A Infertilidade nos Machos de Idade Avançada Tem Solução.

 

 

 

A infertilidade nos machos de idade avançada tem solução.

São vários os motivos que causam a infertilidade precoce nos pombos especialmente nos machos.
 

Infecções causadas por vírus ou bactérias centralizadas em certos órgãos como nos testículos, ou nos ovários no caso das fêmeas, são responsáveis por alguns destes casos.
Aqui o médico veterinário, se tiver experiencia, poderá diagnosticar e tratar o problema com fármacos ou através de intervenção cirúrgica se o problema estiver relacionado com quistos ou tumores benignos.

Infelizmente a nossa federação nunca se preocupou em incentivar a especialização dos veterinários portugueses, que ao contrário dos seus colegas belgas e holandeses, alguns peritos na matéria porque tiveram formação adequada na profilaxia do pombo – correio, os nossos, salvo duas ou três excepções, continuam vocacionados para fazer aquilo que sabem ou seja tratar animais domésticos e os que se destinam ao consumo humano.

Ainda mais grave é o facto de termos um ou outro ligado directamente ao comércio dos medicamentos, sem experiencia de como diagnosticar ou tratar o pombo – correio, cujo objectivo passa por comercializar os seus próprios produtos. Os restantes que prestam serviço aos columbófilos contam – se com os dedos das mãos, fazem o que podem dentro das muitas condicionantes que indiscutivelmente têm.

Até que esta situação se resolva terá que ser eu, e outros colegas experientes, mas não qualificados a ajudar os columbófilos deste país a resolver os problemas de saúde dos seus pombos.

A afirmação que vou fazer é uma vergonha mas é a triste realidade: não fosse a experiencia de três ou quatro pessoas onde eu me incluo 50% dos pombos – correio em Portugal morriam anualmente vitimados por doença. 

Tumores cancerígenos, aqui nada há a fazer. Após diagnóstico o pombo deve ser humanamente eliminado.
 

Alimentação inadequada, alguns pombos com excesso de peso têm dificuldades com a fertilidade. Uma, ou duas semanas de alimentação á base de cevada quase sempre resolve o problema.

Desinteresse sexual da parte de um ou dos dois parceiros acontece por vezes, especialmente em casais que estiveram juntos 10 ou mais anos. Aqui temos duas alternativas: separamos o casal durante 3 a 4 meses e voltamos a juntar – los, ou formamos um novo casal com parceiros diferentes.

Há machos que reproduzem durante 18 e mais anos sem interrupção alguns até á morte. Temos o exemplo do famoso “Freddy” de Pros Roosen, do ano de 1994 cujos filhos directos anilhados com anilha de 2011 foram vendidos recentemente acompanhados do respectivo certificado ADN.

Outro super pombo o “Putterie Manco” (era mesmo “coixo”) por nós oferecido com 10 anos de idade ao amigo José Homem de S. Pedro do Sul, pombo que lhe veio a encher o pombal com pombos campeões durante mais 9 anos, tendo reproduzido até aos 19 anos de idade.

O “Russo Velho” e o “Kristian Smith” aos 15 anos de idade ainda enchem todos os ovos normalmente sem que seja necessário aplicar o método que em baixo vou divulgar. 
Porem, estes são excepções á regra, sendo que a média de vida fértil em condições normais nos pombos, para a maioria dos columbófilos, vai dos 9 aos 12 anos.

Será mesmo assim? A resposta é, não necessariamente. 

Vejamos: os problemas de saúde que mencionei atrás nos pontos 1 a 4 afectam aproximadamente 20 a 30% dos machos.
 

Dos restantes 70 a 80% em muitas dezenas de casos que nos passaram pelas mãos no centro de criação nos últimos anos, foi possível recuperar ou prolongar a fertilidade em praticamente todos os pombos de idade avançada, graças a um método que me foi transmitido por um amigo de várias décadas, médico veterinário de nacionalidade belga, durante um encontro onde estava  presente, outro nosso colaborador também veterinário de profissão, de nacionalidade chinesa, que se encontrava de visita á europa.

Ambos confessaram ter testado este processo com enorme sucesso. Como não podia ser de outra forma, ainda sou daqueles que acreditam que o homem nasce para aprender e morre sem saber, quando regressei a primeira coisa que fiz foi criar condições para por em prática o que em privado estes dois grandes amigos, ambos também proprietários de centros de criação de pombos, e columbófilos respeitáveis nos seus países me tinham ensinado.

O que me convenceu foi a forma muito realista como todo este dossier me foi apresentado que passo a descrever.
Tudo está relacionado com esperma, ou melhor com a quantidade de esperma que todo o ser humano ou animal do sexo masculino consegue disponibilizar durante as diferentes fases da vida.

Um homem de 50, 60 ou mais anos não poderá ter a mesma actividade sexual que tinha aos 30 de idade.
Imaginemos que um qualquer velhote como eu resolve encomendar uma “viúva” de 20 anos para passar uma semana de férias no Algarve.


O que é que acontece? Na primeira noite é uma farra, na segunda uma farrazinha, a partir da terceira o homem estará a pedir a Deus que a semana chegue rapidamente ao fim.

