Conveniências do Sr. Maurício.

A nível associativo as coisas não serão assim tao fácies de mudar pois é aqui que está o vírus que contaminou toda a estrutura columbófila.
 
Interrogam – se os menos esclarecidos sobre o que levaram estas pessoas, dirigentes associativos, a matar a columbofilia nacional.
 
Eu que os tenho vindo a acompanhar de perto há mais de duas décadas, que sempre tenho estado em contacto directo com os praticantes da modalidade em todo o território nacional, talvez seja dos mais bem posicionados para escrever sobre esta situação.
As gentes da federação com especial enfase ao longo do mandato do actual presidente, para se manter no poder, convenientemente fechou os olhos a tudo que se passou a nível associativo.
 
Os dirigentes federativos apenas tiveram como missão permanecer lá o mais tempo possível por vários motivos:
 
1º A galinha de ovos de ouro em Mira que durante 8 anos rendeu no mercado paralelo, a média de 60 mil contos (300 mil euros) ao ano, dinheiros esses que só poderão ter ido parar aos bolsos desse dirigismo, que nunca os contabilizou nas contas da federação até 2008, altura em que eu divulguei publicamente essa situação.
 
2º Avultadas quantias de dinheiros do estado e dos columbófilos ao dispor do dirigismo federativo sem que alguém a nível governamental, ou as colectividades, se preocupassem em investigar o que se estava a fazer com esses dinheiros, em parte lavados através de facturas emitidas por amigos cúmplices no ramo da hotelaria, restauração, agencias de viagens, informática, combustíveis, consumíveis, custos de deslocações fictícias etc.
 
Tudo isto se passou nos tempos em que dentro da federação estava para além dos senhores que conhecemos, alguns lambe botas, um Dr. Juiz, agentes da Policia Judiciária etc. Provavelmente todos a lamber o mesmo tacho.
 
Com um presidente ocupado com as farras constantes por esse mundo fora, mesmo que quisesse ou soubesse fazer algo, não podia ter detectado e controlar esses abusos, deixou andar, optando por viver e deixar viver. 
 
Ao mesmo tempo esses “espertalhões” foram – se posicionando estrategicamente nas associações, casos do Adriano Alho, Luis Silva e os outros que todos conhecemos. Pensavam que, assim, quando e se, porventura em Coimbra a teta da vaca viesse a secar ou passasse a ser mamada por outros, o tacho continuaria garantido dentro do dito associativismo.
 
Tudo isto passou, e continua a passar ao lado da comunicação social da especialidade columbófila a qual, sempre mamou e de que maneira, na mesma teta, utilizando como contra partida, os textos “ópiados” do Mauricio de Carvalho, do José Carlos Rosa, e outros escrivas pagos (por Coimbra) com algumas gotas de leite produzido pela mesma teta.
 
Assim, até recentemente há três ou quatro anos atrás, conseguiram manter “anestesiados” os columbófilos portugueses, alguns babados por ver as distribuições de prémios das suas colectividades, publicadas uma vez por ano, no dito jornal que se chama Mundo Columbófilo, que sendo uma empresa, terá seguido o que entendeu ser o melhor caminho para os seus accionistas ou proprietários.
 
A missão de qualquer empresa ou organização comercial é a de rentabilizar ao máximo os seus negócios, mas... 
Quando discordamos de algo que outros escrevem e publicam temos todo o direito de confrontar essas ideias, projectos ou divulgações porque continua a ser um facto que ninguém é, nem nunca será, dono da verdade.
 
Porém esse, “alguém”, terá certamente um nome, que quando não é divulgado intencionalmente, esse facto serve como prova inequívoca da má-fé da parte do autor.  
 
