Fóruns:
Na realização da solta final do Derby Internacional Parra Negra, os borrachos foram soltos no dia 27/10/2007 na Ilha de La Palma a 280 km de distância, pelas 9 da manhã. Até á data ainda não se registou a chegada de nenhum pombo ao pombal do Derby.
São realidades muito diferentes e muito duras.
Olá Nuno,
se com desastre queres informar qualquer coisa de anormal e inesperada então a palavra ideal não é bem desastre. Infelizmente devido às condições geográficas e climáticas daquela zona estes casos são sempre esperados. Não existem grande diferença entre não regressar nenhum e regressarem 10 na solta final, numa prova de 500 iniciais etc.. Depende do dia.
Em relação a este tipo de situação durante a campanha desportiva, é normal gerar acesas discussões entre os columbofilos daquela região. Segundo se entende, existe concordância entre eles que até há umas duas décadas estes problemas eram muito menores. Eu tenho um amigo que visitou as Canárias há uns 20 anos e encontrou pombais com 30 a 50 pombos, que enviavam regularmente a provas de Africa, e recebiam pombos. Ele confirma o que agora se descreve como passado. Estes pombos eram o resultado de décadas de selecção. As causas apontadas variam entre:
a)devido à massificação das importações é necessário criar todos os anos mais pombos, e claro que são filhos de pombos que nunca voaram sobre a água (nem todos se adaptam). Existem uma grande desproporção entre pombos adultos e novos em cada prova. Provavelmente os que antes criavam menos também foram levados a criar mais quer importem ou não.
b)factores climáticos e geográficos.
c)sistema de transporte.
Devido a alínea "a" temos aumento do número de pombos novos em cada prova. Alguns clubes já limitam a participação de pombos novos em cada prova, e outros vão pelo mesmo caminho.
Imagina então um derby...
Foi um breve resumo, mas que penso traduzir mais ou menos o que lá se passa.
Belmiro
Não criticando o que antes escreveu, pois não sei se foi brincadeira, isso recordou-me o seguinte facto: por um lado se Braga, Faro, Santarém, Liège etc., ou qualquer outro distrito, região, clube obtém estes resultados fantásticos numa solta todos atiram pedras às respectivas Federações e Associações, mas depois as mesmas pessoas participam voluntáriamente num derby deste tipo, onde se pode pagar até 100 euros (fora envio), e onde à partida é garantido que morrem mais de 90% dos pombos afogados.
Já agora nisto tudo onde anda a tão difundida mensagem de proteccção ao pombo-correio. Será que deviamos divulgar este tipo de coisa em todos os sites e jornais etc.?. E proibir?.
Enfim...
Belmiro
Olá Nuno,
nunca foi feito, mas se fizessem um estudo entre o número de barcos na região da prova e a % de regressos talvez encontrassem uma correlação. Regressar não é nenhuma garantia de qualidade. Os pombos aprendem a lição se sobrevivem à primeira situação que os testa a sério.
Recorda qual a tua % de surpresas em provas estranhas.
A ver se no próximo desastre te recordas do que escreveste antes. Não existe diferença nenhuma. Portanto da tua parte não espero reclamações 8) .
Uma curiosidade:
Uma pessoa que posso considerar como amiga, e que vive nesta parte do mundo, uma vez teve a grata surpresa de lhe terem recolhido um pombo em alto mar próximo de São Tomé (vai ver ao GoogleEarth, creio que são mais de 1300km). Naquele dia foi uma solta de fundo com origem na costa Marroquina. Não me recordo muito bem, mas ou não regressou nenhum ou quase nenhum. Este pombo perto de S. Tomé estava inserido num bando de cerca de 100 pombos que continuou a voar no Atlântico, e já era quase de noite. Lindo não é?.
A história pode não estar 100% correcta, mas está acima dos 80% segundo a recordo.
Belmiro