Ainda as "Eleições" na FPC

Uma federação com + - 700 mil euros de orçamento para 2011. Temos 700 colectividades no nosso pais que todas juntas não tem 700 mil euros nos seus orçamentos para cobrir as suas despesas.

É minha opinião que "eleições" antecipadas dentro das condições existentes de pouco ou nada serviria, pelo contrário reforçaria ainda mais a moral dos eleitos através de mais uma dupla fantochada.
Enquanto não se implantar o único método justo e democrático que passa por eleições livres através do sistema de um Columbófilo um voto, por cada dia que passa a situação continuará a deteriorar até chegarmos ao ponto de rotura total.
Estamos quase lá porque a anarquia que se vive actualmente em Coimbra e nas associações tem barbas brancas e está ligada aos velhos vícios daqueles que realmente mandam na federação que sem margem para duvidas não é o presidente.
Enquanto lá estiver o actual director de serviços, e três ou quatro membros da velha guarda esqueçam porque não irá haver qualquer tipo de mudanças. Para eles as coisas estão bem como estão.
Também não seria com o candidato vencido nas ultimas "eleições" o Rui Emídio que o D. Sebastião iria aparecer. Pelo contrário, hoje estou ainda mais convicto de que nos safamos por pouco pois estaríamos numa situação ainda mais complicada se o Rui tivesse ganho aquilo a que alguns apelidaram de eleições. Quanto a este ponto por agora ficamos por aqui.
Mal por mal  deixem lá o Tereso, pelo menos com ele sabemos exactamente onde estamos, condenados á morte sim, mas essa será certamente mais lenta e com menos sangue derramado.
Tudo ficou bem esclarecido quando no decorrer da "campanha eleitoral" solicitei aos três principais candidatos uma entrevista. O Tereso, segundo informação que recebi, aconselhado pelo director de serviços recusou ser entrevistado porque sabia muito bem as perguntas inconvenientes que o esperavam.
O Rui foi um dos candidatos que acedeu ao meu convite respondendo desta forma ás duas perguntas chave que coloquei.
Primeira pergunta: caso venha a ser eleito tenciona demitir o actual director de serviços da F.P.C.?
Resposta: NÃO.
Segunda pergunta: caso venha a ser eleito irá solicitar uma auditoria independente as contas da federação?
Resposta: NÃO.
A resposta obtida a estas duas perguntas serviu para esclarecer tudo e todos pelo facto de praticamente mais ninguém em circunstancias idênticas estar disposto a correr o risco de vir a responder pelos elevadíssimos montantes senão a maior fonte de receita durante mais de dez anos da federação, então cobrados em Mira, montantes esses que até recentemente nunca foram reflectidos nas contas da federação.
Quem é que esteve e continua a estar á frente de tudo que se passa em Mira?
Quem é que fica ao leme do barco e dá ordens quando o capitão (Tereso) está ausente do país o que acontece constantemente?
Quem é que está a processar os columbófilos que durante o acto eleitoral se pronunciaram contra as injustiças do sistema, maioritariamente jovens, alguns desempregados que se alimentam de "pão e água" para poder ter pombos e ser columbófilos?
Será certamente alguém com espírito de vingança bem conhecido de todos nós que pretende manter o taxo (o mais chorudo) através da intimidação.
O Tereso como dirigente é péssimo, mas não o revejo como cabecilha da vergonha que descrevi no paragrafo anterior.             
As mudanças só poderão vir a acontecer quando a juventude decidir formar um grupo não viciado competente e coeso com formação e capacidade para de uma vez por todas limpar a casa de ponta a ponta, recolhendo dados e provas (existem muitas) que justifiquem despedimentos com justa causa e iniciar um novo ciclo que devolva a dignidade aquela casa a quem compete dar o exemplo da transparência, justiça, progresso e da compreensão em vez da perseguição da família columbófila.
È fácil utilizar dinheiros dos outros (columbófilos) para pagar advogados, custas aos tribunais e tempo despendido.
Em Cuba as coisas também funcionam assim. Os dinheiros dos contribuintes são utilizados para manter na prisão os opositores do regime.        
A outra alternativa, talvez a mais fácil, será a implantação de uma confederação que siga um rumo diferente daquele que continuamos a ter proporcionando assim aos columbófilos outra alternativa em termos de filiação e politica de desenvolvimento.
È de lamentar que os poucos jovens que estão dentro do sistema actual alinhem e pactuem com estas injustiças.
Temos uma federação com + - 700 mil euros de orçamento para 2011. Temos 700 colectividades no nosso pais que todas juntas não tem 700 mil euros para cobrir as suas despesas.
È esta a columbofilia que querem?
Mais de noventa por cento das tarefas relacionadas com a columbofilia são a nível de colectividade e são levadas a cabo pela juventude, juventude essa a quem esta geração retribui o esforço hipotecando ao ponto de pendurar no prego todo o seu futuro.
Quanto mais tempo permanecerem adormecidos maior será a factura a pagar.
Inácio R. Oliveira
Noticias CIC,
Lobão 22-03-2011