Pecado mortal que alguns columbófilos cometem porque estão menos atentos ou informados assim, assim.

Vejo diariamente bandos de pombos a voar nesta época do ano, mais tarde virão as queixas tais como: que a ave de rapina lhes comeu os pombos, ou que estes não estão a render o esperado durante a campanha, sendo esta a frase que os comerciantes de produtos mais gostam de ouvir.

» leva isto que faz bem, se não funcionar volta para a semana que já tenho outro melhor «, quando na maior parte dos casos pouco ou nada há a fazer porque o mal vem de trás e o frasco ainda pode piorar a situação se o problema estiver relacionado com uma muda anormal.

Não adianta falar sobre o inicio da muda porque é sabido que hábitos antigos são difíceis de abandonar. É minha opinião que na Península Ibérica devido á fase adiantada em que a muda está aquando da ultima prova os pombos não deviam ser sujeitados ao esforço extra de criar uma ou mais rodadas de borrachos. Mas já sei que ninguém irá alterar o sistema atual. 

Logo após a queda da sexta rémige tem inicio a muda das penas de cobertura, sendo esta a fase mais critica em que o pombo não deve voar sob pena de ser facilmente apanhado por aves de rapina felinos etc.

As grandes primárias, as últimas quatro penas de asa, (também chamadas de penas de combate devido à força que exercem durante o voo) são as últimas a mudar e, como estas podem levar aproximadamente quatro semanas para renovar uma dessas primárias, os últimos dois meses são de vital importância no que se refere à qualidade destas primárias principais.

A ultima rémige deve crescer totalmente e nunca ficar meio centímetro mais curta que a nº9 como infelizmente notamos em pombos que voaram em excesso nesta fase de crescimento das penas.

A experiência me ensinou que os pombos, após uma temporada de provas duras e pesadas, especialmente se as do final de campanha foram anormais em termos de esforço, poderá significar que a muda seja mais lenta, porque os pombos podem não ter tido tempo suficiente para recuperar as energias e as reservas necessárias que são indispensáveis para que o organismo possa renovar as penas em tão curto espaço de tempo.

A muda é também controlada por influências como as horas de luz do dia, hormonas, e, em certa medida, a temperatura.

As penas da cauda caem em pares, mas não em sequencia como poderá ser confirmado na imagem, daí a importância de inspecionar com muita atenção as penas marcadas com o nº6 e confirmar se estas foram substituídas e estão totalmente crescidas antes de iniciar o treino diário.

A muda da pena tem o seu fim entre o dia 1 e o dia 15 de dezembro, dependendo da temperatura que se fez sentir no outono assim como as horas de luz do dia que com tempo de sol são mais longas.

Boas mudas para todos.

 

Noticias CIC Pombos, Lobão 12-11-2016