Anarquia no Comércio dos Pombos

Procedimentos incompreensíveis.

 

Ao longo de duas décadas ligadas ao comércio dos pombos, evitei sempre o confronto com outros colegas do ramo. Todos têm o direito a ganhar a vida da forma que entenderem. Não sou juiz para julgar o próximo e muito menos para condenar seja quem for, mas para o caso que passo a relatar não encontro justificação nem explicação para este tipo de procedimento.
Não se trata de um erro normal ao emitir um pedigree, eu próprio ao longo da vida já cometi alguns erros dessa natureza, quase todos posteriormente por nós detectados e rectificados mas poderão andar por aí alguns com informação incorrecta. Porem errar não é crime, mas o que vou descrever é em qualquer parte do mundo, e este tipo de parasitismo deve ser combatido com todos os meios ao nosso alcance.
Os dois pedigrees, em baixo publicados foram inventados intencionalmente. Os pombos em questão Port – 03 – 3004146 e Port – 03 - 3004181 que constam nos pedigrees e nas fotos publicitárias são os mesmos que foram por nós inscritos nos campeonatos de Mira em 2003.
Nunca fornecemos qualquer pedigree á FPC ou a qualquer outra pessoa desses pombos.
Reconhecemos nas fotos e temos a certeza absoluta que esses dois pombos foram criados nas nossas instalações e estamos dispostos a provar, se necessário recorrendo ao teste de ADN.
O motivo que me leva a desmascarar esta podridão nada tem a ver com a proveniência dos pombos. Não procuramos publicidade. Qualquer cliente que tenha adquirido pombos no CIC tem todo o direito de não divulgar a origem dos mesmos. Estes são sua legítima propriedade a partir do dia que saem das nossas instalações. Temos centenas, senão milhares de pombos nossos publicados em muitos sites da especialidade onde o nome CIC não aparece, mas os pedigrees estão por norma correctos. Aqui, ficamos tristes em alguns casos, mas nada temos a apontar ou a reclamar. O comprador é o seu legítimo proprietário e nada nos deve.
Temos a imprensa da especialidade, nomeadamente o Mundo Columbófilo, que durante décadas tem vindo a omitir a publicação dos nossos pombos que constam no palmarés dos seus entrevistados. Isto também nada nos afecta – continuamos a viver sem necessitar dessas porcarias, e o tempo dirá quem precisa de quem – talvez mais rápido do que muitos pensam. Não tenho qualquer receio de aqui afirmar que este tipo de aldrabice é também do conhecimento da imprensa da especialidade a quem compete desmascarar este tipo de podridão, e não “vender a alma” a troco da venda de uns pombitos, anúncios publicitários etc.
Há duas semanas atrás fui acasalar os pombos reprodutores de um colega nosso (que não tenho o prazer de conhecer pessoalmente) residente em França, mas que tem os pombos em Portugal em casa dos seus pais. São pessoas humildes mas honestas, que me deram o prazer de conhecer e trocar algumas impressões.
Vigarizar intencionalmente outro praticante deste desporto, e em particular um compatriota nosso que vive a 3.000 quilómetros de distância não pode ser tolerado na nossa sociedade. Continuamos a ser um povo muito dependente dos nossos compatriotas que foram e continuam a ser forçados a ganhar a vida noutros pontos do mundo (para que os nossos políticos tenham milhões para desviar).
Foi na casa desta simpática família que detectei estes pedigrees fraudulentos. Os respectivos pombos tinham sido adquiridos e pagos pelo filho residente em França, influenciado por mentiras escandalosas publicado no site desses sujeitos.
Liguei para Viseu, no sábado dia 11 do corrente, uma pessoa do sexo feminino atendeu o telefone, pedi para falar com o senhor responsável pela venda dos pombos, a minha voz foi reconhecida, essa pessoa informou – me que o marido estava ausente no estrangeiro, que não sabia quando regressava, que não tinha levado o telefone. Insistiu que falasse com ela sobre o assunto, eu disse que teria que ser tratado com marido, mas como a insistência foi tanta apenas lhe disse que queria explicações para dados incorrectos que constavam no seu site. Mostrou estar cheia de razão, por isso desliguei o telefone. Voltou a ligar 15 minutos mais tarde mas mais uma vez pedi licença e desliguei o telefone.
Meia hora mais tarde desapareceu do dito site os textos e fotos que aqui publico, apesar de não ter dado á pessoa qualquer pista sobre os dados da minha reclamação, tudo indica que estava ciente do que se passava.
O marido da pessoa em questão alegadamente incontactável no estrangeiro, uma hora após o meu telefonema estava em frente do seu pombal em Viseu a treinar os pombos.
Esqueceram – se que uma copia do dito site tinha sido por nós guardada em ficheiro.
Procedimentos desta natureza servem para desacreditar todos que estamos neste ramo.
Estamos a caminhar para o mesmo nível do dirigismo federativo e associativo que temos.
São dezenas as inverdades publicadas nesse site referente a pombos estrangeiros, sobre estes não faço comentários porque não me dizem respeito.
Texto referente ao Pombo 3004146/03 é mentira
Texto referente ao Pombo 3004181/03 é mentira
Texto referente a casal alegadamente proveniente dos irmãos Janssen de Arendonk, é mentira
Pedigrees CIC reproduzidos em baixo correspondem á verdade da origem e árvore familiar destes pombos.
Responsável pela totalidade do conteúdo desta noticia:
Inácio Resende de Oliveira
Rua da Ponte 1123,
4505 – 444 Lobão.

 

 

FALSO 

 

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FALSO 

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 ESTES PEDIGREES CORRESPONDEM À VERDADE