Mais um Congresso da FPC (continuação-2)

Os Sócios Colectivos Pagam Quota Federativa?

As sociedades entre vários amadores, sócio colectivo, (por ex. Os Ases Voadores) são admitidas, contudo pagarão uma quota federativa (8 Euros) correspondente à emissão da respectiva licença, estando isentos do pagamento de seguro desportivo.

Individualmente os sócios que compõem a sociedade têm de pagar a respectiva quota federativa e o seguro desportivo.

 
Mantenho a minha posição e aconselho os que poderem interromper a actividade columbófila, ou activar alternativas que o façam, de outra forma duvido que as coisas algum dia irão mudar. Não estou a incentivar a violência, apenas que quem nos dirige siga o caminho de todas as outras organizações desportivas não profissionais no país.         
 
Ao consultar o site da FPC deparo com estas aberrações. Ora para os que tinham alguma esperança de que as “famosas teses” iriam trazer algo de novo, de positivo para o desenvolvimento da modalidade, incentivos para a juventude, apoios para os reformados etc, etc, aqui está o primeiro sinal de que mais uma vez estamos a ser “comidos” e tomados como parvos.
 
Se estes pontos estão agendados para discussão no fim do mês em Caldas da Rainha, como é possível que já façam parte dos novos regulamentos para a campanha de 2009? Se, como consta já foram aprovados “secretamente” á dois anos, qual o motivo porque não foram postos em prática na época transacta?
 
A FPC e associações, (é tudo o mesmo) mais uma vez mostram que o principal objectivo é facturar e sugar o sangue a quem á mais de uma década tem vindo a ser constantemente chupado, e apresentar aos nossos governantes e aos menos esclarecidos números fictícios de columbófilos inexistentes baseados como sempre tem vindo a ser na inverdade com o objectivo de assegurarem a mesada dos columbófilos e contribuintes.
 
Exemplo: dois jovens estudantes decidem formar uma sociedade para concursar os seus pombos mas apenas um tem instalações. A ajuda que a FPC lhes dá é “um três em um” ou seja um único pombal que paga três licenças desportivas, assim em vez de 8, sacam 24 euros. O resultado final é que alguns acabarão por ser columbófilos não registados enquanto outros desistem da ideia.
 
Se eu fosse dirigente com poder de decisão, (nunca o serei dentro do sistema actual) procederia da seguinte forma: pegava em 200 mil euros, a FPC pode facilmente por de lado essa verba, para isso seria apenas necessário recorrer as receitas extraordinárias, eliminar custos relacionados com “férias” de estrangeiros que nos visitam, cortar nos gastos com as suas viagens e actividades lá fora, e subsidiar todas as colectividades que cativassem jovens para o desporto, através de um subsídio de 250 euros por jovem, estudante claro, pagando assim a inscrição dos seus pombos para a campanha. Caberia as colectividades fiscalizar e certificar que pessoas adultas não viriam a tirar proveito desses apoios. Se necessário dentro destas condições todos nós concordaríamos em pagar não só os oito euros, mas mesmo vinte pela licença desportiva.
 
Como se confirma seria fácil apoiar 800 jovens por ano, e não duvido que no mínimo metade desses permaneceria entre nós assegurando assim a continuidade para o futuro. Como contra partida, exigia – se a esses jovens que frequentassem cursos de formação columbófila, disse columbófila e não de recrutamento ideológico como tem vindo a acontecer com o objectivo de dar continuidade ao regime actual.  
 
Vamos ser honestos de uma vez por todas, ou então “assaltem” de cara destapada.
 
É minha opinião que assim nada mudará, a debandada será imparável.         
 
 
S E , NA C AMPANHA D ESPORTIVA DE 2009, PRETENDER CRIAR VÁRIAS EQUIPAS COMO
DEVO PROCEDER ?
 
Se o mesmo columbófilo criar várias equipas deve proceder separadamente ao
recenseamento de cada uma delas não sendo permitido a permuta de pombos entre
equipas. A cada equipa será fornecida uma licença federativa distinta devendo pagar
um único seguro desportivo e tantas quotas federativas quantas as equipas que
recenseou
 
Outro ponto com os mesmos objectivos, sacar o máximo, e criar ficções. Tratando – se de um único amador porque motivo lhe é cobrado uma licença por cada equipa? Isto é o mesmo que exigir ao cidadão uma carta de condução por cada carro que conduz.
A aceitação ou não, da criação de equipas e as condições como estas são implantadas deve ser da responsabilidade das colectividades, e de acordo com a vontade da maioria dos seus associados expressa através de votação em assembleia-geral e não por quem se auto elegeu, sem que quem de direito tivesse sido consultado.
 
Tudo isto tem como objectivo “inventar” mais dois a três mil columbófilos fictícios, para juntar aos aproximadamente três mil já existentes (em espírito) na tentativa de se manter a propaganda, substituir os milhares que abandonaram e dar seguimento á farsa tapando o sol com a peneira.
 
