A Diferença entre Nós e os Outros

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Pois é: como tem sido hábito o CIC mais uma vez provou estar bem informado. Não foi por acaso que aproveitamos a recessão económica para adquirir reforços do melhor que há a nível mundial, nomeadamente os Ludo Claessens e os Koopman.

 
Ontem em leilão internacional foram colocados á venda 10 pombos originais da colónia koopman da Holanda. Os preços atingiram um novo recorde mundial sendo a média por Pombo de 9 mil euros.
A colónia Koopman passou para nº1 na cotação da "bolsa" columbófila internacional.
Uma fêmea de nome “Emma” foi vendida por 30.400 euros, outra de nome “Varella” atingiu os 16.700 euros. Dos 10 pombos em oferta pública ao dispor de todos os columbófilos do mundo, 7 foram para a China, 1 para a Alemanha, 1 para o Taiwan, e 1 para Portugal e como não podia deixar de ser para o CIC.
A “Charita” uma super reprodutora ex Koopman, mãe de vários pombos campeões incluindo o super “Western Man” foi por nós adquirida, “cortesia” dos nossos amigos chineses que actualmente dominam o mercado mundial.
No CIC estão hoje 17 pombos originais dos pombais do Koopman assim como outros 7 puros da mesma linha provenientes de fonte 100% de confiança.
Somos hoje uma de três organizações a nível mundial com maior quantidade e qualidade de pombos originais desta super linhagem que juntamente com os Janssen e os Claessen dominam a columbofilia mundial.
Será importante lembrar que os pombos base da colónia koopman são: um macho “Ons Louis” da linha dos nossos Janssen directos, uma fêmea a “Amira” da familia dos nossos Napoli ex Van Hove Wytterhoven, uma fêmea a “Shiva” da linha dos nossos Flor Engels, um macho “Black Power” da linha dos nossos Meulemans, um macho Marcelis, o “Jong Sprint”, da linha do nosso “National Champion”, um macho o “Gentil” da linha dos nossos Van Loon e outros também com representação no quadro reprodutor do CIC. Por que será? È nosso dever zelar pelos interesses dos nossos clientes.
Durante décadas soubemos acompanhar de perto e verificar onde estavam a ser criados os campeões de nível mundial. Sempre fomos e continuaremos a ir busca-los directamente á fonte.
Os menos elucidados finalmente podem compreender o motivo porque os nossos pombos dominam praticamente sem oposição a competição no nosso país e cada vez mais também além fronteiras.
Investimento constante não em nomes mas em qualidade garantida, alguma sabedoria, e muito trabalho. É aqui que sempre esteve, está e continuará a estar o nosso segredo.  
Enquanto outros inventam nós damos preferência á construção de bases sólidas para o presente e para o futuro da nossa columbofilia.
É um facto que estamos sozinhos e a lutar contra tudo e contra todos, porem temos a certeza absoluta que seguimos o caminho certo, obtendo dia após dia vitórias que ninguém tem argumentos para contestar.
Estamos a travar uma luta com a FPC e algumas associações, e brevemente essa luta será alargada aos responsáveis políticos (também aqui há culpados), que são a fonte da desgraça em que o nosso desporto se encontra.
Em termos columbófilos somos um país do terceiro mundo com 10 mil amadores a contribuírem para 4 ou 5 senhores e seus compadres viverem comodamente á sua custa.
Não será por falta de qualidade, valor ou sabedoria que os nossos columbófilos não são reconhecidos á semelhança dos koopmans, Claessens, Van Loons e muitos outros de renome mundial. Quem lhes tem vindo a roubar esse direito é a máfia que se apoderou deste nosso desporto já lá vão 10 ou mais anos.
Esses amadores ou melhor profissionais no estrangeiro, estou a falar com conhecimento de causa porque mantenho contacto directo com eles, visito – os quando quero e apetece. Aprendo sempre algo, mas estes também muitas vezes recorrem aos meus conhecimentos.
Há meia dúzia de anos atrás a Bélgica e a Holanda estavam nas mesmas condições em que Portugal se encontra. Os columbófilos desses países resolveram a questão organizando – se colocando as suas federações no “local” próprio, assumiram a responsabilidade pela organização do seu desporto e os resultados estão á vista de todos.
Os bons não só são recompensados pelo seu trabalho, mas incentivados a fazer cada vez melhor através de prémios monetários fabulosos, e um mercado justo e compensador para os seus pombos quando estes atingem cotação e valor confirmado.
Em Portugal temos um tacho fabuloso para o nosso dirigismo e campeões iguais ao melhor em toda a Europa, mas que ninguém reconhece porque não convém ao sistema, que os mantém “bons rapazes” e melhores pagadores. 
Como prémios têm umas taças de latão um diplomazito de papel, e umas garrafas de vinho do porto para os manter adormecidos, e assim são compensados os bons rapazes, forçados a fazer investimentos de vários milhares de euros para manter o “vício” anualmente. 
