Columbofilia Portuguesa

                              

Em relação ao último artigo por mim publicado intitulado Carta Aberta a José Tereso foram muitas as reações positivas recebidas e três negativas da autoria ou via intermediários de quem dirige a columbofilia portuguesa.

Noto com alguma estranheza que os mais coerentes são os três do contra e passo a explicar porquê.

Esses pelo menos não disfarçam, defendem a sua dama com unhas e dentes, e não têm receio de ser o que são, ao contrário dos que aparentam estar insatisfeitos com a situação que vigora, onde a esmagadora maioria continua com medo de se expressar e quando o faz é sempre através da forma mais fechada possível.

Recebi 119 mensagens via e, mail de amigos e colegas que se identificam com o projeto e criticas que apresentei.

A todos respondi, mas quero aqui acrescentar que tivessem todos expressado a sua opinião nas redes sociais, o impacto e reação dos visados seria muito diferente.

Hoje é fácil identificar quem lê os pósteres no FB. Muitos deles são os mesmos que me enviaram mensagens via correio eletrónico, outros os ditos amigos do FB, mas que nem um simples clique em “gosto” se dispuseram a fazer, alguns deles gerentes de empresas do ramo da columbofilia.

O medo e receio de represálias implantado durante anos pelo regime coimbrão, secundado por Aveiro e Porto, continuam bem patentes na memória dos poucos columbófilos que restam.

O mais caricato está relacionado com um mail que recebi, da parte de um amigo devidamente identificado, integrado na Associação do Porto, que vem a informar que o projeto que tenho vindo a apresentar insistentemente nos últimos anos, mais uma vez repetido no meu último artigo, terá sido discutido em reunião entre dirigentes da A.C.D.P & A.C.D.A com a presença do presidente da F.P.C, onde terá ficado acordado que um calendário desportivo de 20 provas com soltas em território nacional e 10 provas com soltas em território espanhol, seria posto em prática a partir do momento em que o número de columbófilos diminuísse o suficiente para que as frotas e meios existentes pudessem acomodar duas soltas no mesmo fim de semana.

Esta informação foi também validada por um elemento do atual elenco diretivo da associação Columbófila do Distrito de Aveiro.

Afinal o abandono em massa dos columbófilos poderá estar a servir de tábua de salvação para que o regime possa continuar por mais anos no poder.

Caberá aos senhores columbófilos tirar as devidas elações sobre o que realmente se passa nos bastidores do regime em vigor.

Será nosso dever nunca esquecer, que venham as mudanças que vierem ou se vierem, terá que haver condições para voltar a acomodar os milhares de colegas que ao longo dos últimos anos foram escorraçados da columbofilia por essa escumalha sem escrúpulos que apenas vê os euros e o seu próprio umbigo.

Sem a colaboração das mulheres e homens de bem a columbofilia portuguesa não mudará nos tempos mais próximos.

Se nada fizer continuarão com a política do mando, posso e quero.

Comecem por não pagar ou inscrever pombos adiantados para as provas de fundo. Esta é a galinha de ovos de ouro das associações, se a eliminarem ou diminuírem substancialmente, nascerá obrigatoriamente uma nova columbofilia.

As inscrições e pagamentos para participar nas provas de fundo deve ser o que sempre foi, ou seja inscrição de pombos 15 dias antes de cada prova e o respetivo pagamento no dia do encestamento.

Mesmo que signifique fazer um sacrifício de uma época sem enviar ao fundo, valerá a pena, porque de outra forma os objetivos desejados irão levar muito mais tempo a atingir.

O regime sabe que a columbofilia poderá para muitos, ser também um vício, mas todo o homem de verdade que esteja atento, saberá combater e controlar qualquer que seja o poder dos ilusionistas.  

O regime sabe que os columbófilos têm os seus pombais repletos de pombos na altura das inscrições que coincide com a fase final da muda, altura em que a maior parte dos columbófilos se deixa adormecer pelo encanto e boa aparência da colónia com a penugem renovada, levando a maioria a ficar convencido que este é que vai ser o ano da tão desejada glória.

Essa ilusão leva – os facilmente a assinar ou a concordar com as várias armadilhas que essas disfarçadas empresas de transporte lhes preparam ano após ano, com uma única intenção que passa por lhes sacar o dinheiro, para depois, como sempre tem vindo a acontecer, lhes matar os pombos através de soltas com condições atmosféricas inaceitáveis e transportes sem o mínimo de condições que se exigem.  

Alerto mais uma vez para o facto de ano após ano, á segunda prova de fundo uma grande parte dos columbófilos já não ter pombos suficientes no pombal para enviar às restantes provas dessa especialidade, mas são obrigados a pagar o que inscreveram cinco ou seis meses antes, quando por vezes mesmo as condições da suas vidas privadas eram diferentes.

Teremos o direito de obrigar alguém que perca o seu emprego, após a incrição dos pombos, a pagar por algo que não vai utilizar? 

Posso também adiantar que a publicação anterior fez com que o presidente da federação, venha a alterar o seu habitual discurso.

A partir de agora as culpas da falta de reformas passarão a ser dos columbófilos e das coletividades que não se unem para apresentar alternativas á federação. esse será o novo discurso do presidente no futuro.

Eles coitados não sabem o que se passa, e como os columbófilos ainda não organizaram qualquer demonstração em frente ao edifício da federação na Rua Padre Estevão Cabral, em Coimbra, eles estão convencidos que continuamos a ser 18 mil praticantes e muito felizes.

Eu próprio tenho vindo a ser confrontado por alguns escritores sobre a minha não apresentação de projetos á federação.

Para vocês a resposta está na hiperligação que se segue.

Este é apenas um de muitos projetos que ao longo dos anos apresentei á A.C.D.A e á Federação. Favor ver em baixo.

Como poderão confirmar o regime tenta bloquear tudo o que estiver ligado ao progresso e desenvolvimento do desporto columbófilo em Portugal.  

No entanto quero esclarecer que o dito parecer jurídico que a federação me enviou, segundo o parecer dos nossos advogados não vale o papel em que está escrito.

A federação ou qualquer associação nunca poderá impedir soltas de pombos organizadas pelas coletividades ou por entidades privadas.

Eu efetuei várias, porque é que não me impediram?

Porque acima de qualquer regulamento está a lei das liberdades na constituição portuguesa.

Eles sabem disso, mas continuam a fingir que desconhecem.

Esta é a forma que o regime, cujo principal mentor foi e continuará a ser o Vidal Pinto, (está aí escrito preto no branco) utiliza para tentar afastar tudo e todos que pretendam trabalhar para melhorar o que está péssimo.

Caros colegas, em termos de columbofilia, a nível federativo e associativo, estamos pior que os cubanos e norte coreanos estão em termos políticos.

Mas vamos mudar isto!

Inácio Oliveira,

CIC Noticias, Lobão 30-10-2012.

 

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