Dopagem, Pombais Ilegais e Outros Factos.

Dopagem, Pombais Ilegais e Outros Factos.

O CIC acaba de dar instruções ao seu departamento jurídico para preparar mais alguns dossiers a enviar a vários departamentos do estado, governantes, departamentos e institutos governamentais tais como:
 

1º Pedido de esclarecimentos sobre as leis em vigor que impedem a existência de pombais em zonas urbanas, sendo o pombo – correio uma ave de utilidade publica.
 

2º Explicação sobre o motivo do fechar de olhos á corrupção descarada na federação e associações que tem vindo a actuar como organizações que estão acima da lei.
 

3º Explicação sobre as práticas de monopólio impostas pela federação que estrangulam e impedem o progresso das colectividades, levando á desistência milhares de columbófilos.
 

4º Explicação sobre concorrência desonesta, nomeadamente a cobrança do IVA relacionado com a venda de pombos e outros negócios que a federação, e todos os outros organizadores de derbies não pagam ao estado, assim como sobre o paradeiro dessas avultadas verbas.
 

Não se trata de denunciar a ou b, o que nunca fiz na vida, mesmo tendo sido gravemente prejudicado por esses malabaristas. Como prova, fica aqui a divulgação pública em primeira mão sobre o que está a ser feito.
 

Resultados e respectivas respostas serão futuramente aqui publicadas.
 

Portugal é o único país no mundo onde o pombo – correio é considerado de utilidade pública, ao mesmo tempo Portugal é o único país no mundo onde a prática da columbofilia é uma actividade ilegal, porque a casa da pedra principal desta actividade que é o pombo, não tem direito a existir entre a população. 
 

Aqui está um exemplo perfeito de como são fabricadas algumas leis no nosso país, que servem para salvaguardar os vigaristas e oportunistas. O pombo é de utilidade pública quando é para ir buscar dinheiro ao estado, ao mesmo tempo é um sem-abrigo porque ninguém tem o direito de ter um pombal na sua propriedade.  
Como sempre, não estou aqui a tentar puxar a brasa á minha sardinha, pelo contrário. O CIC tem todas as suas instalações, pombais reprodutores e voadores devidamente aprovados como pombais desde 1989 data em que foi submetido e aprovado o projecto para construção do complexo onde os pombais se encontram inseridos, no mesmo artigo. Também é um facto que essas instalações fazem parte da avaliação do complexo, contribuindo substancialmente para os mais de cinco mil euros de contribuição autárcica que pagamos anualmente.
 

Se alguém tiver dúvidas sobre o que acabo de escrever faça o favor der nos visitar onde poderá consultar os respectivos projectos devidamente carimbados e aprovados pelos serviços municipalizados da Camara Municipal de Santa Maria da Feira.
É sabido que o autor, e proprietário do CIC nunca foi pessoa de meter cunhas, nem recordo que então tenha sido apontado qualquer impedimento á construção ou aprovação dessas instalações.
 

Por este facto, presumo que algo está mal algures na nossa legislação referente á aprovação de pombais em Portugal, ou então as leis foram posteriormente alteradas sem que a federação interviesse e fizesse o seu trabalho como lhe competia.
 

Em praticamente todos os países europeus vigoram leis, onde a implantação de um pombal com medidas que vão no minimo dos 25 aos 45 m2 não necessitam de aprovação ou de apresentação de qualquer projecto.             

 

No artigo 5.º parágrafos 1 e 2 da Lei 36763, de 26 de Fevereiro de 1948", constam que a competência de legalização dos pombais pertence á federação.
As autarquias em Portugal não reconhecem á Federação qualquer autoridade para o efeito. Vários projectos submetidos nos últimos anos acompanhados pela dita carta da federação continuam todos na gaveta.  

Nem um único foi aprovado. O mais estranho é que…   
O regulamento existe, mas segundo o nosso consultor jurídico, nunca foi submetido á portaria, daí ter sido bloqueado pela lei do Regime Geral da Urbanização e Edificação.

