Que futuro para a Columbofilia – Algarve 2007.
Mais pormenores: há ultima hora tive que fazer algumas alterações aos pontos que tinha preparado para apresentar totalmente baseados nos trabalhos que tinham sido aqui apresentados por todos nós.
Pelo facto de praticamente os mesmos autores que aqui trabalharam, terem vindo posteriormente a “repetir” os mesmos (debates) no Fórum col.com, acreditem que fiquei numa posição não muito confortável pois caso optasse por apresentar as propostas que tinha preparado estas seriam praticamente iguais as outras, que o colega Rui Emídio se comprometeu a apresentar devido á falta de representação e presença física, dos responsáveis ou de algum membro do Fórum Columbófilo.com.
No meu entender não fazia sentido repetir o que já tinha sido feito por outros e optei por apresentar algumas ideias mas em representação do CIC e não do nosso fórum, apenas e só pelos motivos atrás descritos, que aliás foram devidamente explicados a todos os que estavam presentes.
Temas apresentados:
1- Nem todos estão insatisfeitos com as condições actuais e temos mesmo uma pequena percentagem que apoia o sistema em vigor, e nem eu ou qualquer outra pessoa tem o direito de lhes dizer ou obrigar a seguir qualquer outro caminho. Respeitamos todas as ideias e convicções.
2- Solicito aos Snrs responsáveis federativos para que colaborem em reorganizar e actualizar os regulamentos actuais que impedem o progresso da nossa columbofilia e especialmente a captação e permanência da nossa juventude neste desporto. Exemplos – acabar dentro do possível com as provas ao domingo, soltas de curta e média distância devem ser efectuadas dentro do país só assim podemos mostrar e divulgar o nosso desporto, que a FPC pondere minimizar os custos e especialmente algumas viagens ao estrangeiro, e que esses fundos venham a ser canalizados para apoios á juventude e aos idosos mais necessitados. Como exemplo mencionei o facto de na época passada a maioria das soltas no distrito de Aveiro terem sido efectuadas ao sábado e que a maioria apoiou incondicionalmente. Alertei para o facto de ser importante a juventude ter tempo disponível para a família, que a nova geração tem modos de vida diferentes dos nossos – os mais velhos – sendo necessário cativar as esposas ou namoradas destes que detestam um marido ou companheiro que passa todo o fim – de – semana nas lides dos pombos, obrigando estas a permanecer em casa quando a maioria quer sair, dar o seu passeio, ir á discoteca, visitar familiares etc. Tudo isto causa problemas no seio familiar e são muitos os que optam por abandonar o desporto porque não querem colocar em perigo a sua vida familiar, com o actual sistema que praticamente nos obriga a sermos profissionais quase a tempo inteiro. Como alternativa apresentei a ideia se vir a construir só dois tipos de competição baseado em 18 a 20 provas com distancias compreendidas entre os 300 e os 500 quilómetros, com soltas dentro do país, onde um amador com 60 a 70 pombos pode competir e ser campeão contra qualquer que seja a oposição, que poderíamos apelidar de campeonato nacional, com outro programa paralelo no mínimo com 10 provas de fundo e grande fundo para os que tem condições, pombos e tempo, ou mesmo para todos os que pretendam participar e ir a todas. Alertei para o facto de só uma pequena minoria estar interessada em participar em provas com menos de 300 quilómetros, o mesmo acontecendo com os que não pretendem ou não tem condições financeiras, tempo, pombos suficientes e de qualidade para participar no fundo e grande fundo. Aqui também nada impediria que os apoiantes dos campeonatos gerais se organizassem e competissem entre si. Com este sistema iríamos certamente minimizar os ataques constantes dos que tem poucos em relação aos que tem muitos, onde ninguém seria obrigado a servir de “isco” para os ditos grandes comilões. Organizar campeonatos para senhoras etc nunca funcionou e não será agora que vai funcionar.
3- Que as associações colaborem entre si nomeadamente no que se refere ao transporte dos pombos, que pode facilmente ser partilhado especialmente nas provas de longa distancia.
4- Mais dialogo directo entre Federação e colectividades.
5- Recenseamentos no acto em que o amador compra as anilhas assim evitam – se os inúmeros postais relacionados com pombos perdidos e achados enviados para as colectividades e que muitas vezes não chegam atempadamente as mãos do destinatário, a causa de muitos “desencontros” entre o achador e o proprietário, podendo ser feito um novo recenseamento, antes do inicio da campanha para efeitos de transferências, limites de equipes caso estas venham a ser implantadas etc.
6- Colocar em prática o sistema de eleições com efeito imediato para as associações baseado no nosso sistema de democracia de um amador um voto, e dar inicio a um estudo com a finalidade de o mesmo vir a ser posto também em prática dentro de dois a três anos a nível federativo. Acabar com as duplas funções ou seja o mesmo associado não poder fazer parte em simultâneo das listas que compõem os corpos gerentes nas associações e na FPC.
