Derby de Évora, igual ao mesmo

 Como sempre, não posso deixar de ser eu mesmo, e vou comentar o que no meu entender se passou com a solta do Dérbi de Évora.

Os milagres acontecem aqueles que rezam constantemente, as tragédias por norma acontecem por dois motivos:

Forças imprevistas da natureza contra a qual pouco ou nada podemos fazer, ou causadas por erro humano.

É minha opinião que aqui também os pombos não regressaram como se esperava devido a erro humano.

A pessoa (s) que tem vindo a cuidar dos pombos neste local de certeza que tem dado o seu melhor, porem será importante investigar se o melhor das mesmas é o suficiente.

Poderá não ser, e se assim for, então estamos a pedir demais a essas pessoas. Será assunto para os responsáveis analisarem a nível interno em privado e sem alarido, mas para tudo terá que haver uma explicação.

A que foi dada não me convence.

Estou a ser duro em demasia? Cada um será juiz de si próprio, eu não entendo assim, penso que a única forma para que as tragédias não se repitam será corrigir os erros do passado.

Sei que alguns já estão a ferver de raiva, vejo o dedo apontado enquanto repetem a já célebre frase – está sempre a falar das coisas más.

- Pois estou, é uma verdade, e para vocês meus queridos amigos (eu não vos vejo como inimigos) aqui vai a resposta, vão ter que me aturar durante o tempo que o CHEFE lá em cima me permitir andar cá em baixo. Ou então mudem de vida.

Como alternativa se não gostam podem sempre mudar de página, o que parece não ter vindo a acontecer pois 11 a 16 mil clicks diários, são prova inequívoca de que não serão só os amigos que andam por cá, a ler as minhas tretas.

Somos um povo diferente de outros povos e culturas, não somos inferiores a ninguém, temos virtudes e defeitos.

É sobre esses defeitos que pretendo falar, as virtudes estão cá, nunca serão demais.

O grande defeito que temos, na minha humilde opinião, são as habituais palmadinhas nas costas, referências, louvores a todos os níveis incluindo na imprensa escrita e falada, para quem está a fazer o seu trabalho de forma correcta e bem feito.

Será que alguém, contracta uma pessoa para trabalhar mal?

Meus amigos, essas pessoas não serão merecedores de qualquer referência, elogio ou palmadinhas nas costas. Estão a fazer o trabalho para o qual foram contratados e o seu dever é de executar as suas tarefas o mais próximo da perfeição possível.

Foi assim que os grandes povos se desenvolveram e chegaram onde estão hoje. Nós continuamos a dar valor a quem o não merece, a tolerar a incompetência, e a fechar os olhos á vigarice. Assim nunca lá iremos.

O mesmo se aplica aqueles que de livre vontade se candidataram para exercer funções no dirigismo, no nosso caso a columbofilia.

Foram eleitos para fazer o trabalho bem feito, é tudo que se espera dessas pessoas. Desculpas, sejam elas de que natureza for, em nenhuma circunstância devem ser aceites.

Se não estamos preparados para dar o que devemos á causa que abraçamos, então não estamos a ser honestos para com a sociedade, não devemos aceitar o cargo.

Se por acaso as nossas condições de vida sofreram alterações imprevistas, durante o exercício dessas funções, já não podemos dar o contributo que se espera, certamente que a mesma porta por onde entramos contínua aberta, devemos sair o mais rapidamente possível.

Há sempre alguém para ocupar todas as vagas.

 

Não escrevo sobre o pouco que poderá estar bem na columbofilia, nem tenho nada que escrever sobre isso. Os responsáveis pelas coisas positivas estarão a fazer o trabalho bem feito – que é o que a sociedade, neste caso a columbófila espera que façam.

Ninguém lhes deve nada. 

Preocupa – me sim com o que está mal, continuo convicto que o meu dever é escrever sobre esta triste realidade, até por que se eu o não fizer, provavelmente ninguém mais o fará.

Os espertalhões devem pensar duas vezes, sob pena de continuarem a passar noites sem dormir.

Não esqueçam de ajudar o pessoal de Évora!

Inácio Oliveira