A Federação Portuguesa de Columbofilia nunca se preocupou em apresentar argumentos no sítio certo para desbloquear esta situação, talvez aqui também, pelo triste facto de as tarefas de Mira e comércio de pombos ser o único objectivo dos senhores que tem estado á frente dos destinos da federação há mais de uma década.
 

Muito difícil de compreender é o facto do estatuto de utilidade pública continuar a ser utilizado como fonte de angariação de receita para os senhores da federação e nas associações, mas o pobre pombo continua sem ter direito a casa para viver, facto que coloca praticamente todos os columbófilos nacionais na ilegalidade.
 

Como é possível conceder o estatuto de utilidade pública ao pombo e ao mesmo tempo implantar leis para que, esse ser de utilidade para o público, não possa existir? 
 

Será pelo facto de a federação saber que ao mexer neste caso, terá que por a casa em ordem em muitos outros aspectos, o que obviamente não convém?     
Como é possível praticar a columbófila se o pombo, a pedra principal, não tem o direito de viver entre nós?
Venha lá o diabo para que nos explique e possamos compreender esta situação que só poderá ser fruto do miserável dirigismo que infelizmente tem vindo a andar por aí.
 

Os burros, bois, vacas e cavalos não têm o estatuto de utilidade pública, mas têm direito a vacinações gratuitas rações subsidiadas etc. Os columbófilos que queiram vacinar os seus pombos com uma vacina segura, pagam 38 euros por um frasco de 50 doses. Isto também parece passar ao lado e não dizer respeito ao dirigismo que temos. 
 

Dopagem na columbofilia:

Será que anda por aí algum tarado mental a dopar pombos com a intenção de ganhar 10 euros com um primeiro prémio?
Duvido, mas concordo que esse controle há muito devia ter sido introduzido, mas não pelos motivos que agora levaram a federação de forma desorganizada, sem qualquer explicação, e a indispensável informação aos columbófilos sobre esta sensível matéria, a tomar essa decisão.
 

É um facto que já tivemos esse problema nos finais da década de 90 e durante a década de 2000, talvez devido ao facto do CIC ter então tentado valorizar o pombo português com aquisições nacionais no valor de muitos milhares de contos.
Alguns chicos espertos, especialmente os experientes no mundo do ciclismo, conseguiram autênticas proezas com a utilização, presume – se, do Epo, e outros com a cortisona. Porem foi sol de pouca dura, porque eu, não só denunciei a situação á federação que nada fez então, como também o divulguei publicamente, e nunca adquiri um único pombo a essas duas ou três pessoas que acabaram por abandonar a modalidade. 
 

Hoje duvido que alguém perca tempo com essa estupidez. Se é um facto que a cortisona continua ao alcance de todos em qualquer farmácia, a sua utilização é facilmente detectável sem recurso a análises laboratoriais através das manchas que esta infringe na pena dos pombos.  
 

Felizmente o EPO é hoje praticamente impossível de adquirir visto ser um medicamento de uso exclusivo hospitalar, e mesmo que alguém o consiga obter ilegalmente, a forma de preparação e aplicação não está ao alcance de 99,9% dos columbófilos.
Também não vejo qualquer factor de motivação que justifique que este tipo de crime seja posto em prática por alguém, na columbofilia portuguesa.
Introduzir medidas desta natureza sem que previamente haja um debate informativo e sério, será mais uma, a juntar a muitas outras irresponsabilidades do regime malabarista que temos.
 

Atrás mencionei o uso da cortisona: muitos columbófilos que nunca lhes passou pela cabeça dopar um pombo, especialmente alguns mais idosos que ingenuamente tem vindo a utilizar essa substancia, só porque alguém lhe deu o nome de um produto económico, a adquirir na sua farmácia, cuja utilização é eficaz no combate a certas doenças, especialmente as que afectam as vias respiratórias superiores nos pombos.
 