Mas que maravilhosa columbofilia é a nossa. Há semanas atrás recebi uma chamada de um Senhor que me fez a seguinte proposta: tenho um Pombo vencedor do nacional de Barcelona, que estou disposto a trocar por cinco ou seis borrachos.
Sinceramente, não é a primeira vez que me oferecem campeões nacionais e distritais em troca de mobiliário para o pombal ou alguns pombos jovens das nossas linhas.
Hoje mesmo decorre um leilão internacional onde o pombo vencedor do Barcelona na Bélgica já vai licitado em 50.500 euros. Não é erro de impressão, são mesmo cinquenta mil e quinhentos euros. Presumo que este Pombo possa chegar aos 100 mil euros no final do leilão que finda no próximo sábado.
Nota de 25/10/09: a "Nellie" femea vencedora do Barcelona rentabilizou 96 mil euros para o seu ex proprietário o Sr Van Houten cuja venda total de 91 pombos rendeu 252.500 euros. Nada mau para um amador que até poderá não constar no ranking dos primeiros 50 a nivel nacional na Belgica.    
Qual a diferença entre o Pombo vencedor do Barcelona na Bélgica Holanda etc, e os vencedores no nosso país?
Afirmo categoricamente que caso haja, esta será mínima, pelo facto de 10% dos nossos amadores enviarem a esta prova do melhor que tem no seu pombal e os vencedores saem sempre desses pombais.
Então pergunto qual o motivo porque estes não tem o mesmo valor comercial? A resposta é simples: pelo facto de o nosso dirigismo não querer que assim seja, porque uma grande parte deles directa ou indirectamente estão ligados á importação e distribuição do lixo estrangeiro no nosso país.
Há dias decorreu um leilão de pombos estrangeiros muito apregoados. Irmãos desses em casa do proprietário custam 25 euros, e por cada cinco ainda há um de oferta.
O mesmo atrelado que trouxe esses trouxe muitos outros ilegalmente para o país e a FPC “camufladamente” encarregou – se de os colocar no mercado á semelhança dos milhares que para cá vem anualmente com destino a Mira e outros locais por seu intermédio.
Algum dia alguém viu o nosso dirigismo divulgar um Pombo ou produto português no estrangeiro? Eles dão preferência á comercialização do estrangeirismo no nosso país.
Para cúmulo da vergonha todo este trabalho sujo é feito com fundos do contribuinte e dos columbófilos deste país, os ditos bons rapazes.
Agora o leitor poderá melhor compreender o motivo porque o CIC foi obrigado a mudar de táctica em relação a comercialização dos nossos pombos e produtos. Sempre fizemos e continuamos a fazer o nosso trabalho de casa adquirindo praticamente todos os pombos que se destacam a nível nacional, mas também fomos forçados devido á interferência do regime que temos, a reforçar o nosso quadro reprodutor com as linhas de nomes sonantes estrangeiros, mas com uma diferença em relação a eles, ou seja ao nosso imbecil dirigismo. 
Apenas e só o melhor que estes têm nos interessa, ao contrário do regime e seus “afilhados” que trazem para cá tudo que tem penas e pós coloridos de amarelo.
Um columbófilo de topo a nível nacional na Bélgica, Holanda, Alemanha e Inglaterra tem como prémio a garantia de ser milionário.
Um bom columbófilo nesses países e são algumas centenas tem como prémio uma vida folgada e podem viver facilmente do rendimento dos seus pombos.
Esta é a recompensa que recebem pelo seu trabalho e dedicação. Ninguém pode dormir á sombra da bananeira por um único momento que seja porque a motivação é de tal ordem que são milhares os que tudo fazem para melhorar as suas prestações e destronar o rei. Isto é saudável honesto e correcto. Os menos bons de hoje podem a qualquer momento subir a escada do sucesso. Em Portugal o acesso a essa escada com os campeonatos existentes está reservada apenas para meia duzia de senhores. È verdade que uns não tem culpa do prato que lhes colocam na mesa, porem outros são autenticos pedófilos da columbófilia cujo orgasmo só é conseguido através de vitórias alcansadas contra a inexperiência juvenil e a falta de recursos dos outros. Este grupo está comodamente instalado na FPC, associações mais poderosas e comunicação social do ramo.                 
Em Portugal, nenhum amador por melhor que sejam os resultados obtidos consegue rentabilizar o suficiente para cobrir as despesas relacionadas com a simples alimentação das suas colónias.
Ao mesmo tempo Portugal é o país em todo o mundo que mais gasta com o dirigismo columbofilo.
É esta a diferença entre nós e os outros.
A columbofilia nesses países não tem qualquer apoio do estado, mas é mais económico praticar o desporto em qualquer um desses países do que em Portugal onde o estado injecta milhões de euros dos contribuintes no sistema anualmente.
Somos o único país no mundo onde não se sabe quantos columbófilos temos, o CIC está a contactar telefonicamente todas as colectividades nacionais para obter a verdade que devia estar ao alcance de todos.