É um facto que a maioria dos proprietários das ditas grandes colónias, tem melhores condições financeiras que alguns dos chamados pequenos. Porem nem uns nem outros podem ser apontados ou culpabilizados por ser o que são. Trata – se de realidades incontornáveis, e os que apregoam este tipo de descriminação fictícia não passam de meros cobardes, promotores de guerras, e desgraças em casa alheia com o objectivo de tirar proveito próprio, desportivo ou financeiro através do ódio propositadamente injectado especialmente nos mais humildes ou os menos informados por uma politiquice tipo kremlin infiltrada no nosso desporto. Ideais políticos de extrema-esquerda e direita tomaram de assalto quase a totalidade da organização columbófila nacional. Aos seus autores deixo um aviso.
 
Nas extremas estão sempre o princípio e o fim de tudo. 
 
Rectifiquem esta situação e 20% dos problemas do nosso desporto ficam resolvidos!
 
Outro problema, o mais grave de todos, resolver – se - ia com a implantação de campeonatos e campanhas desportivas adaptadas á realidade e vontade de cada uma das partes e não através da descriminação forçada de uns em relação a outros como tem vindo, e tudo indica vai continuar a acontecer.
 
Repito pela centésima vez que no dia em que vier a ser apresentado um campeonato com 20 soltas em território nacional com distâncias entre 300 a 500 quilómetros, em simultâneo com 10 a 12 provas em território espanhol com soltas entre 500 a 900 quilómetros, e oito a 10 provas para borrachos de ano, outros 60% dos problemas que afectam o progresso da nossa columbofilia, estão resolvidos!
 
Sei que temos três distritos “minoritários” em termos de quantidade de associados Santarém, Portalegre, e Leiria que terão dificuldades para adoptar o programa que proponho. Mas faço a seguinte pergunta, terão as pessoas que gerem os destinos desses distritos o direito de impedir a implantação de medidas correctas e necessárias para o progresso e desenvolvimento de 90% da columbófilia nacional?
 
De forma alguma pretendo insinuar que esses distritos venham a ter calendários com distâncias inferiores á dos outros mas devem ser criadas condições especiais em regime de excepção para esses, e não continuar a penalizar um país inteiro em nome de outra farsa chamada união que nunca existiu.
 
Se essas associações necessitam de recorrer ao território espanhol para efectuar soltas de meio fundo e fundo. Que assim seja, mas todos os outros, a sul de Portalegre e a norte de Leiria, não tem qualquer justificação para prosseguir o caminho errado que tem vindo a ser seguido assassinando mais de uma centena de milhar de pombos anualmente, destruindo colónias e escorraçando os praticantes.         
 
Não será isto que o Senhor Adriano Alho e companhia tem vindo a fazer durante quase uma década? Porque não ser realista, passar de pregador a organizador no sentido de formar uma fusão entre distritos que seria útil para os três no mínimo em termos de nível de competição e despesas de transporte?
 
O senhor Alho e companhia correm o risco de muito brevemente terem o prazer de ganhar todas as provas pois tenho a certeza absoluta que á semelhança do que aconteceu em São João da Madeira com o seu “irmão gémeo” o Sr dirigente Xará, será esse o futuro que vos espera!            
 
O campeonato geral é o principal coveiro da nossa columbofilia e nunca o nosso desporto poderá iniciar o objectivo do progresso e verdade desportiva enquanto este fantasma existir.
 
Talvez tenha sido mal compreendido no passado. Nunca apregoei ou apoio a implantação das especialidades com base por exemplo, no sistema belga no nosso país. A Bélgica é uma realidade diferente, com outras mentalidades e geograficamente o seu pequeno território de 80 por 320 quilómetros aproximadamente, que é totalmente plano.
 
Uma solta em Portugal, tem resultados finais influenciados pela direcção dos ventos seja ela de norte para sul ou de sul para norte. Uma solta de sul para norte com ventos a soprar do quadrante sudeste, este, ou nordeste, favorece os pombais situados próximos da costa e se essas soltas forem efectuadas no interior alentejano ou algarvio, o favorecimento para esses pombais situados á beira-mar é a duplicar, porque os pombos dos pombais situados no interior são forçados nos últimos quilómetros a efectuar uma viragem a 45 graus tendo pela frente terreno montanhoso que aumenta a penalização em relação aos da planície costeira.   
 
Este é o motivo porque os “lords” da Associação de Aveiro desperdiçam dezenas de milhares de euros por campanha para efectuar soltas no interior leste alentejano e algarvio.
 
Essas largadas são feitas para favorecimento próprio, e de uns em relação a outros embora reconheça e sejam factos que, quando os ventos sopram do quadrante oposto ao que atrás descrevi, e se as soltas forem efectuadas á beira-mar, esses pombais próximos da costa serão também prejudicados em relação aos situados a nascente.
 