7- Um presidente na FPC a tempo inteiro, bem remunerado, que deve substituir e ocupar as funções presentemente desempenhadas pelo actual senhor director de serviços que ocupa essa posição pelo facto do actual presidente estar praticamente sempre ausente.
8- Mais dialogo e transparência nas contas e orçamentos da FPC e associações que devem ser publicadas antes e depois de aprovadas em congresso para que os técnicos na matéria tenham a possibilidade de as consultar e mesmo apresentar alternativas.
9- Empenho da parte da FPC e associações em apresentar projectos as câmaras municipais para o desenvolvimento das Aldeias Columbófilas.
10- Não impedir que as colectividades e entidades privadas organizem provas extra calendário na condição de estas não colidirem ou interferirem com as que são organizadas pelas associações.
11- Por em prática os campeonatos para borrachos de ano.
12- Vacinação bem controlada e fazer algo para que as vacinas passem a ser comercializadas pelas farmácias, o que significará uma redução no preço destas na ordem dos 30% para o consumidor final.
13- Mira deve passar a ser explorada por entidades privadas, podendo ser as mesmas pessoas actualmente envolvidas na condição de estes abdicarem dos cargos directivos que ocupam.
14- Promover o Pombo português no estrangeiro ao contrário do que tem vindo a acontecer que é precisamente o oposto.
15- Regulamentação das entradas electrónicas.
16- Aqui fui informado pela mesa que o meu tempo estava esgotado, e nada mais podia dizer.
O que ficou por apresentar: limites de recenseamentos, linhas de solta, condições atmosféricas, organização das colectividades versos associações, controlo total por duas das associações em quase todas as decisões, limites de pombos a encestar, frotas exageradas, despesas desnecessárias, locais de solta, o que deve ser feito para chamar a juventude, apoio aos idosos, e legalização de pombais.
Nota final: da minha parte foi totalmente respeitado o título e objectivo deste encontro que estava apenas relacionado com o futuro da columbofilia. Nem um único ponto relacionado com casos do passado foi por mim apresentado ou mencionado.
Peço desculpa mas tenho que ir fazendo este trabalho aos poucos de acordo com o tempo disponível.
O próximo será relacionado com as reacções ao pouco que me foi permitido apresentar, outros pontos apresentados e discutidos, reacção do Sr. presidente da FPC e dos seus dois “braços direitos” Luís Silva e Adriano Alho, intervenções do amigo Vasco, Valter e outros intervenientes tais como Abel Rodrigues de Santo Tirso, Mota, de S. João da Madeira e outros.
Um abraço para todos.
Inacio
Que Futuro Para a Columbófilia - Algarve 2007
Futuro da Columbofilia – Algarve 2007
Continuação.
Após a minha intervenção assistimos a um Hijacking quase total do microfone por parte dos senhores dirigentes associativos e federativos. Porem volto realçar que, embora fosse bem notável a preocupação de alguns destes, quero repetir que tudo decorreu dentro de parâmetros normais e de civilização, até ao momento em que os trabalhos foram encerrados. Após o encerramento ouve um “pequenino” incidente sem importância, mas que entendo ser meu dever esclarecer tendo em conta o respeito que tenho por todos os que se dignaram estar presentes.
Após o encerramento dos trabalhos calma e educadamente, dirigi – me ao local onde se encontrava o dirigente Luís Silva para o esclarecer e informar pessoalmente olhos nos olhos sobre certas ameaças que fez nas suas algumas menos felizes intervenções com recados indirectos á minha pessoa relacionados com certos artigos e casos que relatei aqui no passado, que se referiam ao dirigente associativo e federativo Luís Silva.
Este tentou escapar e desviou – se por duas vezes, como insisti este recorreu á única arma que provavelmente conhece ou seja aos insultos, provocação verbal, e mesmo tudo fez no sentido de me forçar publicamente a sujar as mãos. Porem enganou – se com o freguês que tem um nível e forma de estar na vida diferente. Sempre que no passado fui obrigado a recorrer á violência – só o fiz em casos muito extremos – onde a minha, amigos ou familiares integridade física foi ameaçada, mas sempre com a certeza que não tinha outra alternativa ou meios ao meu dispor para o impedir.
O dirigente Luís Silva é uma pessoa com muita sorte. Nada mais vou dizer sobre este triste acontecimento que foi a única nódoa que caiu na toalha. Porem tudo isto se passou após o encerramento dos trabalhos e nada tem a ver com o evento em si. Mesmo assim apresento as minhas desculpas a todos que tiveram de presenciar esta lamentável situação.
