Ainda as "Eleições" na FPC

Os apelos recentes da parte da nossa juventude em geral são também aplicáveis á juventude columbófila em particular. É sobre, e para a juventude em especial que continuo a escrever e renovo os apelos para que não se deixem roubar ainda mais pelos senhores da minha geração que continuam agarrados ao poder com a finalidade de continuarem a lamber o tacho até á morte, que obviamente já esteve mais longe.

Esses sujeitos estão - se nas tintas para o que possa vir a acontecer no futuro ao desporto Columbofilo deste país. O importante é que dure enquanto eles vivem, e muito bem á vossa custa.
São vocês os que por cá vão ficar, que irão sofrer as consequências. Lá diz o ditado cada um dorme na cama que prepara. È tempo de vocês os mais jovens começarem a pensar no vosso futuro.  
Mais adiante irei esclarecer ao pormenor os motivos e o que está por detrás de toda esta relutância em mudar o que está errado.
Vou provar que são interesses financeiros de ordem pessoal que estão por detrás desta calamidade.  
Um ano após as ditas "eleições" nem uma única promessa eleitoral foi cumprida, posta em prática ou mesmo iniciada. Chegou - se ao cumulo da vergonha de estar a processar os columbófilos maioritariamente jovens que tiveram a coragem de dizer verdades e apontar erros durante a campanha eleitoral, com a agravante de se ter recorrido a noticias publicadas nos sítios especialmente criados pela federação para o efeito.
Isto é intimidação de carácter porco e vergonhoso, o espelho de quem forçosamente vos dirige. Porque não me processam a mim? Será que os visados disseram algo que eu não tenha dito?
Alertei na altura para os perigos de se aprovar apressadamente os estatutos viciados e corrompidos como estavam e estão.
Meia dúzia de sujeitos, uns comprados, outros ignorantes e alguns por interesse próprio apressaram - se caindo na armadilha das profecias de que o estatuto de utilidade publica estava em perigo etc, sem dar tempo aos verdadeiros columbófilos que nunca foram ouvidos ou devidamente consultados sobre esta tão importante decisão que vai afectar as futuras gerações.
Agora que se confirmou que este dirigismo não passa das bem conhecidas aldrabices a única solução será a formação de uma nova confederação.
Antes de continuar devo lembrar a um palhaço qualquer que utiliza os livros de visitas em sítios de pessoas infelizmente doentes e com tendências suicidas para se auto descrever, que em nenhuma circunstancia estarei disponível ou tenciono vir a ocupar qualquer cargo dentro do actual ou qualquer outro dirigismo que inevitavelmente terá que vir a ser formado no nosso país. Apoio sim envolvimento não.
Tentei e fiz os possíveis para implantar algo diferente enquanto a idade e a saúde me permitiu, mas talvez tenha tido a pouca sorte de ter escolhido um canalha como braço direito, ao mesmo tempo que estupidamente não me apercebi que o tempo já era escasso.  
Agora á semelhança dos que vos dirigem, estou com um pé cá e outro lá, a minha missão fora das minhas actividades privadas, é apenas e só de cumprir o meu dever através do teclado sentado nesta cadeira enquanto vocês assim o entenderem e as forças que inevitavelmente se vão esvanecendo o permitirem. Não sou hipócrita e jamais alimentarei esperanças ridículas e perversas de tentar ocupar o lugar que legitimamente pertence á juventude.
O mundo a vós pertence, não deixem que o roubem.
Falei de uma confederação: sim basta inicialmente reunir três ou quatro colectividades para formar uma confederação. Ao mesmo tempo essa nova organização automaticamente terá direito a 50% da verbas estatuais que sempre foram e continuam a ser canalizadas para a federação.
Poderão matar dois coelhos com uma paulada, ou seja criar uma nova federação que devolva a dignidade aos columbófilos e ao mesmo tempo absorver parte dos fundos que esses sujeitos continuam a esbanjar ou a meter ao bolso. O que acabo de informar faz parte da lei em vigor, nada nem ninguém o poderá impedir.
Que tal a Confederação da Juventude Columbófila Portuguesa? (C.J.C.P.)
É um facto que estou a incentivar á libertação do jugo que vos tem vindo a ser imposto. Mas será que existe outra alternativa?
A resposta é NÃO.
Vocês os columbófilos continuam a ser utilizados como instrumento para enriquecer ainda mais uma federação que vive á milionário e associações que não passam de falsas empresas ambos autênticos ácaros que sugam o sangue ao estado que somos todos nós e aos columbófilos portugueses que não tem outra alternativa senão pagar a factura que lhes é apresentada ou então abandonar a modalidade á semelhança dos milhares que já o fizeram.
Este é o motivo principal da debandada a que temos vindo e continuamos a assistir, e não será necessário contratar o Maurício de Carvalho para nos vir dizer quais os motivos da debandada. O meu amigo Mauricio sabe muito bem que com a idade que temos somos parte do problema e nunca sa solução.   
Os bons columbófilos abandonam na expectativa de poderem vender os pombos e reaver parte do seu avultado investimento. Os menos experientes abandonam porque estão saturados de pagar para algo que não é, e nunca será seu. São meros pagantes que nada possuem.
O que é que as colectividades e os seus associados tem? Instalações da Junta de freguesia ou do centro social onde os Columbófilos são obrigados a aceitar as instalações que lhes oferecem na maior parte dos casos sem qualquer possibilidade de poderem implantar as condições necessárias para a pratica do desporto ou o bem - estar dos mesmos.
Quando o numero de associados diminui as instalações passam para outra modalidade ou encerram de acordo com o projecto do Tereso que passa por encerrar tudo que é pequeno. Esquece - se esse senhor que os pequenos de hoje são os grandes de amanhã. Se os mata - mos á nascença a raça pura e simplesmente acaba.
