Solidariedade na Columbofilia.

É sempre gratificante constatar que as pessoas apreciam alguma coisa que possamos ter feito por eles. Será o caso da jovem Inês Almeida (á esquerda na foto com a amiga Isabel Almeida Cadeireiro) que veio ás redes sociais (Facebook) publicamente agradecer pelo pombal que o CIC construiu para o seu pai, Sr. Mário Almeida. Devo acrescentar que não foi só o CIC mas também muitos outros clientes e amigos que colaboraram nesta iniciativa que obviamente muito nos orgulha.

Este terá sido mais um de muitos outros projetos de solidariedade que temos vindo a concretizar ao longo dos anos, sem esperar qualquer contrapartida.

Tendo em conta, embora tratando – se apenas de falácias, que li nos projetos dos candidatos às últimas “eleições” para a FPC, parece que finalmente os senhores doutores terão sentido alguma vergonha na cara visto que pela primeira vez mencionaram que no futuro iriam disponibilizar verbas para casos desta natureza. A ver vamos!

Se assim for maior será o orgulho pelo que ao longo dos anos temos (nós e aqueles que connosco tem colaborado) vindo a fazer.

Porem, ficou algo cá dentro que como sempre tenho de deitar cá para fora.

Este projeto quase foi por “água abaixo” devido aos factos que agora, passados alguns meses entendo que devo divulgar na expectativa de que não se voltem a repetir.

O Sr. Mário Almeida, vitima desse infeliz acidente não era nosso cliente, não o conhecíamos pessoalmente, só ficamos ao corrente da situação quando nos foi solicitada colaboração para o leilão com a finalidade de adquirir a cadeira de rodas, que outros amigos dele se presaram em organizar. Colaborei com dois pombos, pombos esses, que não tenho a menor duvida muitas alegrias irão dar a quem os adquiriu. Eram os dois melhores borrachos que tínhamos disponíveis á data.

Para além de não ser cliente nem conhecido, praticava a tauromaquia (era forcado) que admito não ser fã embora respeite os que gostam dessa modalidade, para mim não deixa de ser barbárica.

Mas isso não impediu que, um belo dia quando almoçava num restaurante alentejano, sentados numa mesa próxima estivessem quatro pessoas ligadas á tauromaquia a falar sobre esse caso, que não pude evitar de escutar especialmente quando um deles mencionou a columbofilia.

Nada disse aos homens que não conheço, a conversa não me dizia respeito, mas aí mesmo prometi a mim próprio investigar a situação.

Nessa mesma noite quando cheguei a casa liguei a um amigo alentejano e pedi o contacto telefónico do presidente da associação de Portalegre. Liguei para esse senhor, perguntei se ele estava ao corrente da situação, respondeu que tinha uma ideia vaga sobre o caso, mas que não conhecia o homem. Pedi que me desse a morada e o contacto do Sr. Mário Almeida, que prometeu descobrir e informar mais tarde.

Julgo que dias mais tarde recebi um sms com o contacto telefónico e até hoje nada mais. O facto de se tratar de um ser humano, não lhe disse nada, o facto de ser um colega columbófilo, também nada o preocupou, o facto de ser um socio de uma das coletividades que fazem parte da sua associação também foi tratado como algo insignificante para si.

Ao Sr. Real, julgo ser esse o nome do presidente da Associação Columbofilia de Portalegre, venho dizer que, é minha opinião, será apenas em termos columbófilos, mais um saco de lixo dentro da enorme lixeira que se chama associativismo columbófilo em Portugal.

Esperava um pouco mais de si e da sua associação Sr. Presidente mas espero que esteja bem com a sua consciência.

Nessa mesma noite quando contactei o responsável pela associação, fiz também uma pesquisa nas redes sociais da net tendo deparado com alguns comentários no Facebook da autoria de um senhor Luis Relvas, por sinal sobrinho do Sr. Mário Almeida, que quase me levaram a dar o caso como esquecido.

Porem, teimoso por natureza como sou, resolvi visitar a família, e conversar com vizinhos columbófilos e não só, onde constatei sem qualquer margem para dúvida que essas afirmações eram inverdades e até de carater malicioso.

Assim o nosso amigo Mário, pessoa humilde mas honesta, homem trabalhador e correto, a quem o destino pregou uma infeliz partida tem o seu pombal e continuará a ter mais algum apoio da nossa parte para que possa praticar o desporto e passar o muito tempo disponível que tem, ocupado com os pombos que adora.

Espero que as instituições sociais façam também a sua parte para que esta família possa vir a ter o indispensável para poder viver a sua vida dentro dos parâmetros da dignidade que se exige em democracia.

Inácio Oliveira,

Noticias CIC, Lobão 05-01-2014.