Exposição Nacional e Outros Factos de Muito Interesse

Exposição Nacional e Outros Factos de Muito Interesse

No sábado passado visitei este evento nas Caldas. Não vou continuar a saturar o leitor com mais críticas ao regime, apenas divulgar o que tive oportunidade de assistir.

Confirmou - se o que toda a gente já sabia. Pouco interesse da parte dos columbófilos, poucas empresas presentes, nada de novidades, desalento total da parte dos expositores que me receberam com a seguinte frase: tu, é que tens razão. Pena que não tivessem pensado nisso antes.

Como se pode esperar muitos visitantes se não temos columbófilos, e os que temos tem as suas colonias para tratar nesta época importante do ano com treinos a decorrer em todo o país?  

Passei aí as duas horas consideradas como prime – time em todas as exposições entre as 14 e as 16 horas de Sábado e o máximo que vi foram duas ou três centenas de pessoas no pavilhão como se poderá confirmar na foto captada a essa hora.
A juventude praticamente ignorou o evento mas o Alentejo como sempre esteve muito bem representado, sem eles o pavilhão estaria vazio. Dos distritos a norte de Leiria os visitantes contavam – se com os dedos, quase zero. Do algarve idem, de Lisboa quase ninguém, enfim fica a dúvida se isto servirá de reflecção para o dirigismo e se continuarão a remar contra a maré.

No domingo segundo informação recebida das empresas presentes a situação piorou ainda mais.

Mais uma vez repito que a data para a realização deste evento deve ser alterada para o início de Dezembro. O local apropriado será sempre Santarém pelas condições que oferece e pela sua centralização. Mesmo que seja necessário cobrar a entrada as hipóteses de sucesso neste local estarão garantidas e o CIC, que o dirigismo muito bem sabe, ajuda e muito a fazer a diferença, também poderá vir a marcar presença, o que nunca acontecerá enquanto o velho por cá andar, dentro das condições que o actual regime teima em fazer prevalecer.

Um ponto a louvar: os pombos, tanto os de “engorda” como os atletas da classe sport estavam expostos em perfeitas condições de higiene. Neste ponto, sem ironia, dou parabéns á organização.
Quanto aos “gordinhos” não me preocupei em anotar o que sempre ouço referente a esta palhaçada mas li o seguinte no Facebook.
 

  15 de Janeiro de 2012 12:05

Exposição Nacional?... sim senhor um grande evento, mas continuo a assistir á mesma vigarice de á 17 ou 18 anos, pombos que nem á volta do pombal voam a ganhar nas exposições nacionais na classe Standard, eu já cá ando há 30 anos e….

Por respeito o nome do autor foi ocultado. O fado triste fado continua a ser o mesmo na expectativa de ganharmos qualquer coisa mesmo que seja uma farsa a nível internacional porque a nível de sport continuamos a não ter a mínima hipótese dentro do sistema de soltas que vigora apenas para proteger as associações.
 

É sobre este facto que vou continuar a escrever. Enquanto decorria a exposição no nosso país, na Bélgica decorria mais um leilão de pombos que rendeu ao seu proprietário um milhão e trezentos mil euros, mais um milionário a juntar a muitos outros columbófilos europeus.
 

No nosso país mesmo os campeões nacionais que são columbófilos em nada inferiores aos outros europeus, têm uma conotação das “agências de rating” da columbofilia internacional, que até tem ao leme um português, como sendo lixo.
Senhores columbófilos esta situação pode ser invertida no nosso país quando e se vocês quiserem.

Basta que se reorganizem a nível de colectividades, organizem campeonatos a nível local, com soltas em território nacional, com transparência onde prevaleça a verdade desportiva, com apostas e prémios monetários aliciantes, para o efeito podem utilizar os dinheiros que são enviados para as empresas de transporte actuais as ditas associações, essas verbas passarão a circular dentro da columbofilia, criando riqueza entre os columbófilos o principal incentivo e estimulo para o desenvolvimento e progresso de qualquer desporto.

As associações podem seguir o mesmo caminho no campo internacional no fundo e grande – fundo com encestamentos nas sedes das mesmas, arrecadando receitas para prémios monetários abrindo caminho para o sistema de apostas criando também condições para que os dinheiros possam vir a ficar dentro da estrutura columbófila e não nas gasolineiras e na industria hoteleira como sempre tem vindo a acontecer com os almoços ou jantares de distribuição de prémios, totalmente desnecessários que todos os anos sacam dezenas de milhares de euros á columbofilia.

Os prémios monetários ou os resultantes das apostas se forem pagos semanalmente, como devia ser, servirão de incentivo para que o columbófilo possa cobrir os seus custos e utilizar esse dinheiro para apostar na semana seguinte se assim o entender.

Ao mesmo tempo podem despachar a maior parte da sucata que têm nos estaleiros e adquirir outros transportes de menor dimensão adequados á realidade actual diminuindo assim a enorme fatia paga desnecessariamente para combustível.
Metam na cabeça de uma vez por todas que 70% dos columbófilos nacionais não têm condições para participar no fundo sendo este o principal motivo de 90% das desistências nos últimos 10 anos.

Quantos podem suportar 150 a 200 pombos que são indispensáveis para uma campanha baseada nos campeonatos gerais actuais?

Resultado: Aveiro, menos 5 mil pombos inscritos em 2012, se dividirmos este número por 20 que é a média da inscrição de cada amador constatamos que perdemos mais 250 columbófilos, isto só em relação ao ano de 2011.

Posso garantir de certeza absoluta que caso existisse um calendário com 20 provas em território nacional 90% destes colegas reduziam os seus efectivos para 50 a 60 pombos e continuavam a praticar o desporto.

Assim, não só em Aveiro mas em todo o país, a única alternativa que os columbófilos têm é fazer a vontade ao sistema e abandonar para sempre a columbofilia.

Garanto – vos que se alterarem o sistema, apresentarem resultados baseados na verdade o CIC colocará os vossos pombos no mercado internacional a preços iguais aos que outros conseguem actualmente.
A decisão é vossa,

 

Inácio Oliveira
CIC Notícias, Lobão 17-01-2012