Os Columbófilos devem criar instalações próprias á semelhança do que se passa em praticamente toda a Europa, só assim a continuidade e o progresso da modalidade estarão assegurados. Fazer filhos em casa alheia nunca deu resultado.
Os dinheiros que são esbanjados em bugigangas taças e troféus que acabam por enferrujar nas dispensas na maioria dos casos, assim como as avultadas quantias que são cobradas pelas associações pela prestação de serviços de transporte, as licenças desportivas, segundas vias, anilhas oficiais e de borracha pagas á federação são suficientes para dentro de um curto espaço de tempo 30 - 40 columbófilos unidos construírem a sua própria sede, adquirir o seu próprio transporte e compensar os seus associados com prémios monetários de elevado valor.
Agora vou esclarecer os menos informados para que possam compreender melhor o motivo porque o sistema implantado pelo José Tereso teima em não mudar, mantém os campeonatos gerais (mais taças faixas etc) é contra os prémios monetários (excepto quando Mira bateu no charco esses apareceram)  pelo simples facto de pelo que descrevi ele próprio ter os cofres recheados na federação, as empresas de transporte (associações) tem fundos suficientes para funcionar mesmo trabalhando pouco mais de 20 dias por ano, e duas ou três empresas bem posicionadas dentro do sistema, sendo uma delas o jornal do regime, as outras bem conhecidas de todos, absorverem os fantásticos lucros que arrecadam com as ditas bugigangas.
Para adoçar a boca aos novos recrutas os pedros lopes etc, o segundo sitio da federação pago com os vossos dinheiros vendem pombos, gaivotas periquitos e muito mais.
Voltando ás bugigangas taças de chapa, troféus, medalhas, faixas etc, todo este lixo há muito que nos países "columbofilamente" civilizados foi substituído nas habituais entregas de prémios por um ramo de flores que as senhoras tanto adoram, e por prémios monetários de que os homens tanto gostam, e ajudam a suportar os custos relacionados com a manutenção das suas colónias.
Por cá segundo outra aldrabice no sitio da federação temos 763 colectividades ou clubes.
Vamos lá analisar quanto é que estas rendem ao sistema ou aos bolsos de dois ou três senhores (homens fortes da propaganda) queridos do sistema.
Exemplo: a Sociedade de Fiães gasta por ano em bugigangas para os seus + - 25 associados a quantia de 1.300 euros. A colectividade de Lobão para os seus + - 45 associados gasta aproximadamente 2.600 euros por época com as mesmas bugigangas. Mais uma vez vou ser muito realista e assumir que 700 colectividades apenas gastam em média 800 euros cada nesses produtos que maioritariamente acabam no caixote do lixo. São 560 mil euros aproximadamente que entram nos cofres dos homens do sistema, com uma agravante, é que tenho em meu poder documentação comprovativa que apontam para que mais de 50% dessas vendas ás colectividades tenha vindo a se feita através do mercado paralelo pelo facto de as colectividades não poderem reaver o IVA.
Agora os menos informados compreenderão melhor o porque de não se promover a implantação do sistema de prémios monetários.
Não convém mesmo nada ao sistema porque assim os dinheiros saem dos bolsos dos columbófilos e das colectividades, indo parar as empresas em vez de circular e criar assim melhores condições entre os associados.
Aqui também se aplica a lei do Cerejeira: se queres um povo humilde da - lhes fome.
Associações: como exemplo vou apresentar dados referente á que melhor conheço que é a de Aveiro com aproximadamente 75 colectividades.
Cobra em média 0.40 cêntimos por pombo para as 12 soltas que efectua em território nacional x + - 55.000 pombos dá 22.000 euros o que se aceita.
Agora vejamos a ladroagem no que se refere ás provas de fundo:
Aproximadamente 25.000 pombos são encestados x 2 euros cada pombo dá 50 mil euros por prova x 6 provas dá 300 mil euros para a associação e colectividades.
Apenas 4 galeras são utilizadas para o fundo o que significa também metade das despesas com carros e pessoal, mas cada solta efectuada em território espanhol custa aos columbófilos 12.500 euros aproximadamente. Se dividirmos isto por 4 temos um custo superior a 3.000 euros por carro e por solta.
Uma carga com 30 toneladas de Portugal para a Holanda custa 2.800 euros quando utilizamos uma empresa privada. As distancias a percorrer em media em território espanhol rondam os 1.600 quilómetros, para a Holanda são mais de 4.000 quilómetros.
Agora vamos assumir que duas ou três colectividades se unem com 50 associados, compram o seu próprio veiculo com capacidade para 2.000 pombos. Encestam 30 pombos por prova pagam 60 euros por semana x 50 sócios dá 3.000 euros por semana ou seja 18 mil euros por época para as 6 provas de fundo.
Resultado: mais de 50% desses dinheiros podiam ser utilizados para prémios monetários ou para melhorar as condições nas colectividades o que significaria que uma grande fatia das verbas circulava e permanecia entre os columbófilos enriquecendo assim a actividade.
Assim acaba tudo nas mãos do diabo, vai tudo por água abaixo.  
Será que se pode chamar a isto associativismo?
Aqui também se aplica a lei do Cerejeira: se queres um povo humilde da - lhes fome.
Á juventude deixo mais uma vez um apelo: não permitam que vos continuem a comer de forma tão porca e descarada.
Eu sou dos que acreditam: sim vocês conseguem.
A columbofilia é linda tão linda!!!!
Inácio R. Oliveira
Noticias CIC,
Lobão 15-03-2011