É lamentável que o senhor Mauricio de Carvalho, através do mesmo jornal, venha mais uma vez a ser utilizado pelos seus chefes em Coimbra e noutros locais, para atacar os meus artigos, sem que tenha tido a decência, o mínimo que se exige, pelo menos em termos de ética, a quem escreve sobre algo ou alguém, que passa por identificar a pessoa ou pessoas pelo nome, com as quais temos todo o direito a discordar. Isto será equivalente a cuspir para o ar, e assim sendo, corre – se o risco de o escarro nos cair na cara.
 
Já transmiti directamente via telefone o meu desagrado ao visado, que espero, um dia venha a ter tempo suficiente para parar e reflectir sobre os resultados conseguidos “desportivamente” durante décadas, a escrever e assinar o que os cobardes incapazes de dar a cara, lhe tem vindo a encomendar.
 
Com essa ideologia encomendada, patenteada do outro lado da cortina de ferro, o senhor passa a ser parte integral do milagre da diminuição, dos aproximadamente 20 mil resta pouco mais de 5 mil. Este será em parte o resultado das “suas” ideias que apenas e só têm como objectivo, haver columbofilia enquanto o senhor e eles, felizmente (para a juventude) já velhos e caducos como eu, por cá andarem.
 
Esqueceu, ou o egoísmo não lhe terá permitido reflectir e pensar que quando o senhor, eu, e os seus patrões abalarem, este maravilhoso cantinho do planeta continuará a ser habitado pela juventude, que são seres humanos como o senhor, com todo o direito a poder continuar a praticar o seu desporto favorito da forma que eles desejam, ou entendem ser melhor, e não através da força da ditadura, que mandatado pelos seus patrões, durante décadas, lhes tem vindo a impor “por escrito”, mesmo chegando ao cumulo de por vezes recorrer a métodos que vão contra tudo que é civilizado e humano.
 
O senhor não terá olhos para ver que a columbofilia que a juventude está a ser obrigada a comer é a mesma que o senhor tinha aos 10 anos de idade, ou seja há 50 anos?
Que direito tem o senhor de condenar uma geração a parar no tempo durante cinco ou seis décadas?
 
Não me venha agora com a treta (desculpa que me enviou por escrito) de que o seu “cisne” é direccionado ao Dr. Ferdinando Jardim, e não á minha pessoa, porque a ser verdade (o senhor tenta matar dois coelhos com uma paulada) então o caso passaria a ter contornos ainda muito mais graves, porque é sabido que o Dr. Jardim é uma das vítimas da ira dos seus principais patrões.
 
Que tipo de pessoa poderá pactuar com alguém, que pelo simples facto de um outro ser humano pensar diferente, recorre aos tribunais com a intenção de lhe sacar alguns euros? Será isto um ser humano? Se é, de que planeta?
A partir deste momento, senhor Mauricio de Carvalho, se o destino algum dia nos vier a cruzar na rua, espero que mude de faixa, porque jamais conseguirei suportar o cheiro do seu odor.
 
Relembro que não o odeio, a si nem a ninguém, não escrevo isto possuído pelo ódio mas sim com pena e muita tristeza de mais uma vez ter sido traído por alguém a quem no passado julgo ter feito o possível para o ajudar a viver melhor.
 
Sou apenas e só aquele que entre outras ajudas, interrompeu uns dias de férias no Algarve, percorreu 700 km para lhe entregar (oferecer) em mãos o dinheiro que precisava, segundo disse, para sepultar a sua própria mãe.   
Passe bem senhor Mauricio de Carvalho!   
 
Apenas li as primeiras duas linhas da desculpa que me enviou, deu para comprovar tudo o que via telefone lhe disse, da qual não retiro uma única letra.
 
O meu nome é,
Inácio Oliveira
Resido na Rua da Ponte 1123
Na Vila de Lobão, em Santa Maria da Feira.
 
Nota do autor: estava ocupado a escrever um artigo sobre o que deve ser feito a nível associativo quando um amigo me colocou á frente dos olhos, um jornal com a dita publicação que me obrigou a mudar de assunto. 
Esse trabalho será oportunamente reiniciado.