Com os pombos machos acontece precisamente o mesmo. Se tivermos em conta que, se a fêmea estiver pronta e em boas condições de saúde, o primeiro ovo de cada rodada é por norma fecundado três dias após o acasalamento, e o segundo sempre no dia anterior á colocação do primeiro.

Se o macho não tiver reservas suficientes de esperma nesses dois dias os ovos ficam brancos. Como diz o amigo Carlos Carneiro – vontade só por si não chega.

Como procedemos com os machos quando estes deixam de encher, a frase mais utilizada pelos columbófilos:
Em primeiro lugar seleccionamos a fêmea que lhe queremos juntar que deve estar sempre em perfeitas condições para que a colocação dos ovos venha a ter lugar 8 a 9 dias após o acasalamento.

O acasalamento é feito numa secção especial onde o macho passou algumas horas ou a noite sozinho durante algumas semanas. Será importante que o macho considere essa repartição como sendo o seu casulo e esteja bem ambientado ao local, mas não deve ser fechado, deve ter sempre algumas horas de liberdade no pombal para exercício diário.

Essa secção deverá ter no mínimo as seguintes medidas 90 cm de largura x 60 cm de profundidade x 60 cm de altura, ou maior se possível, com uma “baia” divisória com visibilidade ao centro, para controlar o contacto entre macho e fêmea. As aberturas dessa “baia” devem ter espaço suficiente para que o casal possa trocar carícias através das mesmas.

Juntamos o casal, se a fêmea estiver devidamente preparada e receptiva, a actividade sexual começará dentro de alguns minutos.

É indispensável que o criador esteja atento porque imediatamente após a primeira cúpula, a fêmea passará a permanecer na parte onde está colocado o ninho de barro, a divisória é colocada, passando o macho a ocupar a outra metade da secção. Desde o primeiro dia do acasalamento até ao 4º dia só é permito contacto através das aberturas na divisória.
Ao 4º dia retiramos a divisória e esperamos até que o casal desfrute de alguma actividade sexual, mas nunca mais de duas vezes
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A divisória é colocada novamente e ambos permanecem separados pela divisória até ao dia anterior á postura do primeiro ovo que normalmente acontece 8 a 9 dias após o acasalamento.
Assumimos que está previsto a fêmea colocar o 1º ovo no domingo: devemos pegar na fêmea em mãos na sexta – feira anterior inspeccionando – a pois será possível sentir o ovo dois dias antes da postura.

No dia seguinte sábado, voltamos a retirar a divisória e damos liberdade ao casal durante uma ou duas horas. Se tencionamos deixar o casal criar os filhotes podemos permitir que continuem juntos a partir desse dia, caso contrário baixamos novamente a divisória ate ao dia seguinte, dia da postura do 1º ovo. Após a postura do 2º ovo podemos mudar os ovos para outro casal ou fazer o mais aconselhável que é deixar o casal chocar os ovos. Sete a oito dias após o nascimento dos borrachos (após o anilhamento) estes são retirados, o casal é novamente separado durante 3 a 4 semanas e voltamos a repetir o processo. Durante este período de descanso podemos, caso necessário, sacar dois ovos às fêmeas com outro macho.

Resumindo está 100% provado que o principal problema da maior parte dos casos de infertilidade nos machos a partir de uma certa idade se prende com a falta de esperma necessária para fecundar os ovos por norma no 4º e no 7º dia após o acasalamento porque foi permitido ao casal passar juntos o periodo de lua-de-mel, ou seja os desgastantes primeiros tres dias após o acasalamento.

Se repararmos em qualquer pombal os primeiros três dias após o acasalamento são de grande intensidade sexual, intensidade essa que começa a diminuir a partir do 4º dia quando se inicia a “pica ao ninho”, que durará até ao dia anterior á colocação do primeiro ovo – sempre o dia mais activo sexualmente de todos - porque o casal sabe que é nesse dia que o segundo ovo é fecundado.

Se o macho não tiver reserva suficiente de esperma nesses dois dias vitais, nenhum ovo poderá ser fecundado.
Há anos que temos vindo a praticar este método com enorme sucesso. Espero que possa ser útil e o ajude a si também.

Nota importante:

Não há qualquer medicamento para curar este tipo de problema nos machos, mas para que se obtenham resultados será necessário prestar atenção ao estado de saúde dos pombos, que á semelhanças de nós humanos, a partir de uma certa idade, necessitam de cuidados redobrados.

Outro ponto importante para os menos informados é que a percentagem de sucesso é três vezes maior quando colocamos este processo em prática na época de tempo quente. Outro facto 100% comprovado é que os testículos nos machos duplicam em tamanho nos meses de verão.  

Nas fotos poderá ver uma das várias secções que temos no CIC especiais para este efeito e para uso próprio, mas por favor não nos peçam para fornecer essas unidades, porque a publicação deste artigo não está relacionada com objectivos de vendas ou qualquer propaganda comercial.

Esse produto não consta na lista de acessórios CIC. Não será difícil para os interessados inventar algo igual ou idêntico nas suas próprias instalações.

Boa sorte!

Inácio R. Oliveira
CIC Noticias, Lobão 21-01-2012