Na minha juventude, o ladrão era por norma da classe baixa que roubava por necessidade para matar a fome da família ou, em certos casos porque era malandro e não queria trabalhar.
O medico, engenheiro, advogado eram pessoas cujo exemplo podia e devia ser seguido, porque este grupo era então, em 99% dos casos, composto por pessoas exemplares em quem se podia confiar a própria vida.
Os mais ricos eram vistos como pessoas com sorte ou de muito trabalho e, eram o alvo de observação e dos olhares porque todos aspiravam um dia vir a ser como eles. Muitos o conseguiram de forma honesta e honrada.
Nunca senti inveja por alguém que pudesse estar melhor que eu na vida.
O respeito era mutuo excluindo alguns casos que rapidamente eram identificados, carimbados com a devida alcunha e colocados de lado pelo povo, ao contrário do que assistimos hoje onde quanto maior e mais importante for o ladrão, mais idolatrado este passa a ser.
Depois sentindo o peso da vergonha lá aparecem alguns a atirar pedras nas redes sociais, claro, mas ao longe.!
Como tudo mudou.
Nos últimos anos o verdadeiro ladrão, vigarista e mesmo um grande numero de assassinos passaram a ser os titulares do canudo emitido pelas universidades portuguesas, e não só.
Entre estes estão os hábeis que passam despercebidos, outros, a maioria, são devidamente identificados, alguns julgados, poucos condenados, muitos absorvidos, e alguns que ainda se riem do povo que continua a temer o sr. dr, que, mesmo quando faz e diz só burrices, é aplaudido pelo “zé”. Por alguns “zés” queria dizer.
Há anos que tenho vindo a alertar para o facto de alguns desses senhores doutores estarem por detrás da destruição da columbofilia portuguesa, os factos hoje falam por si. Disse alguns, porque felizmente também sobram alguns honestos e corretos.
Uma triste situação de alguém em posição dita privilegiada que se aproveita da bondade daqueles que consideram inferiores, mas que, sem os quais não tem qualquer hipótese de sobreviver, porque a única coisa que aprenderam nessas ditas universidades foi de como, e a quem roubar.
As falcatruas e desgraças de Mira no passado, quem esteve por detrás disso?
As falcatruas e vergonha relacionadas com os derbies no Algarve, presentemente que, graças á minha intervenção, estão a ser investigados pela justiça, não serão pessoas com canudo que por lá andam?
Alguns, amigos destes por conveniência, que por aí andam a meter nojo ao tentar proteger e defender o que é indefensável nas redes sociais não serão titulares do canudo, ou no mínimo meio-canudo?
Os milhares de pombos assassinados pela federação, algumas associações, nos derbies e em soltas propositadas para o efeito, não será o canudo que está por detrás disto?
Os veterinários que alegadamente têm estado á frente dos derbies, será que cumpriram o seu dever, informando as autoridades sobre os milhares de pombos que aí morreram devido a doenças, maus tratos, lotação em excesso etc. Não terão canudo esses profissionais?
Porque nem todos são ladrões ou vigaristas, agora vamos conversar sobre outros titulares de canudos, veterinários, doutores, médicos, advogados etc, na columbofilia, mas que são pessoas honestas, de bem, e muito uteis á sociedade e que felizmente ainda são a maioria.
É a esses que têm vindo a assistir no silencio a toda esta triste situação que sei, porque falo pessoalmente com muitos de vós, que também discordam desta triste realidade, que deixo mais uma vez um apelo.
Saiam do armário, ponham fim a esta situação, os “pobres” columbófilos deste país merecem que os ajudem, e sem o vosso apoio......
Esses derbies organizados por membros da federação que metem o dinheiro ao bolso, ou por privados que usam as coletividades como muleta para fazer fortunas, lesam o estado, fogem aos impostos, lavam dinheiros mas acima de tudo destroem as coletividades que, como é sabido no passado sobreviveram sempre graças aos leilões que realizavam anualmente, leilões esses que lhes proporcionavam os dinheiros necessários para a sua sobrevivência, mas que agora nem as despesas cobrem, devido á concorrência ilegal e desleal com a venda de pombos dos dérbis, nos sites clandestinos, pela federação e outros seguidores do mesmo exemplo, gente que não olha a meios para fazer dinheiro fácil. Assim, resta ás coletividades uma única alternativa, fechar as portas.!
Todas as normas e regulamentos que gerem a columbofilia em Portugal são da autoria e foram elaboradas por um comunista, ex secretário do Cunhal, de nome Vidal Pinto, que obviamente quis implantar os seus ideais, tendo sido recrutado pela federação para o efeito com a finalidade de amarrar os columbófilos á ditadura que tem prevalecido á quase duas décadas na columbofilia portuguesa.
Os senhores advogados columbófilos ou ex columbófilos tem o dever, no mínimo moral, de ajudar a desmantelar essa teia que tem vindo a destruir a columbofilia neste país.
Sem justiça, liberdade de ação, e progresso nada conseguirá sobreviver.
Pelo que tenho lido nas redes sociais, ultimamente terá havido uma tentativa de tentar levar a representar o país nas olimpiadas um pombo com anilha estrangeira.
Não me parece correta esta tentativa e passo a descrever o porquê desta minha posição.
Há anos que vendo pombos em quantidade razoável para a Holanda, Alemanha, Bélgica e Inglaterra.
Todos os nossos clientes desses países fazem a mesma exigência alegando que querem voar com os pombos e caso algum sobressaia este não poderá participar nas exposições, daí a encomenda ser sempre acompanhada das respetivas anilhas originais dos países importadores.
Sei que se trata de uma treta, 99% dos pombos vão direitos á reprodução, detesto esta desculpa, mas o problema é que também gosto dos €€€€, e se o não fizer não vendo.
Outro ponto que eu gostaria de frisar e ao mesmo tempo alertar é o facto de um senhor agente da Policia Judiciária (sem canudo) ser um participante ativo nos derbies incluindo o golden race, organização que está a ser investigada pela sua entidade empregadora.
Será que alertou os seus superiores para o que todos nós vimos e sabemos?
O mesmo tem vindo a exercer atividades paralelas á sua profissão como funcionário do estado, tais como: venda de grandes quantidades de pombos, (não faturados) agente remunerado e representante ao serviço de uma empresa estrangeira em simultâneo com o exercício da sua atividade profissional. Sinais de riqueza como por exemplo pombais faraónicos importados com valores astronómicos.
Será isto permitido por lei? Estou curioso, gostaria de saber.!!!
Um bom fim de semana para todos,
Inácio Oliveira
CIC Pombos Notícias, Lobão 10-12-2016