em relação aos processos devo dizer que gostaria de ler o que escreveram os visados nas páginas dos candidatos em causa, e formar a minha opinião sobre as afirmações produzidas. Certamente que mais informação virá por aí a caminho.
Sobre a possibilidade de criar uma confederação: eu alinhava nisso ainda hoje. Aliás ontem era tarde. Há muito tempo que penso que a solução passaria por aí. Ou 4 ou 5 coletividades se desalinham ou então 1 ou 2 Associações com coragem para deixar de enviar dinheiro de anilhas, quotas etc para a FPC seria o ideal.
No entanto sou realista e tal coisa apenas poderia acontecer numa zona onde ainda exista grande densidade de columbófilos. Para Sul, apenas uma confederação de Associações independentistas poderia sobreviver a tal projeto. Apenas criando concorrência se pode esperar que um sistema antiquado melhore os seus serviços. Aos poucos o que restaria iria desagregar-se naturalmente: bastaria dar um exemplo.
Da minha parte, praticar a columbofilia fora da FPC é algo a que não irei escapar. Ficar será estar parado, e eu preciso de algo interativo, novos desafios. É isso que tentarei ensinar às novas gerações de columbófilos: uma forma de sentir a columbofilia. Para se ser columbófilo não se necessita de ter a aprovação de ninguém. É uma relação entre pombo e homem: uma história que começou quando o pombo se aproximou do homem e o homem do pombo.
Por vezes digo, alguns pensam que na brincadeira, que dentro de 10-15 anos Santarém, Portalegre e Évora encestam no Vimieiro. A este ritmo vamos lá...
Belmiro
Re: Columbofilia à rasca desde...
Caro Belmiro
Em primeiro lugar gostava de lhe dizer que partilho plenamente com o seu último parágrafo.
A columbofilia portuguesa tem algumas dicotomias de difícil explicação, mas eu atrevo-me a partilhar com todos os visitantes deste fórum:
1º. Discriminação Negativa: o actual modelo da nossa columbofilia estabelece dois segmentos de columbófilos – os Pombeiros e os Columbofilos:
a. Os primeiros são aqueles que devido a uma situação económica mais desafogada, possuem “mandadas” de pombos que lhes permite disputar os campeonatos gerais, mesmo que eventualmente surja alguma catástrofe ou desastre no percurso. Estes são favoráveis á inclusão de 6 ou mais provas da categoria de fundo no campeonato geral, não porque ganham, mas porque os “OUTROS” não conseguem esticar as suas colónias. Desta forma, ganham não por mérito, mas por abandono dos restantes. São também aqueles que defendem que independentemente do tempo que faz no dia da prova, defendem que se deve soltar sempre. Este tipo de pessoas são aqueles que actualmente estão incorporados nas Direcções das Colectividades e das Associações, ou seja, têm os poder e pretendem mantê-lo a todo o custo.
b. No que respeita aos Columbófilos, estes podem ser classificados na sua generalidade como pessoas modestas financeiramente, que através dos seus conhecimentos conseguem apurar linhas de pombos vencedoras de qualquer categoria de prova, mas por opção/limitação não possuem estruturas para competir no actual modelo columbófilo que os primeiros implementaram
2º. O modelo desportivo: o actual modelo desportivo português está CADUCO, para isso basta ver a desorientação que causou em algumas associações o facto de se cancelar uma solta. Há columbófilos portugueses a importar por elevadas quantias pombos estrangeiros, porque é que estes não importam também o modelo de organização das campanhas desportivas e os timings em que estas devem ser praticadas – é de borla! Não é aceitável dar inicio a uma campanha desportiva no mês de Fevereiro. Temos um clima maravilhoso, acessibilidades iguais às melhores dos outros países, equipamentos e transportes de primeira linha, apenas nos falta o factor Humano.
3º. Prémios/Valor: apesar de ser do conhecimento geral que Portugal está em crise, a columbofilia portuguesa nunca viveu outro estado financeiro a não ser o da crise. Os prémios atribuídos aos vencedores de uma forma geral nunca forma satisfatórios, nomeadamente para quem tem por objectivo vencer. O surgimento das ditas Sociedades de “Rua” veio agravar a situação Sociedades com 6 ou 7 columbófilos a enviar pombos não podem atribuir prémios de elevado valor, uma vez que a receita gerada para o efeito é sempre proporcional aos participantes. Para este efeito, apesar de se poder abrir algumas excepções, deveria haver uma tentativa de reunir os columbófilos em colectividades concelhias, uma vez que por distrito poderá causar desigualdades dada a geografia dos mesmos. Neste sentido apuravam-se receitas mais elevadas, podendo estas ser convertidas em prémios
Haveria mais alguns factores que poderia enumerar, mas isso é o menos relevante para a mensagem que quero passar com esta intervenção.
O que importa retirar desta minha intervenção é que aqueles que estão a colocar em causa a continuidade de um desporto columbófilo, são aqueles que na balança estão no prato do Poder. Apenas resta aqueles que querem contribuir para o desenvolvimento deste desporto, unirem esforços para equilibrar os pratos, juntando esforços e aplicando os modelos de columbofilia de sucesso que importamos de outros países.
No Futebol esta problemática foi resolvida com a criação da Liga Portuguesa de Futebol Profissional – foi um salto qualitativo.
Pensem nisto!!
Re: Columbofilia à rasca desde...
Olá Filipe,
eu penso que tudo se resume às estruturas existentes terem maior diversidade de oferta. Várias especialidades com nº adequado de provas, algumas clássicas (mesmo dos 300 aos ...) organizadas entre a FPC, Associações (inter-regionais) e pelo sector privado. O sector privado não deveria ser perseguido quando tenta organizar provas. Em Espanha o sector privado já está a organizar provas com prémios bastante aliciantes. Em relação aos prémios, temos que abandonar a obrigação de todos pagarem pombos ao mesmo preço, e dar a oportunidade de escolha: desde preços que apenas pagam o deslocamento (sem direito a prémios) até ao limite da carteira de cada um.
Também a inscrição dos pombos deveria ser semanal, e o seu preço variável de acordo com o nº de pombos enviados. Seguramente que assim as Associações redobravam os cuidados na hora de decidir soltar. Paralelamente seria salutar existiram privados com preços de transporte competitivos. Só assim poderia haver maior garantia no perfeito funcionamento das Associações.
Com o sistema rígido que existe dificilmente o nosso número será mantido quanto mais aumentado...
Belmiro
Re: Columbofilia à rasca desde...
Com mais esta guerra na Madeira, seguramente que vamos ter mais columbófilos em tribunal... . É que o texto é bastante duro. Aguardemos alguma notícia positiva do Congresso...
Belmiro