Nós que lidamos com estas pessoas diariamente sabemos que são os mesmos que, por ignorância consideram um qualquer produto injectável como sendo uma vacina, um qualquer antibiótico como uma vitamina, ou um qualquer suplemento como sendo o “faz vir” dos pombos rapidamente para casa.
 

O que é que a federação pretende fazer a estas pessoas? Empurra – los também para fora do desporto?
Se o espaço, e tempo que a federação e a imprensa do regime têm vindo a utilizar nos jornais e no sítio da fpc para fazer propaganda ao regime, nomeadamente Mira, tivesse sido utilizado por quem percebe da matéria (na federação não está ninguém com capacidade para o fazer) para explicar pormenorizadamente os efeitos e consequências da utilização dessas substancias aos columbófilos menos esclarecidos, então poderíamos estar aqui a dizer hoje que todos tinham sido devidamente informados, sujeitos, os infractores a partir de agora, a poder vir a ser julgados e a responder perante a justiça.
 

Lamentavelmente isso nunca foi feito, e desconfiamos que, como tem vindo a ser habitual naquela casa, esta seja mais uma manobra para branquear mais algum dinheiro dos columbófilos, mais uma vez tapar o sol com a peneira, provocar a sempre desejada desunião entre os columbófilos, assim como denegrir o nome de algumas casas comerciais consideradas antipáticas pelo regime. No que se refere a este ultimo ponto, da minha parte não vou perder um segundo de sono com essa ameaça, mas os colegas que importam e representam marcas estrangeiras que se cuidem.
 

Outro ponto que muitos interrogam prende – se com a possibilidade de alguém sem escrúpulos, poder facilmente denegrir a imagem de um qualquer inocente columbófilo, através da utilização de um qualquer spray ou gotas aplicadas nas mãos de quem encesta os pombos, ou através da pulverização dos cestos de transporte nas colectividades.
O corpo do pombo, através da porosidade na pele, facilmente absorve e transporta para a corrente sanguínea, qualquer substancia que tenha contacto através da pele ou mesmo na pena.
 

A cortisona e outras substâncias proibidas podem ser detectadas, graças às tecnologias existentes, num depósito com 25 mil litros de água, onde uma única gota de cortisona tenha sido adicionada. Agora o leitor menos informado poderá melhor compreender a dimensão do perigo que o espera.
Para que a implantação de uma medida desta magnitude possa vir a ter sucesso na columbofilia portuguesa, onde mais de 60% dos columbófilos tem 60 ou mais anos, será necessário muito trabalho a levar a cabo durante vários anos.
Outra questão que muitos me têm colocado. Quem é que irá proceder á recolha das amostras para análise? O Correia ou outros dirigentes federativos? Terão estes, um seguro de vida adequado para o efeito?
 

Será que a lei portuguesa permite que esse controle venha a ser efectuado por pessoas não qualificadas?
 

As contra – análises a que os possíveis acusados terão direito de exigir, quem é que as irá pagar?
 

Repito que pessoalmente não sou contra a implantação desta medida, se vier a ser aplicada com justiça e por profissionais qualificados, mas não deixo de perguntar: 
 

Não será esta mais uma treta como a lei dos pombos extraviados que nunca foi cumprida? Quantos pombais foram fiscalizados?
 

As vacinações contra o paramixovírus onde 80% das venetas enviadas á federação são de uma só marca, por sinal a menos utilizada das três vacinas no mercado?
 

Este é o resultado de termos tolerado um presidente na federação que nunca foi, não é, e pelo que se vê nunca virá a ser columbófilo. Se esse doutor que se chama José Tereso tivesse frequentado e convivido nas colectividades com os columbófilos, de certeza que saberia compreender melhor a situação, pensaria duas vezes, antes de tomar decisões em cima do joelho.
Vestir uma bata e ser fotografado ao lado de um pombal para tentar mostrar que és columbófilo servirá apenas para iludir temporariamente os poucos que ainda não te conhecem.
 

O juízo talvez seja algo que te continua a passar ao lado!  
 

Inácio Oliveira
CIC Noticias, Lobão 04-02-2012.