeito que lhes era devido. Conheço outros casos semelhantes relacionados com outras marcas, porem entendo, não dever divulgar casos relacionados com marcas com as quais não fui directamente afectado.

Hoje posso garantir que 90% dos problemas relacionados com as electrónicas no passado estiveram relacionados com a falta de informação (legislação) montagens de antenas e ligações incorrectas. Tudo isto é da responsabilidade do fornecedor, ao qual compete incluir no seu orçamento verbas necessárias para a prestação desses serviços, e não cair na armadilha relacionada com as baixas margens que os senhores barões alem fronteiras lhes impõem. É necessário exigir a esses senhores que prestem o devido apoio aos representantes no nosso país. Se o não fizerem, compete aos senhores representantes deixar de ser usados.

Finalizando quero deixar aqui uma palavra de apreço e agradecer ao Sr. Rui Oliveira a atitude correcta que teve em relação á minha pessoa, mesmo sabendo que foi o mais prejudicado em todo este processo. Estou ao corrente e devo informar que alguns dos problemas que teve de enfrentar no passado, estiveram relacionados com outros autores, contra os quais pouco ou nada podia fazer.

Uma boa noite e um Santo Domingo para todos.

Eu vou até ao Algarve – trabalhar.

Inácio.