Daí a minha insistência para que as soltas sejam todas efectuadas mais próximo possível das saídas da auto - estrada A2. Como diz o velho ditado, nem muito ao mar nem muito á serra, dividindo – se assim o “mal pelas aldeias” poupando ao mesmo tempo dezenas de milhares de euros por ano e muitas horas de viajem desnecessárias para os transportes, pombos e funcionários.
 
Assim teríamos uma espécie de “campeonato geral” nacional de onde poderiam ser seleccionadas as pontuações para as provas com fins de representação internacional nas especialidades de velocidade e meio – fundo e no conjunto das provas manter - se - ia um balanço entre as duas partes. O mesmo se aplica para os distritos de Faro, Beja, Évora, Porto, Viana, Braga Lisboa e Setúbal.          
 
 
Cada “macaco” ocuparia o seu galho e o fruto seria colhido por aqueles que plantassem as suas próprias árvores, ao contrário do que tem vindo a acontecer com os campeonatos actuais onde o mais forte (muitos contra a sua própria vontade) sem nada fazer para o merecer tem a garantia de uma barriga sempre cheia, e como é óbvio raramente alguém recusa comer o que lhe colocam gratuitamente no prato.
 
Vou apresentar um exemplo verídico do que se passou nos últimos dois anos na colectividade da minha terra natal, Sociedade Columbófila de Santiago de Lobão.
 
Nunca no passado escrevi uma única letra tendo em conta razões ou motivos pessoais, embora por vezes pareça ser esse o caso, trata – se apenas da minha falta de cultura, segundo rezam as profecias do dirigente Luis Silva e companhia (pouca felizmente) por isso deixo bem claro que o que vou descrever são factos reais relacionados com três pessoas que muito estimo e respeito, sendo um o meu braço direito em algumas actividades relacionadas com a parte desportiva que tenho vindo a organizar nos últimos anos.
 
Na campanha de 2007 devido as restrições relacionadas com a gripe aviaria realizou – se uma campanha, quis o destino mostrar a mais justa em termos de igualdade da última década, onde entre outros jovens sobressaiu o grande campeão Joaquim Carneiro mais conhecido por Quinzinho. Até então apesar de esta ser uma das mais fortes colectividades do país a facha de campeão estava reservada para três ou quatro candidatos.
 
Devido á ausência das provas de fundo, este jovem destronou tudo e todos pondo termo aos “monopólios” até então existentes. Foi uma vitória da juventude e da verdade desportiva.
 
Na campanha de 2008 o “Quinzinho” repetiu a dose ganhando tudo nas provas nacionais de velocidade e meio fundo. Porem a triste realidade é que já ninguém sabe ou reconhece esse valor. Quando alguém pergunta pelo campeão 2008 a resposta é que foi a dupla conhecida como MG,SAD cujos associados são Marilio Freitas e Alexandre Giro vencedores da pontuação do campeonato geral. Porem a MG, SAD não venceu um único campeonato em disputa, ou seja velocidade meio fundo ou fundo. Ganhou sim (sem culpa para eles) um campeonato fantasma que não existe.
 
Temos casos idênticos em todo o país onde o sistema por conveniência alega que este é um campeonato do mais regular etc etc.
 
Pois é meus senhores mas a verdade mesmo que doa só pode ser esta. Ao “Quinzinho” e a centenas de jovens por esse país fora, a obrigatoriedade de participação nas provas de fundo para as quais não tinha recursos financeiros e quantidade de pombos suficiente, roubou - lhe o direito á gloria, á dignidade, mataram – lhe os pombos, roubaram – lhe o dinheiro e ofereceram de “mão beijada” a glória de um titulo fantasma a terceiros, (que repito não tem culpa) do sistema ser corrupto ao ponto de tirar a quem trabalha para suportar quem pouco ou nada faz.
 
Tudo isto porque os nossos dirigentes neste caso em particular os da Associação de Aveiro, tem como única forma de gerar receitas, meter pombos dentro de um cabaz solta – los o mais longe possível e esperar que regresse o mínimo possível, ficando assim garantida a receita para o ano seguinte!     
 
É assim que querem manter e trazer os jovens para a columbófilia?
 
Este é o resultado do trabalho do dirigente Luis Silva e dos seus “clones” espalhados pelo país.
 
Os meus não matam mais. O meu dinheiro será investido noutro “banco”! ou fica no meu bolso.
 
Na Bélgica actualmente decorre o processo pré – eleitoral para a eleição do que irá ser o novo elenco directivo na Federação belga. Todos os amadores foram chamados a pronunciar – se através do voto.
 
Por cá, temo que vamos mais uma vez às Caldas para sermos “comidos” ao som da badalada do costume. Que Deus nos perdoe!   
 
Continua oportunamente.