Uma federação que está acima da lei, utiliza vacinas ilegais, e nada faz para que as legalizem.
Nos últimos anos as colónias dos columbófilos portugueses tem vindo a ser confrontadas com as mais diversas epidemias. Nunca dantes assistimos a calamidades como a que atacou mais de 50% dos pombais no verão de 2010. Milhares de pombos morreram ou tiveram que ser destruídos visto que mesmo os que conseguiram recuperar não tinham qualquer utilidade como atletas.
Apareceram varias teorias incluindo uma da autoria do Veterinário da federação - ou melhor de Mira - o senhor Mark Ryon Veterinário de profissão, apontando para a possibilidade de os nossos pombos terem sido vitimas de uma nova doença que aparentemente é transmitida através das fezes do milhafre e outras aves de rapina, que segundo afirma, estes ao comerem pombos doentes, tornam - se incubadores de uma certa bactéria, retransmitindo - a depois novamente aos pombos em forma letal através das fezes.
A noticia publicada no jornal do regime, poderá ter o seu fundamento até porque na Alemanha foram detectados e confirmados alguns casos.
Por estranho que pareça todos os casos até hoje conhecidos foram detectados em pombos alojados ou provenientes de Derbies.
Ora aqui quero, sem qualquer ponta de ironia louvar a mensagem que o Ryon nos transmitiu, sem papas na língua, mesmo sendo ele o responsável pelos pombos de Mira, não hesitou em apontar a verdade sobre a realidade dos factos.
È conhecimento geral que os pombos em Mira, Gondomar, Cartaxo e noutros derbies passam longos períodos de tempo em regime aberto, tornado - se assim devido ás grandes quantidades de aves alojadas nesses locais, em presas fácies para os predadores que aí diariamente procuram alimento.
Quanto á contaminação dos pombos através da fezes das aves de rapina, nenhum Columbofilo ousaria nem poderia ter essas aves em contacto com os pombos. Também a possibilidade dessas aves "esvaziarem a tripa" num qualquer pombal será quase remota.
Porem a explicação que o Ryon apresentou faz todo o sentido. As aves de rapina sobrevoam esses locais onde existem grandes quantidades de pombos á solta e como a lei da natureza assim obriga defecam (largam as fezes) sobre os pombos em recreio, no solo, ou nas áreas em redor desses pombais onde granjeiam durante várias horas diáriamente.
Essas fezes mesmo que não estejam contaminadas com a dita nova bactéria ou doença estarão certamente bem fornecidas com o vírus da paramixovirose, bactérias da salmonela, vermes coccidios etc.
Esses pombos já por si suspeitos porque entram no país ilegalmente maioritariamente sem qualquer certificado de saúde, ou acompanhados de uma folha de papel que nenhum veterinário viu, sem vacinações, provenientes de vários países e continentes, são sem margem para duvida a maior fonte de propagação de doenças que constantemente atacam as colónias portuguesas, porque todos sabemos que os que restam no final dessas provas são leiloados e dispersados por todos os cantos do pais.
O Tereso e a federação tem vindo a fazer um excelente trabalho no que se refere a esta propagação, tudo a troco dos euros que arrecadam com esses derbies da desgraça para os nossos columbófilos.
Outro, senão o maior problema que os columbófilos tem de enfrentar é o mercado paralelo com a vacinação que é obrigatória por lei.
Nas fotos que em baixo reproduzo retiradas do site da federação, são a prova inequívoca de que esses senhores nunca mais ganham juízo.
Em Portugal não existe uma única vacina contra a difteria (poquetes) dos pombos homologada.
Mas na foto lê - se e vê - se a federação a vacinar os pombos no interior dos pombais em Mira com vacina que só poderá ser proveniente do mercado paralelo.
A mesma federação que ameaça os columbófilos com suspensões, irradiações tribunais etc.
Mais de 50% da colónias portuguesas foram infectadas com a paramixovirose em 2010.
A maior parte tinha sido vacinada com vacinas do mercado paralelo, não registadas e importadas para o nosso país em transportes rodoviários sem qualquer refrigeração.
Após a eliminação dos pombos infectados e uma segunda vacinação os columbófilos conseguiram salvar os seus pombos, prova inequívoca que o problema era apenas e só, vacinas sem efeito.
Mais um excelente exemplo da parte da federação que temos…
Será que a Direcção Geral de Veterinária e outras instituições controladoras da saúde em Portugal estão ao corrente destas situações?
Isto só visto.
Inácio R. Oliveira
CIC Noticias, Lobão 28-06-2011
Vacinação dos pombos em Mira