Não está porque? Porque a verdade significaria uma diminuição muito substancial de fundos para Coimbra e associações de Aveiro, Porto e outras.
Todo o "mundo" tem licenças desportivas no nosso país, presumo que em alguns agregados familiares até o cão e o gato são associados da FPC.
Como isso não bastasse, nomes de crianças nas escolas são utilizados para aumentar os números, e os recentemente anunciados pombais comuns tem um único objectivo que é utilizar 20 ou 30 nomes diferentes de pessoas que nada tem a ver com o desporto, para inscrever (por terceiros) dois ou três pombos nesses ditos pombais que passarão a garantir os números de licenças pretendidos pelo regime.
Esta farsa é mais uma a juntar a muitas outras utilizadas pelo sistema para falsificar números, a verdade desportiva e continuar a iludir a injenuidade politica, tambem esta vitima da estratégica Vidal/Silva que passa po manter a columbofilia longe da comunicação e do publico em geral.  
Nesses países também existem federações, mas estas foram obrigadas pelos respectivos columbófilos a fazer o que lhes compete, ou seja zelar sem interferências comerciais  ou de qualquer outra ordem pelos interesses dos seus associados, e são eleitos por votação directa e exclusiva de todos os columbófilos desses países.
Em Portugal são eleitos por eles próprios ou seja auto eleição através dos compadres nas associações.
Nesses países não existem associações, aí as empresas de transporte são privadas e prestam os seus serviços às colectividades de acordo com as suas necessidades.
Em Portugal cortesia dos dinheiros dos contribuintes e dos columbófilos, temos + - 80 camiões e galeras, assim como milhares de cestos parados 355 dias por ano, e columbófilos alguns doentes e idosos a carregar cestos as costas á chuva e ao sol. A lei do chicote domina, manda e pode nesta columbofilia.
Em Portugal, mesmo em tempos economicamente difíceis como os actuais, no distrito de Aveiro os columbófilos tem obrigatoriamente de inscrever e pagar o transporte dos pombos até ao final do mês de Outubro, ou seja 4 meses antes do inicio de qualquer despesa relacionada com a próxima campanha porque a empresa de transportes de nome Associação Columbófila do Distrito de Aveiro não tem dinheiro para pagar os míseros prémios da campanha anterior aos seus associados, prémios esses que em organizações civilizadas são pagos 7 dias após ter sido ganhos.
Ainda o cúmulo da vergonha: essa empresa de transporte chamada Associação Columbófila do Distrito de Aveiro financiada com milhões de euros dos contribuintes e columbófilos, obriga que todos os columbófilos deste distrito inscrevam e se comprometam a pagar sob pena de suspensão imediata se o não fizerem todos os pombos que vão participar nas provas de fundo, cujo calendário só tem inicio dentro de 6 meses aproximadamente, mesmo para aqueles a quem essa mesma empresa de transportes mata os pombos antes do inicio das provas de fundo com soltas desastrosas com condições climatéricas que por vezes só podem ser consideradas como horríveis.
Nos outros países uma única solta dessa natureza leva os responsáveis a responder perante a lei, e os columbófilos pagam para participar nas provas e campeonatos que entenderem no dia do encestamento e não com 5 meses de antecedência.
Nesses países não se impõem campeonatos gerais obrigatórios, pelo contrário incentivam – se os amadores a participar nos campeonatos para o qual estão preparados monetariamente e em número de pombos.
Em Portugal comem o que lhes é colocado no prato e como são bons rapazes não é permitido reclamar, ou então participam nas farsas e falsos campeonatos como o que tem vindo a ser colocado ao dispor dos columbófilos portuenses, e agora também copiado pelos aveirenses para sacar ainda mais euros aos columbófilos com as ditas provas a cansar que terão lugar no dia das provas de fundo.
Nos outros países todas as provas de uma qualquer especialidade contam para os respectivos campeonatos.
Em Aveiro e Porto, não sei se existem outros, temos campeonato de velocidade a valer e outro a brincar para servir meia dúzia de senhores da classe standard em detrimento de milhares de colegas que são privados de disputar um campeonato justo e ficam com os pombos em casa ou então mandam – nos a cansar como se diz por cá.
Nesses países não existem regulamentos e estatutos onde a frase “nenhum amador pode” está mencionada no mínimo 119 vezes. Aí essa frase é substituída por outra onde consta que, todos são bem-vindos a contribuir para a evolução do desporto.
Estas são apenas algumas das diferenças entre nós e eles. Muitas outras ficam para mais tarde.
Agora talvez possamos reflectir e compreender melhor o motivo porque não temos em portugal nomes como os Janssens, Koopmans, Limbourgs Claessens e muitos outros campeões por esse mundo fora que poderão não ser superiores aos que temos no nosso país.
Aos columbófilos portugueses foi e continua a ser roubado o direito ao reconhecimento e devida compensação pelo seu esforço e trabalho.

Inácio Oliveira.