Mas como estou a falar sobre o dirigente associativo e vice-presidente federativo Luís Silva começo por esclarecer as suas legitimas intervenções – mas fora do contexto e principal motivo deste encontro que tinha como agenda, a apresentação de ideias e projectos relacionados com o futuro da columbofilia, e nada relacionado com o passado.
Todos os intervenientes tiveram o cuidado e respeitaram esse princípio excepto o dito dirigente Luís Silva que aproveitou a “boleia para esclarecer” casos relacionados com o passado, e finalmente informar “inadvertidamente” todo o auditório que as contas da FPC estão viciadas, ou pelo menos erradas.
Espero que os colegas compreendam que tudo o que aí foi dito está devidamente gravado e pode vir a ser confirmado em qualquer momento. O senhor presidente da mesa ainda tentou remediar o mal quando “obrigou” o dirigente a parar a sua intervenção, mas já era tarde, as palavras tinhas sido proferidas e todos os presentes as escutaram.
Não vou analisar aqui tudo ao pormenor, mas pelo facto de eu ter sugerido que Mira devia passar no futuro a ser gerida por entidades privadas – não mencionei qualquer caso do passado da responsabilidade, autoria e envolvimento do dirigente Luís Silva – apenas tentei alertar mais uma vez sem dizer nada – que os acidentes devem ser prevenidos antes de estes acontecerem. Um exemplo é o que está a acontecer as empresas ligadas a alegada fuga aos impostos do Iva e outros relacionados com rações para pombos, ou aves para “consumo humano” como alguns lhes chamam.
Todo o mundo sabe que a FPC está a praticar uma ilegalidade ao cobrar pelas inscrições e posterior venda de pombos em leilão onde não passa recibos nem apresenta contas relacionadas com os grandes proveitos aí contabilizados, durante muitos anos porque a lei portuguesa não permite a qualquer instituição com estatuto de utilidade pública, esse tipo de actividade comercial.
O dirigente Luís Silva informou que os montantes “desaparecidos” tinham vindo a ser utilizados e distribuídos por todos nós, os columbófilos portugueses através de subsídios, tais como o preço baixo das anilhas oficiais, e licenças desportivas assim como pagamentos relacionados com a alimentação, suplementos e instalações que estão no complexo de Mira.
Deixo a análise deste pormenor para os colegas, mas no meu entender ou o dito dirigente cometeu um erro por falta de informação – que duvido pois diz ser um bom contabilista – ou então veio confirmar o que afinal muitos de nós há muito sabemos.
Não só esses números são invisíveis no relatório de contas da Federação, mas ao contrário do que afirmou verifico nessas mesmas contas dos últimos dois anos um montante relacionado com donativos provenientes de diversos columbófilos portugueses no valor de muitas dezenas de milhares de euros que logicamente são os mesmos associados da FPC.
Pergunto: afinal quem é que está a subsidiar quem?
Pergunto novamente: está publicado em diversos números do jornal o Mensageiro Columbófilo publicação oficial da FPC (que guardei todas as edições) que as instalações pombais, suplementos e rações foram oferecidos por uma empresa da especialidade, desde o início ligada a este evento. Será que as ofertas também são facturadas?
Outro ponto apresentado contra o qual o dirigente Luís Silva discordou (com todo o direito) foi o de futuramente passarmos a ter eleições livres para os corpos gerentes das associações. Ponto esse que apresentei para discussão e que outros colegas, incluindo alguns dos senhores dirigentes presentes, analisaram e apoiaram onde destaco os colegas Vasco, Valter Alfaiate, Rui Emídio e outros.
O motivo da sua discordância apresentado pelo dirigente Luís Silva foi o seguinte.
Quem é que vai suportar os custos relacionados com as urnas e boletins de voto? Não há dinheiro para isso.
Nota do autor: se for esse o problema o CIC oferece a todas as associações as urnas e os boletins de voto com a promessa que essa contribuição nunca virá a ser facturada no futuro.
Uma boa noite para todos e espero que o GLORIOSO me recompense hoje em Copenhaga pela dupla desilusão que tive no fim – de – semana passado.
As minhas desculpas mas este trabalho terá que continuar a ser feito (tudo será publicado) dentro das minhas possibilidades em termos de tempo disponível.
Informação adicional: Li algures (sem querer meter o nariz onde não sou chamado, ou alguem me ter solicitado, apenas pretendo evitar mal entendidos) que o Sr. Jorge Vaz esteve presente neste evento. Não o vi lá e ontem quando mais uma vez me desloquei ao Algarve o próprio (com quem tive o previlégio de trabalhar durante alguns dias noutro projecto relacionado com a divulgação do nosso desporto) me informou que por motivos profissionais, inadiáveis que todos nós conhecemos, não foi possivel estar presente.
Inácio.